Acesso aos cuidados, relatório anual
«Através do estudo dos dados de utilização de cuidados de
saúde, a ERS corrobora que, de 2011 para 2012, ocorreu uma redução na
utilização global de consultas médicas presenciais nos CSP, variação esta mais acentuada
no conjunto de consultas de utentes isentos de taxa moderadora, i.é., nos
utentes que não enfrentam a barreira financeira das taxas. Mais refere que tal
impacto poderá decorrer de um efeito de redução global do consumo de bens e serviços,
face às actuais dificuldades económicas em Portugal, e não por alterações ao
novo modelo de taxas moderadoras, dado que os utentes isentos por condição de
insuficiência económica têm agora um maior peso relativo no total de utentes
isentos.»
Relatório Anual sobre o Acesso a Cuidados de Saúde no SNS
2012 link
Os utentes dos CSP, além do aumento das taxas, perderam,
muitos deles, transporte gratuito a par da redução das pensões de
reforma. Bem pode o ministro da saúde esforçar-se
por nos convencer, através da tentativa de melhoria do registo de dados, estudos
encomendados a "experts" solícitos e doses maciças de propaganda, que o SNS mantém
o nível de acesso aos cuidados de saúde verificado em anos anteriores...
Temos de procurar escrutinar, criticar melhor os dados que o
MS publica regularmente.
Os CSP registaram em março do corrente ano um aumento de 103.348
utentes e um saldo negativo de -552.340
consultas relativamente ao período homólogo (jan-mar) 2012 link
. Em Abril, o número de utentes aumentou
para 227.739 (mais do dobro) e o saldo negativo de consultas (-552.340) do período anterior (jan-mar), reduziu para -194.724 (jan-abr) relativamente ao mesmo período de 2012 link Certamente haverá uma boa explicação para este salto abrupto da
produção dos CSP…
clara
2 Comments:
Donde se não cuida, salta a lebre…
A justificação destas discrepâncias sobre acessibilidades no SNS, em relação a período homólogo, deverá ser encontrada no ‘Borda d’Água’, seguindo as linhas de análise experimentadas pelo ex-'guru' Vítor Gaspar link.
Assim, o comportamento dos utentes do SNS terá sido influenciado pelas ‘condições meteorológicas nos primeiros três meses do ano’ que sendo adversas para a saúde os ‘deslocaram’ das casas, dos campos, do trabalho, das esplanadas, dos cafés, do desemprego, etc., para os CPS.
Como diz o povo: “A chuva e o frio, metem a lebre a caminho”. Esta a ‘lebre’ que Relatório anual do MS levanta...
NÃO HÁ SAM NEM SONHO À QUASE 1H E MEIA...
CAOS E CONSULTAS ADIADAS
Enviar um comentário
<< Home