sábado, fevereiro 5

Hospital Amadora Sintra, Reincide


1. - Redução da capacidade assistencial por falta de Recursos Humanos.
O Hospital Amadora Sintra, depois de em Dezembro ter decidido encerrar a Urgência de Obstetrícia invocando falta de médicos, o que lhe valeu uma multa de 40 mil euros aplicada pela ARSLVT por falta de assistência, decidiu agora não atender novos doentes no Serviço de Infecciologia a partir da próxima segunda feira dia 07 de Fevereiro.
Segundo a Administração do Hospital esta decisão deve-se ao facto deste serviço poder apenas contar com dois médicos quando, face as necessidades existentes, deveria dispor de cinco clínicos.
Esta decisão irá prejudicar o atendimento de novos doentes e levará ao encerramento de um elevado número de consultas externas de infecciologia deixando sem médico assistente cerca de 500 doentes.
A Administração do Hospital estará a tentar desviar os novos doentes para outros hospitais da área de Lisboa o que, segundo a ARLVT, será de execução dificil uma vez que todos os hospitais de Lisboa estão sobrelotados.
O Hospital Amadora Sintra ao reduzir a sua capacidade assistencial com a alegação de falta de recursos humanos corre o risco de ver instaurado um novo processo por incumprimento de contrato.
2. - É clara a intenção da Administração do Hospital Amadora Sintra em condicionar a oferta da prestação de cuidados às populações da sua área de influência em função de critérios economicistas. Os recursos humanos necessários estão disponíveis no mercado e a sua obtenção depende, únicamente, da decisão da Administração do Hospital face ao que se dispõe pagar pela sua obtenção.
O incumprimento grave e reincidente do contrato de concessão de exploração de uma importante unidade hospitalar do Serviço Nacional de Saúde, por parte da Sociedade gestora do Amadora Sintra, requer da parte do Ministério da Saúde de uma única resposta possível: A rescisão do contrato.

2 Comments:

Anonymous Anónimo said...

A Sociedade gestora do Amadora Sintra comandada pela Mello Saúde faz tudo e sobra-lhe tempo.
Depois de uma multazinha face à sua grave decisão de encerrar a maternidade, sem dar cavaco a ninguêm (ARSLVT incluída), a administração do Amadora Sintra faz mais uma manobra de reposicionamento quanto à sua oferta de serviços.
Todos nós sabemos que hoje em dia os doentes da Sida são indesejados, devido aos altos custos que representam. Enxotadela daqui, enxotadela dacolá, vai-se sacudindo a água do capote. Perante o olhar complacente do ministro da Saúde.
Quanto às multas, é o menos para os Mellos depois de terem recebido aquela massa toda decretada pelo tribunal arbitral, nomeado por Luís Filipe Pereira, quando já havia pareceres do Tribunal de Contas e da Inspecção Geral da Saúde que davam razão ao Estadio. Com amigos assim fechar serviços é canja (piece of cake em inglês)!
John, o Justiceiro

6:57 da tarde  
Blogger xavier said...

SIM preocupado com estratégia do Amadora-Sintra
O Sindicato Independente dos Médicos demonstrou, esta tarde, uma forte preocupação quanto ao condicionamento da unidade de infecciologia do Hospital Amadora-Sintra, em que poderá estar ameaçada a distribuição de medicamentos.
A partir de segunda-feira esta unidade passa a ter apenas dois dos cinco médicos habituais, o que para o sindicalista José Martins Silva mostra a erosão do próprio hospital.
O dirigente do Sindicato Independente dos Médicos (SIM) teme que as limitações financeiras possam condicionar a distribuição de medicamentos nesta área que são «extremamente caros».
«Se a saúde for apenas regida por razões economicistas, então estes doentes vão tratar-se onde? É que os doentes que recebem tratamentos da Sida e da Hepatite B e C dependem dos medicamentos fornecidos pelo hospital», afirmou.
Do gabinete do ministro da Saúde chega a garantia que a distribuição de medicamentos não está em causa e que a falta de médicos poderá passar por novas contratações.
Luís Filipe Pereira considerou ainda ilegitima a posição da administração do hospital em condicionar a abertura do serviço de infecciologia.
À TSF, o gabinete do ministro recordou que o hospital tem de cumprir compromissos contractuais, caso contrário terá de prestar contas à Administração Regional de Saúde.

12:49 da manhã  

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