HH SA batem HH SPA
Nunca esperei assistir a esta situação, mas não me resta outra alternativa senão reconhecer que os Hospitais SA, relativamente ao exercício de 2004, conseguiram melhores resultados do que os Hospitais SPA. Quanto ao resto, não ficará para a história.
Os hospitais SPA, relativamente ao exercício de 2004, tiveram um resultado positivo de 89 milhões de euros, porém obtido à custa de transferências correntes, no valor de 2.385 milhões de euros, provenientes, nomeadamente, do orçamento rectificativo.
Os Hospitais SA, embora registando prejuízos de 91 milhões de euros, conseguiram diminuir o défice de exploração em 27%, devido ao crescimento superior dos proveitos em relação ao crescimento dos custos (custos: 2.121 milhões de euros + 6,6% do que em 2003; proveitos: 2.030 milhões de euros + 8,9% do que 2003).
As despesas dos hospitais SPA subiram 6,2% (-0,4% do que HH SA), contra 3,9% em 2003, fazendo com que o saldo financeiro negativo acumulado tenha chegado a quase 660 milhões de euros.
Os HH SPA registaram aumento de actividade nas sessões de hospital de dia +15,8%, consultas externas + 6,2%, intervenções cirúrgicas + 0,5%, cirurgia em ambulatório + 2,9%.
Por sua vez, as visitas domiciliárias diminuíram -11,3%, registando-se também redução de actividade nas urgências e internamento.(link)(link)Avaliação HH SA 2003/2004
Os Hospitais SA, embora registando prejuízos de 91 milhões de euros, conseguiram diminuir o défice de exploração em 27%, devido ao crescimento superior dos proveitos em relação ao crescimento dos custos (custos: 2.121 milhões de euros + 6,6% do que em 2003; proveitos: 2.030 milhões de euros + 8,9% do que 2003).
As despesas dos hospitais SPA subiram 6,2% (-0,4% do que HH SA), contra 3,9% em 2003, fazendo com que o saldo financeiro negativo acumulado tenha chegado a quase 660 milhões de euros.
Os HH SPA registaram aumento de actividade nas sessões de hospital de dia +15,8%, consultas externas + 6,2%, intervenções cirúrgicas + 0,5%, cirurgia em ambulatório + 2,9%.
Por sua vez, as visitas domiciliárias diminuíram -11,3%, registando-se também redução de actividade nas urgências e internamento.(link)(link)Avaliação HH SA 2003/2004
14 Comments:
O ministro Correia de Campos se tinha alguns argumentos para transformar os hospitais SA em EPE, perdeu-os.
Vai defender-se dizendo que foi ele o primeiro a ter a ideia de empresarializar os hospitais com a criação do primeiro hospital EPE.
Meu caro Xavier
Eu, por diversas vezes, neste blog me referi aos resultados positivos dos HH SA's. E sabia do que falava. Conheci bem as dificuldades de gestão de um SA mas não tinha dúvidas de que os resultados eram bastante bons. Lembro aos comentadores deste blog as referências que fiz à compra de material de consumo clínico e à aquisição de serviços com substanciais reduções de preços. Fui criticado por vários comentadores mas, parece, que afinal tinha razão. Eu sei que muito está por fazer. Eu sei que muito é possível ainda fazer-se. Mas tenho sérias dúvidas de que as medidas que vêm sendo tomadas permitam prosseguir com o percurso iniciado pelos HH SA's.
Há um caso flagrante de "falta à verdade" do Senhor Ministro da Saúde numa intervenção na AR e que foi profusamente divulgada na comunicaação social. E eu tenho dados perfeitamente fidedignos que demonstram a "ignorância" ou "má-fé" de CC naquele caso concreto. Um dia destes vou facultar neste blog toda a informação disponível sobre o que acabo de referir.
Mas para que a verdade seja total não deixo, como nunca deixei, de referir que nos HH SA's também havia AH's nos seus Conselhos de Administração. Com isto quero dizer, como também sempre disse, que a gestão dos hospitais não tem que ser "um exclusivo" dos AH's. Porque os há bons e maus. Porque os há que são gestores e líderes e também há os que são meros burocratas no pior sentido do termo.
Vivam pois os "gestores hospitalares" sejam ou não AH's.
Mas não resisto a deixar aqui uma nota: também conheci gestores de SA's cujo trabalho nem um terço do salário justificava. E eram muito (mesmo muito) bem pagos acima do salário fixado para o gestor SA "puro".
Eu tenho um sonho de que um dia se proceda a uma auditoria independente,sistémica, permanente, clara , transparente e técnicamente sustentada que avalie e monitorize online a gestão pública ao nível de todos os serviços e nomeadamente ao nível hospitalar.
