domingo, setembro 26

Liberalização da Saúde


Salvador de Mello- Presidente da José de Mello Saude

Para o Grupo Mello:

"Portugal encontra-se numa "corrida contra o tempo" . A reforma em curso ainda é frágil, pois só três por cento das unidades do sector têm gestão privada.
Criticando a lentidão do processo das parcerias público-privadas na saúde em Portugal, Vasco Luís de Mello acabou a sua intervenção com uma curiosa comparação: com um orçamento global da ordem dos 650 milhões de euros, os dez estádios do Euro2004 demoraram cerca de quatro anos a ser concluídos, enquanto os dez hospitais em parceria público-privada (orçados em 750 milhões de euros) vão levar "entre 10 a 12 anos".
Declarações proferidas num seminário sobre o Parcerias Público- Privado, promovido no Porto pela Câmara de Comércio Luso-Espanhola.
Jornal Publico 25.09.04

Por sua vez, Salvador de Mello, presidente da José de Mello Saúde, numa palesta intitulada "O desafio da competitividade", proferida na Ordem dos Médicos (O.M.) no dia 15.09.04, defendeu que 50% do sector deveria estar na mão dos privados dentro de 10 anos, ao contrário dos 20% que o Estado prevê transferir até 2014. «Actualmente, a iniciativa privada detém cerca de 3% do sector da Saúde. Revista Tempo de Medicina

Comentários:

O "Grupo Mello", de que faz parte a "José de Mello Saúde", quer acelerar o processo de liberalização da saúde em curso. Allez, allez, que se faz tarde!

A impaciência do GM, justifica-se, não vá o processo sofrer algum acidente de percurso, parar ou retroceder, frustando as expectativas de chorudos negócios.

Para já, tudo que seja menos de 50% para os privados é pouco. Daqui a um ano, 75% já será insuficiente. O assalto ao Sector Público avança imparável!

Ficamos também a saber que, para o GM, construir hospitais ou estádios de futebol é a mesmíssima coisa. Negócio é negócio: batatas e cebolas, é tudo igual ao litro. Têm razão. Há sempre um denominador comum: o lucro.