domingo, julho 7

Estamos todos de parabéns

"O problema que se põe é se é adequado que o Presidente da República aceite ministros troca-tintas, que não têm palavra, que têm pouca vergonha na cara" link 
«Para manter o Governo de coligação, Passos Coelho foi obrigado a partilhar poder com o novo vice-primeiro-ministro. Mas ao atribuir-lhe tão decisivas responsabilidades numa coligação que esteve por várias vezes em risco de ruptura por incompatibilidades políticas e pessoais, a situação é, no mínimo, arriscada. Há 30 anos que Portugal não tem experiência de um governo com um vice-primeiro-ministro, pelo que não é fácil tirar lições do passado.» link 
«É claro que se depender de quem comanda, a partir de fora e de dentro, mas sobretudo com a força de fora, a economia política nacional, este governo dura para lá de tudo o que seria previsível, para lá de toda a surpresa. Portas já levou uma lição sobre a autonomia relativa do político: os interesses capitalistas dominantes, a sua base, para os quais a incerteza política é insuportável neste contexto, obrigam-no a recuar, “a ser humilde”, como o aconselhou ainda ontem o seu próspero camarada Nobre Guedes. O efeito paradoxal destes poderes, que aspiram a não ter contra-poderes, é o de prolongar a morbidez por tempo indeterminado, provavelmente até o segundo resgate, com esse ou com outro nome, que será a continuação da mesma lógica, estar definido, até Seguro se ter comprometido com um documento, chame-se-lhe memorando ou não, que o torne apto a “governar”.» link 
«A continuidade deste governo, depois da carta ‘irrevogável' de Portas, precisava de um novo líder no CDS. A recauchutagem de ontem é como certos pneus remendados: o carro ainda pode circular. Mas suspeito que não vai longe.» link 
«Havia uma linha vermelha. Paulo Portas foi muito além dessa linha e, no fim de contas, ganhou tudo o que pretendia ganhar. O Governo evolui de PSD/CDS para CDS/PSD. Maria Luís Alburqueque será uma figura menor ao lado de Portas. Pires de Lima é promovido da Super Bock para o Governo. Pedro Passos Coelho, o triste traste, cede porque sabe que se as eleições fossem daqui a dois meses o PSD cairia para níveis inferiores ao PSD de Santana Lopes e a seguir nem conseguiria arranjar emprego nas empresas do antigo padrinho Ângelo Correia. O país, esse, vai continuar a sofrer com o pior conjunto de crápulas da história da democracia. Estamos todos de parabéns.»   link 
«Eu não tenho medo e (acho que) quero um segundo resgate, com outro nome e sem troika. Como conseguir isso? Com eleições. Vamos por partes. Manuela Ferreira Leite levantou a lebre que mostra a saída de Gaspar associada à necessidade de um segundo resgate. Segundo ela, Gaspar pode ter saído para não ser tido como responsável pelo novo resgate, causando ainda a dúvida de que este seria consequência da sua saída. E Portas seguiu-o rapidamente, pelas mesmas razões, disse também. Faz sentido, essa coisa do segundo resgate: a economia e as finanças estão piores do que há dois anos, quando veio o primeiro que, recordemos, foi menor do que o necessário. E as eleições? As eleições são para mostrar que há força política para negociar, aproveitando a onda anti-troika nas instâncias europeias. Fácil? Claro que não. Nada é fácil. Mas é possível. O pior de tudo é ter medo e ceder às pressões do medo.»  link

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1 Comments:

Blogger e-pá! said...

O regresso do Engº. Sousa Veloso: "Senhores telespectadores, despedimo-nos com amizade, até ao próximo programa"...

De facto, podemos inferir que temos uma Direita pouco saudável a querer curar um País muito doente (para usar uma terminologia 'sanitária').
Ambos (a Direita e o País), ao serem novamente 'embrulhados' na persecução de uma trágica e repetitiva 'aventura', vão certamente esbarrar-se contra obstáculos insuperáveis (para não dizer letais). O que sendo volúvel para a Direita não o é para o País.
Ontem, na conferência de imprensa do Hotel Tivoli o 'espantoso' foi a não comparência de Cavaco Silva. Ficamos à espera de um post no facebook para fecharmos este ciclo de tenebrosas aleivosias políticas e de escabrosos golpes palacianos, vividos durante a última semana.

Une affaire à suivre e ao que é suposto: até breve!...

6:27 da tarde  

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