No Limits Consulting
Estrutura de Missão das PPP: Consultadoria custa mais 203% do orçamentado em 2005.
A renovação do contrato de consultadoria com o consórcio 3P Saúde- constituído pelo Banco BPI, a Sociedade de Advogados Barrocas, Sarmento, Neves e associados, a Intersalus, a WS Arkins e a No Limits Consulting – e contratação da Escola de Gestão do Porto, para estudar as prioridades de investimento para preparar a segunda vaga de hospitais PPP, vão custar, em termos globais, 3,1 milhões de euros este ano. Este montante representa um custo de 203,3% acima de todo o orçamento da Estrutura de Missão previsto para este ano, o qual ascendia a 1.037.646,70 euros.
Só a renovação do contrato (até final do ano) do consórcio de consultores jurídicos (sociedade de Advogados Barrocas, Sarmento, Neves e associados), económico financeiros (BPI), sistema de informação (No limits Consulting) e planeamento e gestão clínica (Intersalus) irá custar 2.963.100 euros, incluindo IVA.
O contrato com a Escola de Gestão do Porto cobre o período de Julho a Dezembro e terá um custo de 185 mil euros.
Jornal de Negócios n.º 569 de 16.08.05
A renovação do contrato de consultadoria com o consórcio 3P Saúde- constituído pelo Banco BPI, a Sociedade de Advogados Barrocas, Sarmento, Neves e associados, a Intersalus, a WS Arkins e a No Limits Consulting – e contratação da Escola de Gestão do Porto, para estudar as prioridades de investimento para preparar a segunda vaga de hospitais PPP, vão custar, em termos globais, 3,1 milhões de euros este ano. Este montante representa um custo de 203,3% acima de todo o orçamento da Estrutura de Missão previsto para este ano, o qual ascendia a 1.037.646,70 euros.
Só a renovação do contrato (até final do ano) do consórcio de consultores jurídicos (sociedade de Advogados Barrocas, Sarmento, Neves e associados), económico financeiros (BPI), sistema de informação (No limits Consulting) e planeamento e gestão clínica (Intersalus) irá custar 2.963.100 euros, incluindo IVA.
O contrato com a Escola de Gestão do Porto cobre o período de Julho a Dezembro e terá um custo de 185 mil euros.
Jornal de Negócios n.º 569 de 16.08.05
Será isto boa Governação?
9 Comments:
O CENTRÃO (PS/ PSD) é pior do que o Mensalão!
O que é preciso é facturar...para depois ficar tudo mais ao menos na mesma.
Aliás, Portugal é o pais dos estudos, das consultorias, dos relatórios, das missões, das comissões de inquérito, dos relatórios de avaliação, das auditorias e outras franquias...
Depois quando é necessário passar à execução dos projectos, ao domínio do real, nomeamos mais uma unidade de missão para avaliar as consultorias feitas pela unidade de missão anterior...
Se este país não existisse tinha que ser inventado...
Tirem-nos deste filme...
E imaginem lá, quem é que paga tais derrapagens orçamentais absurdas - estas e outras - Mais uma vez o cidadão contribuinte...
Business as usual...
Estas encomendas de estudos e consultadorias já foram feitas no tempo do CC.
Depois vêm falar na necessidade de cumprir os orçamentos.
É como os orçamentos dos HH, cumprem-se quando se pode, uma vez que não se consegue controlar a procura.
Esta caso da EMPPP é indiciadora de que vamos ter derrapagem na Saúde e mais orçamentos rectificativos.
Esta é uma das funções do Estado: proporcionar negócios para alguns.
Se somarmos as despesas feitas com os outros ministérios em estudos e acessorias externas obteremos valores astronómicos.
E, ainda falta contratar o estudo económico financeiro do TGV mais o da OTA.
É suposto o estado ter capacidade própria para analisar projectos da dimensão do TGV ou PPP nos hospitais? Qual é o problema do estado recorrer à capacidade técnica de consultoras, universidades ou outros para desenvolver projectos de grande dimensão (ou pequena)?
Nesta notícia o escândalo parece estar no orçamento da EMPPP, em especial se tivermos em atenção o post anterior que fazia referência aos gastos da EMPPP nos anos de 2002 a 2004, o valor aqui apresentado era de todo irrealista.
Thy neighbour
Caro Thy Neighbour,
Há vários problemas a considerar.
1.º - Anualmente fazem-se planos de actividade, devidamente valorados, que são previamente aprovados antes de serem executados.
2.º- Quem acompanhou o processo de Loures pode-se interrogar: como foram cometidas tantas burradas com assessorias pagas a peso de ouro? Para que serviram?
3.º- Se a dotação financeira atribuída ao Serviço do Dr JAS era baixa não terá sido porque este não elaborou qualquer plano de actividade?
4.º - Estudos e assessorias externas, sim senhor.
Mas devagar.
É necessário analisar muito bem como gastanos os nossos exíguos recursos.
a) - avaliar exaustivamente a necessidade do estudo, forma do desenvolver, e ponderação rigorosa dos custos;
b) - Cabimentar a despesa fazendo as alterações necessárias ao orçamento aprovado.
O que me parece, à semelhança do que se passou com a ERS e a Unidade de Missão dos SA, quando toca a gastar para a execução de determinados projectos o dinheiro não pode faltar e é gastar à fartasana.
Mudando de assunto:
Está tudo a correr bem?
Um abraço para o pessoal do Olho Vivo.
Caro Xavier,
1º Concordo mas a questão que eu levanto é se o post realmente está centrado na falta de organização e planeamento da EMPPP ou na questão dos valores gastos com consultores.
2º As burradas no concurso de Loures foram de âmbito técnico?
3º Desconheço, mas não foi este o âmbito do post.
4º Quanto ao ponto a) não estou habilitado a responder neste caso. Quanto ao ponto b) parece-me que o problema é o orçamento e não a despesa com os consultores. Se considerarmos que neste caso se cumprem as condições de a) penso ser vital que se elaborem os estudos necessários e se obtenha o acompanhamento técnico mais qualificado para que tudo corra sobre carris. Se a despesa não foi orçamentada é o orçamento que está mal elaborado não é a despesa que está a mais.
Thy neighbour
Um abraço do Olho Vivo em especial daquela que sente um grande vazio nesta altura do ano.
Por exemplo no Hospital de Santarem Sa com a anterior administração - Drº Edgar Gouveia e companhia foram gastos mais de 250000 euros em estudos realizados pela Antares consulting e Deloitte. Tudo para no fim colocar na gaveta e apostar numa monumental pintura da fachada do hospital por mais de 300000 euros.
um espanto de gestão !
Portugal no seu melhor.
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