Reforma da Administração Pública(3)
Para Teodora Cardoso, economista e consultora do BPI, aumentar a idade da reforma é trocar aposentados por desempregados (entrevista ao Diário Económico 17.01.05).
Para baixar a despesa pública é necessário reduzir o número de funcionários ou bastará alterar as tais formas de gestão?
Isso ouve-se desde sempre. É por isso que eu defendo um limite fixo para o nível das despesas. A partir daqui, os serviços sabem que o limite é para ser cumprido durante n anos – sendo que é actualizado todos os anos mas apenas para a frente, dentro das regras de contenção –, pelo que vão ser obrigados a que se passe da conversa aos actos.
Medidas horizontais como congelar a admissão de funcionários públicos, que a própria ministra Ferreira Leite classificou como sendo a mais estúpida que tomou, não funcionam. Há serviços que precisam de mais pessoas e outros que têm funcionários a mais. Até porque Portugal não tem um número de funcionários excessivo, quando comparado com os outros países.
E quais são os outros problemas da função pública?
A falta de formação. As pessoas só sabem fazer aquilo que sempre fizeram. Além disto, falta independência. Os funcionários têm que ter a independência necessária para propor coisas diferentes daquelas que estão a ser feitas e que à partida até parecem ser contrárias aos métodos utilizados. São necessários incentivos para que os funcionários públicos sugiram soluções e ganhem em termos de carreira pela sua iniciativa. Coloca-se ainda o problema da mobilidade, que fala-se muito mas nunca se cumpre. (link)
Para baixar a despesa pública é necessário reduzir o número de funcionários ou bastará alterar as tais formas de gestão?
Isso ouve-se desde sempre. É por isso que eu defendo um limite fixo para o nível das despesas. A partir daqui, os serviços sabem que o limite é para ser cumprido durante n anos – sendo que é actualizado todos os anos mas apenas para a frente, dentro das regras de contenção –, pelo que vão ser obrigados a que se passe da conversa aos actos.
Medidas horizontais como congelar a admissão de funcionários públicos, que a própria ministra Ferreira Leite classificou como sendo a mais estúpida que tomou, não funcionam. Há serviços que precisam de mais pessoas e outros que têm funcionários a mais. Até porque Portugal não tem um número de funcionários excessivo, quando comparado com os outros países.
E quais são os outros problemas da função pública?
A falta de formação. As pessoas só sabem fazer aquilo que sempre fizeram. Além disto, falta independência. Os funcionários têm que ter a independência necessária para propor coisas diferentes daquelas que estão a ser feitas e que à partida até parecem ser contrárias aos métodos utilizados. São necessários incentivos para que os funcionários públicos sugiram soluções e ganhem em termos de carreira pela sua iniciativa. Coloca-se ainda o problema da mobilidade, que fala-se muito mas nunca se cumpre. (link)
6 Comments:
Qualquer destes posts (não sei se a repetição é intencional) é de uma extrema oportunidade, objectividade e lucidez na crítica.
Passando para um registo mais leve, este fim de semana não houve jogging?
1. - O nosso défice representa cerca 5% do PIB. O limite da UE é de 3%.Por outro lado a nossa economia crece abaixo dos 3%. Só haverá convergência se reduzirmos a despesa pública para os 3% do PIB e crescermos a economia acima dos 3%. Nada fácil.
Como os nossos empresários não conseguem fazer desenvolver a economia, voltam-se para a reforma da Administração pública. E os culpados da crise, os funcionários públicos, esses malandros.
Estes dois textos são um bom contributo para a discussão.
Assim como o terceiro texto do Mendes Ribeiro, que defende a privatização da saúde como remédio santo para a crise.
Talvez de toda esta discussão se faça luz. Ou nos mamdem para casa por estarmos a mais.
2. - Inevitavelmente, jogging ao Sábado - 14H35, dia agreste, com mar cheio de ondulação e surfistas. Domingo 14H50, tarde luminosa, calma e pouco frio. Eu e o Pedro estamos a subir de forma. Para enfrentarmos o problema do défice e da dívida pública.
A esplanada da Torre neste Domingo estava cheia de pessoal, tal como no Verão. Nada que se compare ao sucedido na Rússia, onde as alterações climatéricas estragaram a hibernação dos ursos.
A francisca foi para fora?
Os empresários incompetentes sem engenho para desenvolver novos negócios nem capacidade para manter os antigos, que apenas sabem desenvolver a sua actividade à sombra do Estado, não descansam enquanto não virem sangue na Administração Pública: encerramento de serviços, milhar4es de supranumerários, despedimentos, manifestações, declarações lacinantes dos despedidos de que não têm dinheiro para o Natal.
1. Questão difícil...
2. Estranhei a falta das fotografias (hábitos parvos os de ir à Torre por interposta pessoa), por isso lhe perguntei. Eu só saí para estar com uns amigos e "garanti" a minha forma com uma tarte dos deuses.
1. - Tirei fotografias mas não as publiquei. Para a semana, talvez.
2. - Não a imaginava gorda de tartes e guloseimas (estou a brincar). Vou arriscar. Sabe que eu sei fazer uma tarte de maçâ excepcional. Não acredita? Os meus companheiros de trabalho também não acreditavam até eu ter passado no rigoroso exame a que voluntariamente me submeti.
:)) Não é qualquer "docinho" que me desequilibra a balança.
Quanto à sua tarte de maçã, acredito que esteja à sua altura , qualquer que seja a receita:).
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