Paulo Macedo (super star) em jeito de balanço
Saliento que foi possível manter em funcionamento um sistema
de saúde que estava em ruptura reforçámos a trajectória de reequilíbrio
financeiro, condição necessária à sua sustentabilidade, mantendo uma resposta
de qualidade às solicitações dos cidadãos que procuraram o SNS. Este é um ponto
essencial. Face às dívidas acumuladas, às ameaças de cortes de fornecedores e
ao aumento da procura dos serviços do SNS – devido à diminuição do rendimento
disponível e das demais consequências negativas da crise –, conseguimos lançar
um conjunto de reformas estruturais nas áreas do medicamento hospitalar, das
carreiras médicas, da transparência, das tecnologias de informação, a par de
medidas sem precedentes na acreditação de instituições de saúde e de combate à
fraude e ao desperdício. Eu acredito no SNS e estes são aspectos cruciais para
que este seja mais sustentável.
O que gostaria de fazer até ao fim da legislatura?
Até ao fim da legislatura vamo-nos concentrar na redução da
carga da doença, apostando fortemente na saúde pública, aproximando os cuidados
de saúde dos cidadãos e reforçando os cuidados primários e continuados.
Por outro lado, continuaremos a reforma hospitalar e a
reforma da política do medicamento e investiremos na excelência do conhecimento
e na inovação, procurando criar as condições de contexto que potenciem a
capacidade e a consolidação do conhecimento existente, em três domínios
prioritários: investigação e desenvolvimento, excelência de cuidados e
excelência na gestão da informação.
A nível da gestão, caminharemos para a separação do
financiamento da prestação de cuidados. Tudo isto concorre para o grande objectivo de aumentar a eficiência na prestação de cuidados de saúde, para criar
condições estruturais de forma a que as unidades de saúde sejam sustentáveis no
médio e longo prazo.
Entrevista de Paulo Moita de Macedo, Ministro da Saúde, à
revista Frontline - julho 2013 link
Segundo o próprio, não fora a sua gestão providencial, o SNS já teria colapsado, kaputt, finito. Lisonjeiro para quem, apesar de tudo, pouco tem feito em relação ao que é necessário fazer para levar a cabo a reforma da Saúde. Mas, salve-se, até ao
final da legislatura, "prossegue" a reforma pingo doce da rede hospitalar.
Etiquetas: Paulo Macedo
2 Comments:
Eternecedor ou o expoente máximo do lodaçal em politica
Deslumbrante o cortejo de socialistas da nova e da velha guarda, renovadores, arrependidos do comunismo, e ex-tudo e mais alguma coisa, albergados num PS cada vez mais descaracterizado, sem rumo nem norte a apoiarem um candidato a Cascais vindo da Direita em alta velocidade para o colo dos arvorados arautos da ética republicana...
Lodaçal Parte I ou o prenuncio do flop autárquico anunciado
como trabalho numa empresa de distribuição de produtos médicos, fui afetado diretamento pelas politicas implementadas pelo ministro, mas o que foi mau para mim neste caso foi bom para o SNS, pelo menos a curto prazo. O lado negativo é o abrandar na inovação e na qualidade dos produtos consumidos na saúde. Falo da medida da descida dos 15% dos produtos. Portanto a minha ideia é que reformas ele faz e até bastante pouco ortodoxas.
Na sua prespectiva e uma vez que o critica, o que é mesmo importante um ministro alterar na saúde?
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