O Ministro da Saúde e os Australopitecos.
1. - Estou de acordo com o senhor Ministro da Saúde, Luís Filipe Pereira.
2. - No tempo remoto dos nossos antepassados australopitecos, a mulher ficava em casa a cuidar do lar e dos filhos, enquanto o homem ía caçar.
Quando regressava a casa, o macaco, digo, o australopiteco, era esperado pela mulher zelosa que lhe servia o jantar e outros mimos.
Além da lida da casa, propriamente dita, as australopitecas manufacturavam pequenos objectos utilitários. Pentes de osso. Colares com longas fiadas de dentes de javali. Era a arte dos lavores femininos a despontar.
Tal como hoje, os australopitecos admiravam muito os encantos da beleza feminina. Havia duas classes de mulheres: as Boas e as Prendadas.
As Boas eram as mais apreciadas. Cabeleiras fartas e compridas. Mamas grandes e firmes. Coxas francas e torneadas. Eram estas as primeiras a casar. Escolhidas pelos caçadores mais poderosos, mais fortes e exímios, nem sempre os mais belos e sensíveis.
Voltas da Natureza
As Prendadas casavam com os caçadores menos exímios ou mais ineptos. Os que tinham menos êxito na caça. Constituíam, por isso, um grupo social à parte. Com menos recursos. Habitando cavernas com poucas condições. Onde entrava a água no Inverno. Povoadas de infestantes durante todo o ano.
3. -Foi dentro deste grupo australopiteco, num processo de luta pela sobrevivência, que se desenvolveu o movimento de emancipação das mulheres.
Menos boas, mas mais inteligentes, estas mulheres de espírito inventivo, vontade inquebrantável, começaram a disputar aos homens o êxito da arte da caça.
Os homens mais fortes e orgulhos, apostando sempre nas mesmas técnicas, há muito testadas, em breve eram ultrapassados pelas mulheres mais corajosas e voluntariosas.
4. - Além de se tornarem excelentes profissionais da caça, estas mulheres conseguiram ainda melhorar outros aspectos do seu comportamento.
Tornaram-se sexualmente mais atractivas, mais ousadas, mais activas e despidas de preconceitos.
Quer dizer, ultrapassaram também as Boas, que permaneceram Boas mas estúpidas de tanto cuidarem do lar e dos australopitecos.
5. –E os homens, esses seres plenos de força ?
Arrogantes, foram-se tornando cada vez mais estúpidos até não haver um único homem médico(por não conseguirem as notas mínimas para entrarem em Medicin).
6. - Quanto a mim, tudo bem !...
Tudo numa boa. Como díria o outro Luís Filipe (o Scolari)(1)
Não percebo nada nem gosto de caçar.
Nunca quis ser médico.
Com alguma facilidade aprendi a cozinhar.
Os momentos de felicidade continuam a acontecer-me nos fins de tarde. Quando ela chega a casa exausta, depois de um dia de trabalho "stressante". E pergunta, ansiosa:
“O jantar está pronto?
Chegou a altura de eu demostrar novas e velhas competências.(2)
(1)- Tenho azar aos Filipes. Herança dos meus antepassados que participaram na revolução de 1640.
(2)- Final machista? Afinal ainda nos resta algo!
Também não?
2. - No tempo remoto dos nossos antepassados australopitecos, a mulher ficava em casa a cuidar do lar e dos filhos, enquanto o homem ía caçar.
Quando regressava a casa, o macaco, digo, o australopiteco, era esperado pela mulher zelosa que lhe servia o jantar e outros mimos.
Além da lida da casa, propriamente dita, as australopitecas manufacturavam pequenos objectos utilitários. Pentes de osso. Colares com longas fiadas de dentes de javali. Era a arte dos lavores femininos a despontar.
Tal como hoje, os australopitecos admiravam muito os encantos da beleza feminina. Havia duas classes de mulheres: as Boas e as Prendadas.
As Boas eram as mais apreciadas. Cabeleiras fartas e compridas. Mamas grandes e firmes. Coxas francas e torneadas. Eram estas as primeiras a casar. Escolhidas pelos caçadores mais poderosos, mais fortes e exímios, nem sempre os mais belos e sensíveis.
Voltas da Natureza
As Prendadas casavam com os caçadores menos exímios ou mais ineptos. Os que tinham menos êxito na caça. Constituíam, por isso, um grupo social à parte. Com menos recursos. Habitando cavernas com poucas condições. Onde entrava a água no Inverno. Povoadas de infestantes durante todo o ano.
3. -Foi dentro deste grupo australopiteco, num processo de luta pela sobrevivência, que se desenvolveu o movimento de emancipação das mulheres.
Menos boas, mas mais inteligentes, estas mulheres de espírito inventivo, vontade inquebrantável, começaram a disputar aos homens o êxito da arte da caça.
Os homens mais fortes e orgulhos, apostando sempre nas mesmas técnicas, há muito testadas, em breve eram ultrapassados pelas mulheres mais corajosas e voluntariosas.
4. - Além de se tornarem excelentes profissionais da caça, estas mulheres conseguiram ainda melhorar outros aspectos do seu comportamento.
Tornaram-se sexualmente mais atractivas, mais ousadas, mais activas e despidas de preconceitos.
Quer dizer, ultrapassaram também as Boas, que permaneceram Boas mas estúpidas de tanto cuidarem do lar e dos australopitecos.
5. –E os homens, esses seres plenos de força ?
Arrogantes, foram-se tornando cada vez mais estúpidos até não haver um único homem médico(por não conseguirem as notas mínimas para entrarem em Medicin).
6. - Quanto a mim, tudo bem !...
Tudo numa boa. Como díria o outro Luís Filipe (o Scolari)(1)
Não percebo nada nem gosto de caçar.
Nunca quis ser médico.
Com alguma facilidade aprendi a cozinhar.
Os momentos de felicidade continuam a acontecer-me nos fins de tarde. Quando ela chega a casa exausta, depois de um dia de trabalho "stressante". E pergunta, ansiosa:
“O jantar está pronto?
Chegou a altura de eu demostrar novas e velhas competências.(2)
(1)- Tenho azar aos Filipes. Herança dos meus antepassados que participaram na revolução de 1640.
(2)- Final machista? Afinal ainda nos resta algo!
Também não?
1 Comments:
Este texto levou-me a uma reflexão sobre o mundo das aparências.
Todos os homens, quando se fala dos direitos das mulheres, alinha um discurso politicamente correcto.
Do estilo. Cá prá mim, as mulheres devem ter todas as oportunidades dadas aos homens.
No entanto, se pudéssemos espreitar um bocadinho para os seus comportamentos... Bastava ver como se comportam com as suas mulheres.
A maioria dos homens são inseguros. Têm medo das mulheres. Da sua inteligência. Da sua competência. E da sua libertação sexual.
Luísa Meireles
lmeireles@hotmail.com
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