Ministro impõe rigor
O ministro da Saúde, António Correia de Campos, exonerou o vogal do conselho de administração do hospital de São Marcos, José António Soares da Lomba, sem direito a indemnização, por não ter elaborado os planos e relatórios de actividade do hospital referente aos anos de 2004 e 2005 (JN, 11.07.05).
Correia de Campos fundamentou a sua decisão na violação grave dos deveres do gestor (n.º 2 e n.º 3 do artigo 9.º do decreto lei188/2003 de 20 Agosto, com audição do interessado, sem dependência de processo e sem lugar a indemnização).
Conhecida a decisão do ministro da Saúde, instalou-se um clima de verdadeira ansiedade entre os dirigentes dos vários organismos da saúde que ainda não apresentaram os planos e relatórios anuais de actividade.
Um dos casos mais flagrantes é o do presidente da estrutura de missão das parcerias da saúde, Jorge Abreu Simões, que não apresentou qualquer relatório anual de actividade, desde que assumiu o cargo no final de 2001.
Correia de Campos fundamentou a sua decisão na violação grave dos deveres do gestor (n.º 2 e n.º 3 do artigo 9.º do decreto lei188/2003 de 20 Agosto, com audição do interessado, sem dependência de processo e sem lugar a indemnização).
Conhecida a decisão do ministro da Saúde, instalou-se um clima de verdadeira ansiedade entre os dirigentes dos vários organismos da saúde que ainda não apresentaram os planos e relatórios anuais de actividade.
Um dos casos mais flagrantes é o do presidente da estrutura de missão das parcerias da saúde, Jorge Abreu Simões, que não apresentou qualquer relatório anual de actividade, desde que assumiu o cargo no final de 2001.
15 Comments:
O recém nomeado presidente do conselho de administração é que informou o CC de que não havia regulamento interno nem relatórios de actividade de 2004 e 2005
Sim Senhor Ministro.
Acho que lhe fica bem esse rigor. Mas tal como foi rigoroso neste caso (admito que sim porque não conheço a situação concreta) deveria também ser rigoroso na forma como tem tratado muitos dos Gestores dos Hospitais SA a quem nem uma palavra é dita pela tutela relativamente à sua substituição. Os CA são substutuídos sem nunca terem "conhecido" nem o Minsitro nem os seus Ajudantes. Ora isso é falta de chá...arrogância desmedida. E como diz o POVO: cá se fazem cá se pagam.
Quanto a esta demissão penso tratar-se de um militante do PS e por isso as coisas não vão ser assim tão simples. Deve estar já outro lugar à sua espera.
Não compreendo o que quer dizer.
O ministro deveria deslocar-se ao seu hospital para lhe comunicar que não renovava a comissão ?
Para lhe dizer, pessoalmente: está despedido?
Ou deveria tê-lo despedido com uma carta de louvor?
Olhe eu fui despedido por um SA, daqueles que nem sabem o que é um hospital, de um dia para o outro, sem me perguntar se tinha lugar para onde ir.
Eu acho que não há contas a pagar nestes processos.
Mas se quiser pôr as coisas assim, as contas a que se refere, já estão pagas.
Olhem esta!
Os SA querem ser despedidos com gentilizas.
Andaram a infernizar meio mundo e agora querem flores no funeral.
Vade de retro, santanáz!...
A notícia é do Jornal de Negócios de hoje (n.º 544, 11.07.05, página 37).
Eventualmente, o vogal terá transitado do anterior CA.
Estariam-lhe distribuídas estas tarefas pr decisão do CA?
Outra situação possível é o anterior CA ter sido exonerado (dando lugar a indemnização) e o CC ter aproveitado esta situação para não indemnizar o referido vogal.
O problema desta decisão é se, se trata apenas de uma fogachada do CC para dar nas vistas.
Agora que é preciso introduzir rigor, é um facto.
O LM já pertence ao quadro único ?
