Lobbi da ENSP
Não terá aqui alguèm acertado na mouche quando disse a propósito da ideia da carreira minimalista de AH que "Tal modelo apenas parece vir de encontro aos interesses do Estatuto actual da ENSP e dos que dela vivem (num sistema de carreira tradicional e de funcionalismo público): continuar a formar fornadas de gestores hospitalares a esmo, para continuar a assegurar a continuidade dos lugares de professores (já não só Administração Hospitalar, mas Pós-graduações para clínicos, administradores de saúde, Mestrados em Gestão em Saúde), todos com competências reconhecidas, nomeadamente para o exercício da Administração Hospitalar." Estaremos perante um lobbi organizado da ENSP, dentro do MS, que se está a borrifar para todos excepto para os seus interesses?
Karlos Marques
3 Comments:
Para mim não restam dúvidas. Com CC a ENSP é sobretudo um nicho de interesses de uns quantos rapazes do Professor. Aliás, para os menos informados, lembro aqui que no INA o Professor criou também uma pós-graduação que garante aos seus titulares a entrada directa e privilegiada nos quadros superiores da Administração Pública. Pergunto: não vale mais um licenciatura em Administração Pública, Gestão Pública ou equivalente, conferida por diversas universidades, do que uma pós-graduação do INA (mesmo sem licenciatura específica anterior)? Por que razão os licenciados em cursos específicos hão-de ser postergados na entrada nos serviços do Estado em relação aos pós-graduados(?) do INA?
É assim que o Professor funciona... Mérito? Concerteza...mas sobretudo num país de mentecaptos onde a igualdade e não discriminação constitucionalmente previstas estão longe de ser observadas e não passam de retórica.
Poder-se-à dizer: A ENSP está no poder em Portugal.
Esta de criação de cursos trouxe-me à memória um exemplo muito interessante no âmbito da Unidade de Missão dos SA's.
Durante meses um senhor jornalista, semanalmente, criticou o ministro da Saúde Luís Filipe Pereira (o que pode ser comprovado) nas páginas de "O Independente". Criticou tudo e todos desde Hospitais SA's até à U.Missão e sobretudo as "políticas" do Minsitso LFP.
Entretanto as críticas desapareceram. E entretanto, também, a Unidade de Missão e a sua "craque"(?) em comunicação social - Ana Paula Francisco - lançaram a criação de uma pós-graduação em comunicação em saúde em parceria com uma universidade. E os hospitais SA's foram (autenticamente) convidados (coagidos?) a inscrever técnicos seus nesse curso. Conhecido o elenco dos professores do curso,por coincidência ou não,entre eles estava (está?) um tal jornalista Fernando Esteves! E outros docentes recrutados na prória Unidade de Missão. Chama-se a isto aprender a lição!
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