Saúde em 2017
... 26 O Governo vai dar um médico de
família a cada português?
Desde
a fundação do Serviço Nacional de Saúde, esta é a primeira vez que
matematicamente será possível cumprir a reiterada promessa. Por ano estão a
formar-se cerca de 500 novos especialistas em medicina geral e familiar e o
número de médicos que se aposentam não ultrapassa as duas dezenas. O saldo é
positivo e o ministro da Saúde acredita que até ao final da legislatura cada um
dos cerca de 500 mil cidadãos que ainda não têm médico de família atribuído
beneficiará na íntegra da prestação pública de cuidados assistenciais.
27 O tempo de espera por exames no SNS
vai ser reduzido?
Ficar
meio ano a aguardar por uma ressonância magnética, uma colonoscopia ou uma
ecografia abdominal é uma das grandes falhas do Serviço Nacional de Saúde. O
Governo reconhece que a solução é complexa mas vai avançar com algumas medidas
para minimizar o problema. Em 2017, deverão entrar em vigor tempos máximos de
resposta garantida para os exames conforme a urgência do doente que, ao serem
ultrapassados, implicam o recurso a unidades privadas ou sector social. Deverão
ainda começar a funcionar Centros Integrados de Diagnóstico e Terapêutica — o
primeiro no Hospital Pulido Valente, em Lisboa — para dar resposta às
populações dos centros de saúde e hospitais da região.
Semanário expresso
30.12.16
A Saude
em 2017, entre o céu e o inferno:
Contas
da Saúde: Conseguirá o ministro da Saúde, relativamente
ao exercício de 2016, cumprir o prometido saldo negativo de 248 milhões de
euros, mais 69 milhões do que o inicialmente previsto (carry over 2015)? Contestará o Tribunal de Contas a diferença transitada (2015): défice de 372 milhões de
euros, apurado pelo governo da geringonça ?
Reforma
da rede hospitalar: Terá o governo o discernimento e coragem necessários
para implementar as medidas de reforma estruturais necessárias: Encerramento/reconversão de
camas de agudos. (necessária muita coragem apesar da paz social). Implementação
de Centros de Responsabilidade Integrados em todos os hospitais da rede do SNS.
Remuneração dos profissionais por objectivos. Implementação de experiências
piloto de financiamento "percapita" de unidades locais de saúde ?
Redução
da procura das urgências: Conseguirá o ministro da saúde Implementar o conjunto
de medidas com influência positiva no objectivo de suster o aumento de procura das urgências ?
Essencialmente, melhoria do atendimento da rede de cuidados primários (capacidade
de acompanhamento dos utentes e acesso a consultas resolutivas em tempo útil)
Redes de
Informação e equipamentos: Conseguirá o ministro
da Saúde reunir os meios necessários (sem implicar derrapagem da dívida) ao lançamento
de um programa nacional de melhoria das redes de informação e equipamentos de centros de saúde
e hospitais ?
Greves Gerais?: Apesar da paz social reinante o diabo estará sempre à espreita.
Renovação das PPP: O ministro da saúde, decidirá, também,
relativamente ao Hospital de Braga, abrir Concurso Público Internacional ? Ou
haverá lugar a renovação directa ? Visto cada caso ser um caso! Acabará o Hospital de
Cascais adjudicado a um consórcio chinês ?
Sector Público da Saúde passará a complementar ? Face à
precariedade crescente dos serviços públicos de saúde e correspondente rápido crescimento dos privados no nosso país, sentir-se-à o governo na contingência
de proceder à redefinição em 2017 do Sector Público da Saúde como complementar ?
Convite irrecusável: Aceitará o ministro da
saúde um convite irrecusável da TVI para comentador residente da estação de
Carnaxide ?
Feliz Ano Novo para todos
Clara Gomes
1 Comments:
São cada vez mais alarmantes os sinais de desvario financeiro do actual Ministro da Saúde. Está afundar o SNS, sem que ninguém levante a voz.
Jorge Varanda in facebook
Enviar um comentário
<< Home