Caro Xavier,
Você desta vez claramente errou. É que eu não fui despedido pela simples razão de que não sou nem nunca fui gestor de qq hospital. O que é do meu conhecimento é que os CA despedidos o foram apenas por comunicação dos representantes do Estado nas AG das empresas. E isso não é correcto. Seja quem for que possa estar em causa. A não ser, obviamente, que a saída seja intempestiva por actos puníveis criminalmente. O que não foram os casos a que me referi. Não foram um, nem dois, nem três, foram mais. E não foi isso que aconteceu geralmente no anterior governo. Os Directores e Administradores então em exercício foram chamados e foi-lhes comunicada a decisão. E não foram poucos os que permaneceram ou tiveram lugar noutros hospitais. Acha bem, Xavier, que alguém que durante mais de dois anos deu certamente o seu melhor (os resultados dos SA's falam por si) esteja meses a dirigir um Hospital (SA e não só), que durante esse tempo não tenha sido sequer recebido pela tutela e que venha a ser informado pelo representante do accionista (uma técnica do MIn. das Finanças) de que não é reconduzido. Mas afinal somos Mulheres e Homens ou somos animais irracionais?
Pelo que o Xavier diz foi despedido por um SA. Mas parece que o CA desse hospital falou consigo. Acho que deveria ter-lhe sido dada explicação para o facto e mais ainda oportunidade de apresentar trabalho. Já dirigi centenas de colaboradores e sei bem que "todos" poderão ser úteis e devemos sempre dar-lhes oportunidade. Infelizmente, por razões meramente políticas, nem sempre isso acontece. Ou se tem cartão ou não tem. Mas, Xavier, Você também sabe que os Gestores dos SA's raramente foram bem recebidos pela corporação dos AH's. Ainda não estavam nomeados e já o representante dos AH's - Manuel Delgado - se desdobrava em antrevistas à comunicação social de forma muitas vezes grosseira e imprópria das funções que desempenhava. E sabe-se que MD tudo fez para ser nomeado por LFP e foi a sua não nomeação que o fez perder a noção do bom senso. Se LFP lhe tivesse dado um lugar...tudo teria sido diferente.
Eu acho que em qualquer circunstância da vida nada justifica a tomada de atitudes agressivas ou que humilhem quem quer que seja.
Antes do Luís Filipe Pereira assisti à demissão de CA´s e Administradores Delegados através de mera comunicação escrita.
Tenho conhecimento de casos em que o actual ministro comunicou pessoalmente aos vogais a sua decisão de não renovação dos CA´s.
Foi o caso do CA do Infarmed em que o Dr. Correia de Campos comunicou pessoalmente a sua decisão pessoalmente ao Dr. Santos Ivo.
De qualquer forma a questão protocolar para mim não é o mais importante.
O que é lamentável é que se façam substituições de gestores competentes, com trabalho desenvolvido, por critérios meramente políticos.
Bravo, Lino.
Aos que têm a memória curta e vista grossa relembro o modo como foi despedido o Prof. Augusto Mantas pela Ministra Leonor Beleza (a Escola de «Gestão» do PSD para a nomeação dos Gestores dos Hospitais vem de longe e assentou arraiais a partir desta altura. Relembro também, como na altura foi anauciado no Independente, o modo como foram afastados o Carlos Costa e o Manuel Delgado (?)já não sei de que organismo (IGIF?)tudo porque ousaram dar conhecimento de diversas irregularidades. A honestidade não tem compensado neste país. E já agora chamo a atenção para as muitas situações que se continuam a ver nos Hospitais. A própria situação do Hospital de Braga, então e o que fizeram ao Engº Lino Mesquita, Administrtador do Hospital, desde sempre a sua «alma», que foi afastado sem apelo nem agravo. Queriam agora que ele como Director convivesse com a pessoa que o foi substituir de modo acintoso? Haja decoro!
Penso que toda esta «bagunça» que consome as energias do Ministro e do Ministério deixariam de existir se houvesse um novo sistema de gestão hospitalar e se a forma do nomeação dos administradores fosse feita segundo critérios de mérito, transparência, publicidade e igualdade, por concurso, dentre profissionais habilitados para o efeito, licenciados, com Curso Superior de Administraão Hospitalar (público ou privado, da ENSP ou não), legalmente reconhecido pelo Ministério da Saúde e da Educação.