Para mim só depois disso é fácil cantar vitória.
Para além disso temos de fazer estudos cruzados com outros hospitais europeus que, não tenho dúvida espelhariam o nosso défice de performance de gestão 3º mundista.
Não tenho dúvidas sejam HH SPA ou SA o desempenho é muito mau face às verbas e aos recursos envolvidos .
Analisem só os indicadores n.º de profissionais por cama e ainda comparem o n.º de profissionais prestadoeres directos e os outros profissionais e se puderem cruzem essa informação com hospitais holandeses, dinamarqueses,etc
Produzimos caro e por vezes com baixa qualidade.
Atenção não se esquecem de verificar o que se passa relativamente ao outsourcing
primeiro conhecer e analisar e só depios comentar.
A gestão pública hospitalar é demasiado complexa e sofre de tanta inércia que não há de gestores milagreiros.
Resultados a curto não colam facilmente.
Quanto á analise de ranking dos HHSA atenção ao ponto de partida e ás condições operacionais de base
Aceitem não é fácicil se fosse fácil o problema já estava resolvido.
Temos de pensar de forma sistémica,integrada e muito, muito transparente
Em gestão técnica só há resultados com ajuste de recursos.
Se conhecem digam porque deve ser e eu gostava de conhecer.
Portugal precisa de resultados espelhados de forma clara e honesta .
Vamos esperar pelo relatório do Prof. Miguel Gouveia.Estou curioso.
Espero e desejo a sua máxima tecnicidade e transparência.
Ninguém me convence que as politicas adoptadas pelos HSA são boas. Primeiro porque é o período é muito pequeno para avaliar resultados. No primeiro ano foi fácil (eu falo do meu Hospital SA)reduzir o valor dos custos com aquisições porque existiam stocks e portanto a situação foi-se resolvendo, quando se começaram a adquirir materiais, o único critério de escolha era o preço. Resultado, material de má qualidade com os custos esperados quer para os doentes quer para os profissionais, quer mesmo para o consumo porque se consumia muito mais. Roupa de cama não havia, foi-se gastando a que existia, até chegar à ruptura e terem os doentes que trazer almofadas e lençois de casa. Assim é fácil reduzir custos!
Quanto a exames caros pedidos para outro hospital, faziam -se à primeira vez, à sugunda o médico era chamado à atenção. Assim é fácil!
Limpeza.... essa é outra, há que reduzir ao pessoal! Alguma coisa tem que falhar. Assim é fácil reduzir custos!
Parece-me evidente que este tipo de gestão só começa de facto a produzir efeitos a médio e longo prazo. É só esperar para ver o nº de queixas a aumentar, o nº de infecções a aumentar, os conflitos internos a aumentar e a agudizarem-se. É SÓ ESPERAR!
A frieza dos números não traduz a realidade. Disso têm que se convencer!
O nº de consultas aumentam porque se registam consultas para o doente fazer um penso, para levar uma injecção, etc...... Ninguém se preocupa. Ora a definição de Consulta médica está em Portaria.
É fácil subir no ranking, não é?
Isto só muda de figura, quando os ditos senhores, vindos não se sabe de onde, colocados nos Conselhos de Administração forem responsabilizados criminalmente por gestão danosa do bem público.
Vamos aguardar pelo estudo do professor Miguel Gouveia.
Os resultados dos SA não significam um grande avanço no sentido da obtenção de eficiência da gestão e melhoria dos cuidados.
O que está em causa e que contrasta são as dificuldades sentidas pelos hospitais SPA, com piores estruturas, situações de gestão incontroláveis como são os hospitais universitários.
Enquanto não se introduzir nos hospitais uma gestão por objectivos, pagando aos profissionais de acordo com a sua produção efectiva os avanços serão sempre reduzidos.
Estaria tudo certo se pudéssemos contar com a fiabilidade dos dados de informação dos Hospitais SA.
Por isso devemos esperar pela conclusão do estudo do professor Miguel Veiga para ver se adquirimos confiança sobre as análises feitas sobre os SA.
Não me parece que a solução sejam novos hospitais PPP, até porque já existe o exemplo do hospital Amadora-Sinta construído de raíz, com pessoal, cultura nova, gerido por privados e nem por isso é um bom exemplo. Pelo contrário, temos o hospital da feira, SA, que é um hospital de referência, quer se queiramos ou não. Tudo porque o que realmente faz a diferença é a gestão e o líder.
Não interessa dizer que se começarmos tudo de novo o outcome é totalmente diferente de se começarmos com uma estrutura já instalada. Claro que no primeiro caso é muito mais fácil implementar uma gestão efectiva, enquanto no segundo caso as mudanças são muito mais difíceis. Mas o que quero frisar é que não é de todo impossível, e fez-se em alguns hospitais com a sua transformação em SAs. Os resultados estão publicados e só não vê quem não quer!
