Nomeações
Centro Hospitalar do Alto Minho
O problema da nomeação dos gestores para os hospitais do Serviço Nacional de Saúde tem sido objecto de acesa polémica aqui no SaudeSA. Sobre este tema "trazemos à luz do dia", o comentário certeiro do VivóPorto, feliz contributo para o esclarecimento desta questão.
"O que alguns colegas parecem não querer perceber é que a questão de fundo não reside em nomear mais um ou menos um AH, mas sim em saber qual é o sistema de gestão que está subjacente às nomeações. Senão vejamos. O anterior MS, LFP, nomeou vários AH para os CAs, alguns mesmo para Presidentes (Guimarães, Alto Minho, Barcelos, etc.). O sistema era bom por isso? De resto, ao longo destes anos todos, desde que as Administrações dos Hospitais passaram a ser efectuadas por nomeação política alguns AH nem por isso passaram a ter comportamentos de maior respeito e consideração por colegas da mesma profissão e carreira do que aquela que tinham antes de serem nomeados. Nalguns casos mesmo, até passaram a ter comportamentos muito questionáveis do ponto de vista ético da carreira. Julgo que todos conhecem alguns casos. Ainda hoje, mesmo, se conhecem um ou outro caso, nos SA ou noutros hospitais em que o desempenho ético de colegas relativamente a outros colegas pode ser questionado. Pergunto, então, deveremos sentirmo-nos satisfeitos apenas por ver este ou aquele colega ser nomeado para este ou aquele CA? Penso que é tomar a nuvem por Juno. Em minha opinião, os AH, a carreira de AH, só deveriam ficar satisfeitos quando vissem os lugares de direcção (de topo e intermédia) dos HH, todos, preenchidos por AH com base no respectivo mérito, por concurso. E que esse sistema fosse reconhecido como o melhor para o país, para os hospitais e para ao AH de carreira. Julgo tudo isto compatível e compatibilizável. Para o que seria importante, debater-se e definir que sistema de gestão hospitalar defendem os AH e lutar-se por ele. O que irá definir a boa ou má posição do MS relativamente à gestão dos hospitais e aos AH é o tipo de sistema de gestão hospitalar que irá ser aprovado (que não é este, julgo que estaremos todos de acordo) e que posição irão ocupar nele os AH. Estes meros fogachos, por bonitos que sejam, não devem distrair-nos do que é essencial."
VivóPorto
3 Comments:
Num outro post falava-se do HSJ, HGSA e do Vale do Sousa como alterações já concretizadas.
Mas afinal o que é que se passa?
Ainda as pessoas não chegaram e já estão a se criticadas?
Pessoas do PSD? E o PS deixa?
Segundo a informação de O Publico de 31/5/05, a Administração do H.S.João foi demitida em bloco.
Presume-se que o apoio interno do Presidente da Camara do Porto para a construção da linha do Metro na àrea circundante do H.S.João (contra a opinião de muitos, visando as próximas eleições autarquicas)acabou por ruir.
Aguardam-se que os novos desenvolvimentos desta situação sejam positivos para uma instituição de enorme importancia para a area da saúde, no norte e em todo o país, como é o HSJ.
Desta vez CC acertou na mouche...
A substituição abrangeu os quatro outros vogais da administração do hospital - dois executivos e dois não executivos - que também serão substituídos a partir de quarta-feira, disse fonte hospitalar à agência Lusa.José Eduardo Guimarães é médico hematologista, tendo sido director clínico durante a administração presidida por Isabel Ramos, que foi substituída por António Fernandes Tato.A fonte adiantou que foram nomeados António Ferreira, médico e professor universitário, para director clínico, e Euridice Portela para enfermeira-directora.Os nomes dos restantes dois membros da equipa não foram ainda divulgados.A demissão da equipa de gestão do São João não obriga ao pagamento de qualquer indemnização, dado que a actual administração do Hospital foi nomeada há menos de um ano.
J N
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