Políticas Catastróficas
1. - Um jornalista do "New York Times" escreveu que o Presidente Brasileiro Lula da Silva andará a beber demais. Indignado, Lula mandou expulsar o jornalista do país. Na manhã seguinte, ao acordar, terá perguntado que berraria era aquela à porta do Palácio do Planalto. Ter-lhe-ão dito que se tratava de associações internacionais de defesa da liberdade de imprensa. Enquanto bebia o café da manhã, os assessores ter-lhe-ão lembrado que enquanto homem de esquerda, Lula não podia expulsar assim um jornalista do país. Mesmo que tivesse escrito uma soez mentira. Por isso ou por estar de ressaca, Lula arranjou uma forma de alterar a sua decisão sem perder ainda mais a face. O que demonstra que os homens de esquerda são homens tolerantes. Os bêbados a seu modo também. Mas ambos têm os seus timings.
2. - A grande constatação que podemos tirar deste episódio é a de que o actual presidente dos Estados Unidos, George W. Bush não precisava de ser de esquerda para ser mais tolerante. Apenas não devia ter deixado de beber. Está assim demonstrado que não era por ter mais um alcoólico que o mundo seria um local pior. Podemos mesmo afirmar que se Lula fosse Presidente dos EUA, poderia até ter mandado atacar o Iraque à noitinha. Mas de manhã decidiria mandar regressar as tropas. Por uma de duas razões: por ser de esquerda, ou por estar com dor de cabeça e não aguentar o barulho dos protestos.
3. - Já na política Portuguesa estamos cada vez mais entretidos com a promiscuidade entre a promiscuidade e a política e continuamos sem saber quais os políticos nacionais que cultivam ou cultivaram a promiscuidade entre a política e a bebida.
E embora as redacções dos jornais estejam hoje pejadas de abstémios a recibo verde e membros dos AA nos quadros da empresa, ninguém parece disposto a abordar o tema publicamente, retirando assim alguma vitalidade à imprensa humorística, pois desde a invenção do vinho que não há coisa mais engraçada do que fazer humor com bêbados.
4. - Os nossos jornalistas da imprensa dita séria argumentam que se escrevessem um artigo sobre tal assunto, este seria o último que publicariam em Portugal. Ou seja, pelo que entendemos, seriam expulsos para os EUA.
Contudo, do ponto de vista do jornalismo da chalaça inventada, seria interessante saber quantas e quais decisões foram tomadas, nas últimas três décadas, por políticos toldados. Tendo em conta o resultado catastrófico de algumas dessas decisões, estaríamos muito mais descansados em saber que muitas delas foram apenas tomadas por bêbados e não por meros incompetentes. Pois, como diz a velha anedota do bêbado e da mulher feia, o primeiro caso cura-se com uma noite de sono, o segundo é para toda a vida.
in Editorial do Inimigo Público 21.05.04
Comentário:
Luís Filipe Pereira é abstémio.
2. - A grande constatação que podemos tirar deste episódio é a de que o actual presidente dos Estados Unidos, George W. Bush não precisava de ser de esquerda para ser mais tolerante. Apenas não devia ter deixado de beber. Está assim demonstrado que não era por ter mais um alcoólico que o mundo seria um local pior. Podemos mesmo afirmar que se Lula fosse Presidente dos EUA, poderia até ter mandado atacar o Iraque à noitinha. Mas de manhã decidiria mandar regressar as tropas. Por uma de duas razões: por ser de esquerda, ou por estar com dor de cabeça e não aguentar o barulho dos protestos.
3. - Já na política Portuguesa estamos cada vez mais entretidos com a promiscuidade entre a promiscuidade e a política e continuamos sem saber quais os políticos nacionais que cultivam ou cultivaram a promiscuidade entre a política e a bebida.
E embora as redacções dos jornais estejam hoje pejadas de abstémios a recibo verde e membros dos AA nos quadros da empresa, ninguém parece disposto a abordar o tema publicamente, retirando assim alguma vitalidade à imprensa humorística, pois desde a invenção do vinho que não há coisa mais engraçada do que fazer humor com bêbados.
4. - Os nossos jornalistas da imprensa dita séria argumentam que se escrevessem um artigo sobre tal assunto, este seria o último que publicariam em Portugal. Ou seja, pelo que entendemos, seriam expulsos para os EUA.
Contudo, do ponto de vista do jornalismo da chalaça inventada, seria interessante saber quantas e quais decisões foram tomadas, nas últimas três décadas, por políticos toldados. Tendo em conta o resultado catastrófico de algumas dessas decisões, estaríamos muito mais descansados em saber que muitas delas foram apenas tomadas por bêbados e não por meros incompetentes. Pois, como diz a velha anedota do bêbado e da mulher feia, o primeiro caso cura-se com uma noite de sono, o segundo é para toda a vida.
in Editorial do Inimigo Público 21.05.04
Comentário:
Luís Filipe Pereira é abstémio.
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