Um comentador mais engraçadinho inseriu um comentário sobre este tema, defendendo as PPP como a única salvação para o SNS, assinando o comentário com Xavier.
Evidentemente que não acreditamos que as PPP sejam uma boa solução para o SNS.
Contamos em breve ter montado um sistema de segurança à caixa dos comentários de molde a evitar estas situações.
Estamos num grande país sem planeamento e gerido por "feelings"
Ele é ccb;expo´98; euro 2004;casa da música;ppp;tgv; ota, etc.
Tudo ao monte e fé am Deus.
Este é o planeamento típico das fezadas
Estudo de análise de custo- benefício para quê?
Nunca têm dúvidas e raramente se enganam na forma mais indicada para satisfazer os lóbis em presença no terreno.
E o nosso futuro é aquilo que se viu, adeus tristeza adeus....
Ó xavier não percas tempo que questões menores , mas impede isso tecnicamente.
Não foi com má intenção , foi por inveza deste magnífivo e muito útil projecto.
Vai em frente e não olhes para trás
Toda a comparação que se estabeleça entre as performances dos SA e dos SPA é falaciosa e susceptível de transformar as instituições da saúde num concurso estúpido de quem chega primeiro.
Cada hospital deverá discutir os seus objectivos, estabelecer metas, controlar o seu cumprimento e desenvolver acções e procedimentos para as cumprir.
Deverá ser unicamente julgado pelos objectivos a que estava vinculado.
Quanto à caixa de comentários não introduzia restrições de acesso.
Os incidentes têm sido mínimos.
E quando aparecerem estamos cá para os resolver.
De uma forma geral a colaboração de todos os comentadores tem sido extraordinária.
sempre em frente.
Xavier, deixo-lhe aqui uma sugestão: um dia destes, o meu amigo que é bom nesta coisa (e não só) "imagine" uma notícia ao contrário (desfavorável aos SA's e favorável aos SPA's) e insira-a no blog com verdadeira. Invente. Será curioso ver então os comentários sobre a mesma. Eventualmente,os que agora põem em causa a fiabilidade ods dados passarm a considerá-los (baseados na falsa notícia) com verdadeiros. E já nem precisrão de relatório do Prof. Miguel Gouveia.
Havia de ser engraçado. Obviamente que este meu comment (sugestão) não passa de uma "brincadeira" mas não tenho dúvidas: os comments seriam na sua maioria excatramente, também ao contrário dos acima publicados!
Percebe-se...não é...meus queridos!
É? e aqui ??(http://dn.sapo.pt/2005/08/03/sociedade/hospitais_com_ligeiro_aumento_produc.html)
Tudo o que é publicado no SaudeSA obedece a critérios pré definidos.
Por isso é que nós pomos os links das notícias publicadas na nossa imprensa para os leitores da SaudeSA poderem fazer os seus próprios juízos.
No SaudeSA há várias regras de ouro:
1. º - Não tratar temas com base em mexericos;
2. º - Não tratar temas com base em informações profissionais, recolhidas no nosso local de trabalho;
3. - Todos os temas tratados no SaudeSA têm por base a informação publicada na nossa imprensa diária ou/e em revistas da especialidade.
A nossa preocupação aqui no SaudeSA é não inventar, ser rigoroso, assumir uma posição de tolerância mas também de combate em relação às matérias que vale a pena defender.
Sobre os mais importantes temas da saúde são conhecidas as nossas posições: Não às PPP. Defesa do SNS. Não à privatização da Saúde. Administradores Hospitalares em todos os Conselhos de Administração. Defesa da carreira dos Administradores Hospitalares. Abertura de concursos de acesso, já. Concordância absoluta com as ULS. Defesa de uma política do medicamento de combate aos lobbis com o objectivo de reduzir a comparticipação dos utentes na aquisição dos medicamentos (a mais alta da UE).
O SaudeSA não se faz à balda.
Os dirigentes da saúde sabem quem nós somos (fizemos questão de nos indentificarmos em documentos que dirigimos ao senhor ministro e ao presidente da APAH) somos os únicos que não escondemos as nossas opiniões através de anonimato.
Quanto aos comentários e comentadores todos de uma forma geral reflectem opiniões conhecedoras, coerentes, sobre os problemas da saúde.
Alguns dos comentários aqui publicados expressam uma reflexão profunda dos problemas da Saúde, constituindo peças de análise de qualidade ímpar que não se vêem normalmente publicadas na nossa imprensa diária.
Têm sido os comentadores do SaudeSA a grande mais valia e a grande alma deste Blog e uma das principais motivações para continuarmos.
Enviar um comentário
<< Home