Out
O presidente da Entidade Reguladora da Saúde (ERS), Dr. Rui Nunes, lançou um ultimato ao Governo:
- Ou o ministro da Saúde me dá um sinal inequívoco, até ao fim do mês, de que a ERS é para continuar, ou abandonarei o cargo.link
- Ou o ministro da Saúde me dá um sinal inequívoco, até ao fim do mês, de que a ERS é para continuar, ou abandonarei o cargo.link
Postas as coisas desta forma todos os portugueses sabem o que irá acontecer.
Quanto a nós, o ministro da Saúde, António Correia de Campos, desde início, está à espera que o Dr. Rui Nunes saia pelo seu pé para não ter de lhe pagar os meses de ordenado que lhe faltam até ao final da comissão de serviço.
4 Comments:
O Dr Rui Nunes tem uma posição que faz todo o sentido. A falta de convicção do anterior ministro na criação de uma entidade reguladora da saúde era mais do que evidente. O actual ministro não tem uma posição clara sobre o que deve ser, e não deve ser, esta entidade reguladora da saúde. E a verdade é que o Dr Rui Nunes tem dado uma visão da ERS como uma sofisticada caixa de reclamações sobre o sector da saúde, o que é claramente redutor. Não se lhe conhece uma opinião sustentada sobre a "empresarialização" dos hospitais, ou sobre as parcerias público-privadas, ou sobre outra coisa qualquer. Aliás basta consultar o que tem sido a actividade da ERS, em http://www.ers.min-saude.pt.
Seria no entanto pena que caso o Dr Rui Nunes saia da ERS, a ideia de uma entidade independente de regulação do sector seja abandonada, já que o Estado tem demasiados interesses conflituantes (prestador, financiador, regulador das suas relações contratuais com privados).
O projecto das PPP requer uma entidade reguladora competente a funcionar com autonomia.
Correia de Campos tem uma má experiência na supervisão do contrato do Amadora Sintra como confessou no livro publicado depois da sua primeira experiência como ministro da saúde:
"O ex-ministro da Saúde, Correia de Campos, confessa que «os problemas de execução do contrato [entre o Estado e o Hospital Amadora-Sintra] (...) têm sido tratados de forma deficiente por todas as administrações, incluindo as que funcionaram sobre a minha tutela», acrescentando que «os problemas estão longe de ter terminado».
Estas declarações fazem parte do livro «Confissões políticas da Saúde ? auto de breve governação», O ex-ministro da Saúde socialista não poupa críticas à postura assumida pela Ordem dos Médicos durante a sua tutela. Se houve dossier em que o ex-ministro Correia de Campos não esteve bem, foi o relativo ao hospital Amadora/Sintra.
Agarrem-me, senão demito-me! Ao menos o Prof. Cordeiro Tavares fez jus à ideia que sempre tive dele (hombridade)
Os Estatutos da ERS são exactamente aquilo que não deve ser uma Entidade Reguladora. A sua aplicação conduziria a que esta entidade se transformasse, pura e simplesmente, em mais um polvo burocrático, gastador de dinheiros públicos. As suas funções teriam que levar à extinção do IQS, da IGS, das ARS's e se calhar até das Secretarias de Estado da Saúde. O Professor Rui Nunes faria tudo por todos!
Cá está mais um exemplo de que se pode até ser bom médico (há medicos professores que de médicos têm pouco ... não sei se é o caso) mas de gestão da saúde não se percebe nada. A ERS, tal como está ela própria regulada (?) é um MONSTRO.
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