ULS (PPP)
A José de Mello Saúde, renovou, recentemente, a sua reivindicação de querer para o sector privado 50% das unidades hospitalares do SNS.
Depois de o ministro da Saúde, António Correia de Campos, ter anunciado a intenção de organizar os cuidados de saúde com base nas Unidades Locais de Saúde (ULS), os privados passaram a reivindicar o acesso à exploração destas unidades.
Depois de o ministro da Saúde, António Correia de Campos, ter anunciado a intenção de organizar os cuidados de saúde com base nas Unidades Locais de Saúde (ULS), os privados passaram a reivindicar o acesso à exploração destas unidades.
E aí temos, José Mendes Ribeiro, presidente do Grupo Português de Saúde, após um estágio remunerado na Unidade de Missão dos Hospitais SA, a defender um novo modelo de Parceria Público Privado (PPP) para a Saúde, baseada na concessão da exploração de ULS regionais com pagamento por “capitação”.
Temos assim o modelo de privatização do SNS "step by step" (1 hospital por região), proposto pelo Luís Filipe Pereira, a evoluir para a privatização por atacado, segundo a qual o Estado transfere de uma só penada para o privado todos os cuidados de saúde públicos de uma determinada região. Para o negócio ser mais confortável, quer dizer, com menos riscos, a proposta vai no sentido de o pagamento a efectuar pelo Estado se fazer por "capitação". (link)
Temos assim o modelo de privatização do SNS "step by step" (1 hospital por região), proposto pelo Luís Filipe Pereira, a evoluir para a privatização por atacado, segundo a qual o Estado transfere de uma só penada para o privado todos os cuidados de saúde públicos de uma determinada região. Para o negócio ser mais confortável, quer dizer, com menos riscos, a proposta vai no sentido de o pagamento a efectuar pelo Estado se fazer por "capitação". (link)
O isco está lançado. José Mendes Ribeiro vai ficar à espera, atento ao levantamento de necessidades que o ministro da Saúde está a fazer sobre as Parcerias da Saúde.
Quem sabe... Sempre seria uma medida inovadora em relação ao seu rival LFP.
5 Comments:
Também por aqui se reforças a minha ideia de que mais do que criar HH EPEs, por variadas razões, fáceis de explicar, o ideal seria criar antes Unidades Locais de Saúde EPEs. Haveria menos CAs para nomear, estes podiam ser nomeados com base na confiança política e como «compromisso» deixavam-se os hospitais e os Centros de Saúde se geridos por profissionais de gestão: AH e Administradores de Saúde, todos a nomear por concurso à semelhança o que irá suceder com os lugares de Chefe de Divisão, Directores de Serviço e Sub-directores gerais, obrigatorimente dentre profissionais específicamente habilitados (nos casos dos AH: AH de carreira)
De acordo.
O FR, no entanto, na entrevista à GH, avançou que o projecto do 1.º EPE está prestes a ser concluído.
O potencial de redução da Despesa Pública da Saúde é (até) 1500 milhões de euros, sem afectar o nível de qualidade ou de serviço e conter o défice crónico do sector.
Este poderá ser um objectivo a atingir pela gestão pública.
Business is business (Mendes Ribeiro said!)Os hopsitais particulares até podem dar lucro...desde que tenham os públicos para tratar das doenças complicadas e que, se forem pagas pelas tabelas do SNS/IGIF, dão prejuízo. Assim se um doente vai à CUF Descobertas ou outro e não há especialista de serviço...não há problema. Não é atendido e vai para o São José, Santa Maria ou outro. É que os hospitais públicos não podem deixar de ter os médicos ao serviço, mesmo que estejam um dia ou uma noite sem doentes da especialidade. Os particulares é só facturar. Li no correio dos leitores do jornal A Ponte do HSFX que uma doente foi tratada na CUF por um médico Vaz de seu apelido. Como as coisas se complicaram foi para o S. Francisco onde o problema foi resolvido. Quem pagou a afctura? É este o sistema de saúde que queremos?
a situação concreta a que se refere, é pratica corrente.
Todos os profissionais se saúde que trabalham nos hospitais do SNS sabem qua assim é.
Sim , todos nós sabemos que assim é. A questão é outra: os hospitais privados dizem ser mais eficientes (?) e eficazes (?) que os públicos. E o que eu quero destacar é que as Obrigações de uns e outros são diferentes. Todos nós sabemos que nos nossos hospitais públicos enquanto serviço de acesso garantido e e tendencialmente gratuito, há custos inevitáveis e que o mesmo se não passa com os particulares. E sabemos mais: sabemos que nos hospitais particulares funciona normalmente o subsistema do utente enquanto nos públicos, muitos dos utentes ocultam os seus subsistemas (exemplo dos bancários e de muitos seguros). E claro está as receitas obtidas são afectadas.
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