quarta-feira, maio 18

Combate ao HIV/Sida

O HIV/Sida constitui um grave problema de saúde em Portugal, com quase mil óbitos anuais e elevadas taxas de incidência, reconheceu Correia de Campos na 58ª Assembleia Mundial da Saúde, em Genebra.
Segundo o ministro da saúde, trata-se de um problema que requer "uma actuação urgente no relance da prevenção e combate à doença, através da promoção de acções e campanhas de informação/sensibilização, tendo em vista a modificação efectiva de comportamentos".
A luta contra o HIV/Sida esbarra com inúmeros preconceitos sociais como o reconhecimento dos direitos das prostitutas e religiosos como a posição da Igreja católica que defende que a prevenção deve ser feita exclusivamente através da abstinência e da fidelidade, rejeitando a utilização do preservativo como um meio eficaz de prevenção desta doença.
Alguma coisa podemos aprender com a experiência de outros países como o Brasil cujo programa de combate ao HIV/Sida é um sucesso, contando com o investimento do estado de cerca de 300 milhões de dólares por ano, a participação de 375 hospitals e 381 centros de saúde. A igreja brasileira tornou-se também num dos principais parceiros no combate a esta doença assumindo uma atitude mais positiva e realista em relação à aplicação dos princípios da abstinência e fidelidade.(link)

2 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Desde 1987, com a Carta de Otava, que a Promoção da Saúde (PS) deveria ser vista, pelos Sistemas de Saúde, como a actividade central das políticas de saúde, com fundamento no conceito de Nova Saúde Pública. Este conceito decorre da transição epidemiológica que se operou entre as causas de morte e de morbilidade típicas da Saúde Pública Higienista do Séc. XIX que assentam fundamentalmente em razões de higiene, pública e individual e as causas de morte e de morbilidade actuais, as quais assentam fundamentalmente em razões de natureza comportamental. Enquanto as primeiras têm como consequências principais as doenças infecto-contagiosas que requerem acções sobretudo a esse nível (saneamento, medidas de higiene, colectivas e individuais, saneamento, água potável, vacinações, etc.), as segundas provocam AVC, acidentes, doenças infecto-contagiosas provocadas/facilitadas por comportamentos incorrectos (acidentes, SIDA, Toxicodependência, Cancro, etc.) como a má alimentação, o stress da vida corrente, sedentarismo, comportamentos sexuais incorrectos, outros comportamentos de risco, que requerem sobretudo acções ao nível da Promoção da Saúde (educação e informação para a saúde). O papel principal, a nível dos profissionais de saúde pública, deixa de assentar na actuação do médico e do enfermeiro, mas, a meu ver, sobretudo, dos psicólogos, em especial de Psicólogos da Saúde.
Ora, o que se constata é que a Promoção da Saúde, como actividade bem organizada e estruturada a nível do Ministério da Saúde, pura e simplesmente não existe. Os serviços de Saúde Publica ainda continuam a actuar segundo o paradigma da Saúde Pública Higienista. Não há Psicólogos nos nossos serviços de saúde, nem a nível dos Centros de Saúde, para desenvolvimento de actividades de PS a este nível, nem dos Serviços de Saúde Ocupacional, a nível da PS nos locais de Trabalho e, sobretudo das escolas, para a promoção da saúde escolar. Enquanto assim for, continuaremos a ser os piores no que se refere à SIDA, à Toxicodependência, aos acidentes de trabalho, aos acidentes de viação, etc., etc.,
Está em boa altura começar a desenvolver a PS, o que vem aliás, na senda aberta pelo Plano Nacional de Saúde e está referido no Programa do Governo como prioridade. Além do mais, também ambaratece o sistema do que continuar a apostar apenas na medicina curativa e, dentro desta, na medicicina hospitalar.

10:36 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

As campanhas de prevenção devem basear-se em ideias muito simples.
Pedir á população abstinência e fidelidade não ajuda a prevenir coisa nenhuma.
Temos partir do princípio que as pessoas fazem sexo com regularidade e com vários parceiros.
O uso do preservativo nestas circunstancias é indispensável.
Prevenção Sida = preservativo.
O acesso aos preservativos deverá ser o mais alargado possível: Farmácias, centros comerciais, escolas, hospitais, repartições públicas,estações do metro, combóios, aeroportos, quiosques da praias.
Vá onde for, esteja onde estiver, um preservativo sempre à mão.

3:50 da tarde  

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