quinta-feira, julho 25

Paulo Macedo (super star) em jeito de balanço

...O que destaca nestes dois anos?
Saliento que foi possível manter em funcionamento um sistema de saúde que estava em ruptura  reforçámos a trajectória de reequilíbrio financeiro, condição necessária à sua sustentabilidade, mantendo uma resposta de qualidade às solicitações dos cidadãos que procuraram o SNS. Este é um ponto essencial. Face às dívidas acumuladas, às ameaças de cortes de fornecedores e ao aumento da procura dos serviços do SNS – devido à diminuição do rendimento disponível e das demais consequências negativas da crise –, conseguimos lançar um conjunto de reformas estruturais nas áreas do medicamento hospitalar, das carreiras médicas, da transparência, das tecnologias de informação, a par de medidas sem precedentes na acreditação de instituições de saúde e de combate à fraude e ao desperdício. Eu acredito no SNS e estes são aspectos cruciais para que este seja mais sustentável.
O que gostaria de fazer até ao fim da legislatura?
Até ao fim da legislatura vamo-nos concentrar na redução da carga da doença, apostando fortemente na saúde pública, aproximando os cuidados de saúde dos cidadãos e reforçando os cuidados primários e continuados.
Por outro lado, continuaremos a reforma hospitalar e a reforma da política do medicamento e investiremos na excelência do conhecimento e na inovação, procurando criar as condições de contexto que potenciem a capacidade e a consolidação do conhecimento existente, em três domínios prioritários: investigação e desenvolvimento, excelência de cuidados e excelência na gestão da informação.
A nível da gestão, caminharemos para a separação do financiamento da prestação de cuidados. Tudo isto concorre para o grande objectivo de aumentar a eficiência na prestação de cuidados de saúde, para criar condições estruturais de forma a que as unidades de saúde sejam sustentáveis no médio e longo prazo.
Entrevista de Paulo Moita de Macedo, Ministro da Saúde, à revista Frontline - julho 2013 link
Segundo o próprio, não fora a sua gestão providencial, o SNS já teria colapsado, kaputt, finito. Lisonjeiro para quem, apesar de tudo, pouco tem feito em relação ao que é necessário fazer para levar a cabo a reforma da Saúde. Mas, salve-se, até ao final da legislatura, "prossegue" a reforma pingo doce da rede hospitalar. 

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2 Comments:

Blogger Olinda said...

Eternecedor ou o expoente máximo do lodaçal em politica

Deslumbrante o cortejo de socialistas da nova e da velha guarda, renovadores, arrependidos do comunismo, e ex-tudo e mais alguma coisa, albergados num PS cada vez mais descaracterizado, sem rumo nem norte a apoiarem um candidato a Cascais vindo da Direita em alta velocidade para o colo dos arvorados arautos da ética republicana...

Lodaçal Parte I ou o prenuncio do flop autárquico anunciado

12:47 da manhã  
Blogger daniel said...

como trabalho numa empresa de distribuição de produtos médicos, fui afetado diretamento pelas politicas implementadas pelo ministro, mas o que foi mau para mim neste caso foi bom para o SNS, pelo menos a curto prazo. O lado negativo é o abrandar na inovação e na qualidade dos produtos consumidos na saúde. Falo da medida da descida dos 15% dos produtos. Portanto a minha ideia é que reformas ele faz e até bastante pouco ortodoxas.
Na sua prespectiva e uma vez que o critica, o que é mesmo importante um ministro alterar na saúde?

5:37 da tarde  

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