De facto cada caso é um caso, mas se me permitem, não acho de forma alguma que o modelo de gestão dos SA, tenha alguma mais valia. Pricipalmente quando se trata de uma legislação que "abre a porta" a tantas possibilidades e malabarismos é que se deve investir em profissionais competentes e da área. Oranão foi isso, na grande maioria dos casos, a que se assistiu aquando da nomeação dos CA dos Hospitais SA, bem pelo contrário. Caíam nos CA, pessoas vindas não se sabe de onde, de áreas tão diversas como a agricultura, biologia, etc...
Depois divertiam-se, porque outra coisa não sabiam fazer, a perseguir funcionários, a incutir medo e repressão, porque a ideia que transpira dos SA, é que podem fazer tudo!!! Aliás, no meu hospital, esta era a frase preferida do Pres. do Conselho de Administração. Por isso, se me permitem, acho que a esses senhores que gozaram literalmente com todos nós, nestes últimos tempos, foi feito pouco. Deviam ser acusados de gestão danosa e responsabilizados criminalmente.
Desculpem o desabafo, mas creio que muitos falam sem saber o que dizem. Outra Coisa, não acreditem em tudo o que os números dizem, principalmente os do Sr. Luis Filipe Pereira. Eu sei do que estou a falar. É facil um hospital subir e descer no famoso ranking....
rectius: quando digo «licenciado, com Curso Superior de Administração Hospitalar...» quero dizer «licenciado e com um Curso Superior (Pós-Graduação, Mestrado, Doutoramento) em Admnistraçao Hospitalar), privado ou não, da ENSP ou não, desde que reconhecido como habilitação profissionalizante para o exercício da função de Administração Hospitalar nos Hospitais, pelo Ministério da Saude.
Os senhores (alguns dos senhores) continuam a laborar em erro ao considerarem que a gestão de um hospital é Administração. Não, meus amigos. Administração não é a mesma coisa que gestão. Ou então vamos considerar que para cada área da Administração Publica só podem ser nomeados, designados, escolhidos, candidatos, etc. pessoas com formação pós-licenciatura específica dessa área. Criemos então Administradores em Educação, em S. Social, em Tranportes, em Segurança, em Vias de Comunicação etc. e excluamos do exercício de funções em cada uma das áreas mesmo os que, mesmo não tendo curso superior tenham provas dadas de excelentes gestores. E quanto a agricultura, biologia, etc. diga lá, caro amigo, que licenciaturas são admitidas na ENSP e depois falamos.
Para gerir um hospital, como outra qualquer empresa, tem acima de tudo que se ter capacidade de decisão, visão e liderança. O resto é feito pelos técnicos de que nos soubermos rodear.
Aconselho-o a informar-se do que se passa em países civilizados, a França, por exemplo. É mesmo assim que o amigo refere, todos os altos cargos de direcção da Administração Pública passam por uma Escola Nacional de Administração (não confundir com a ENSP francesa que forma os Adminidstradores Hospitalares). Os «enarcas», Juppé, Jospin, Giscard D'Estaing, etc, passaram todos por lá. É por isso que o nível dees é um, o nosso é outro. O nosso INA (Instituto Nacional de Administração, em Oeiras) ambém nasceu com esse obvjectivo. Só que em Portugal, todas as boas ideias morrem na praia. Lá dizia o Eça Porugal não é um País, é uma imitação, ainda por cima, eles.
«ainda por cima reles», dizia eu.
Aquele senhor parece que percebeu agora que GESTÃO e ADMINISTRAÇÃO sãoi conceitos diferentes que traduzem funções e papeis diferentes.
Aliás, aproveito para chamar a atenção para a utilização abusiva do titulo de ADMINISTRADOR por parte de alguns GESTORES SA...
Se querem o titulo, conquistem-no!
Profissionalizem-se!
Estes senhores são uns embusteiros...tudo neles é ficção...e...assumem-se ser aquilo que não são!
Pois é, por isso é que a França está como está e a Inglaterra está com está.
Portugal está como sabemos e Espanha é do lado de lá dos Pirineus.
Percebem, não percebem?!
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