Trabalhadores da Saúde
Para o Quadro de Excedentários
O ministro da saúde, António Correia de Campos, anunciou hoje (15.11.05) o seu primeiro contributo para o cumprimento do objectivo do Governo de reduzir 75 mil funcionários públicos nesta legislatura.
No Parlamento, na discussão do Orçamento de Estado para 2006, CC referiu que há trabalhadores em excesso na Saúde, os quais, após o apuramento através de auditorias, vão passar para o quadro de excedentários. No caso do Hospital de Santa Maria, por exemplo, segundo CC, há mil trabalhadores que são "redundantes".
Na mesma sessão o ministro da saúde anunciou que as taxas moderadoras vão sofrer uma actualização de acordo com o aumento do custo de vida. Fala-se em 9,1%, quando os salários não crescerão acima dos 3%. Mas para CC este não é um aumento «do outro mundo».
Na mesma sessão o ministro da saúde anunciou que as taxas moderadoras vão sofrer uma actualização de acordo com o aumento do custo de vida. Fala-se em 9,1%, quando os salários não crescerão acima dos 3%. Mas para CC este não é um aumento «do outro mundo».
Os sacrifícios necessários para a resolução das crises são sempre exigidos aos mesmos, os cidadãos mais fragilizados da nossa sociedade.
10 Comments:
Saúde For Sale.
E quem dá mais, quem dá mais !
Quem conhece um pouco da realidade do Hospital de Santa Maria fica espantado por mais este anúncio de CC.
Toda a gente sabe que a produtividade do HSM é baixíssima. Os indicadores do número de consultas/médico e Cirúrgias/médico cirurgião é das mais baixas do SNS.
Face ao quadro generalizado de elevada ineficiencia deste hospital, por onde é que CC decide intervir: pelo pessoal auxiliar e administrativo.
Os cortes a efectuar neste pessoal que influência poderão ter no reequilíbrio das contas deste hospital ?
Como chegou CC à conclusão que no HSM há 1000 funcionários redundantes (os nomes que os dirigentes chamam aos trabalhadores é espantoso)?
Será que as tarefas normalmente executadas pelo pessoal auxiliar e pelo pessoal administrativo vão ser externalizadas?
A par dos sacríficios porventura injustos a que vão ser submetidos estes trabalhadores parece-me que estamos perante mais uma operação de marketing do senhor ministro.
É que medidas deste cariz normalmente não se anunciam. Executam-se.
O ministro da Saúde comunicou ao parlamento que 1000 dos 6000 funcionários do Hospital da Santa Maria (Lisboa) são excedentários. Mesmo que estes números venham a ser corrigidos em baixa, é uma situação que suscita duas perguntas: (i) como é que foi possível empregar tanta gente desnecessária, com a correspondente sobrecarga financeira, sem que os controles de gestão tenham funcionado e sem que os gestores sejam responsabilizados? (ii) essa gestão pródiga e danosa teria existido, se o hospital estivesse sujeito a uma genuína gestão empresarial?
vital moreira - Causa Nossa
A Ordem do Médicos (OM) já reagiu à medida anunciada na terça-feira pelo ministro da Saúde, Correia de Campos, relativamente ao aumento de 9,1% nas taxas moderadoras, afirmando que apesar da intenção «poder ser boa» duvida que resulte na prática.
Em declarações à Rádio Renascença, o bastonário da OM, Pedro Nunes, afirmou que «as pessoas vão para as urgências porque sentem que é urgente e os médicos estão lá para ajudar», mesmo preferindo que a afluência fosse menor.
«Enquanto não houver um sistema em que as pessoas tenham rapidamente acesso a um médico quando necessitam, tenderão a recorrer às urgências com mais taxa ou menos taxa moderadora», afirmou Pedro Nunes.
Diário Digital- 16.11.05
Isto é: CC no seu melhor.
Mas pelos vistos o que o Senhor Ministro gosta é mesmo de estudos.
Aidna ontem na Comisão Parlamentar o ouvimos congratular-se pela existência do estudo da DGS (que não conhecia mas ... pelos vistos já conhece), e pelo estudo da "sua escola" também relaizado, por um estudo que está a ser feito por iniciativa da Unidade de Missão e pelo estudo (que dever chegar em Dezembro) do Prof. M. Gouveia.
E vão quatro estudos, Senhor Ministro! Nem são muitos. O problema é que todos eles custam muitos milhares de euros ao Estado...e depois lá terão a "gaveta" como destino.
Por este andar estou mesmo a ver os críticos de LFP a dizerem: volta Luís, estás perdoado.
Passar de 39 milhões para 43 milhões de euros na cobrança de taxas moderadoras são as perspectivas do Estado para o próximo ano. Este crescimento de cerca de 9%, disse Correia de Campos, será feito não só através de uma cobrança mais eficaz, como de uma actualização com base na inflação. Outro factor vai contribuir para esse aumento da receita por parte do Estado. Correia de Campos falou em penalizar as urgências hospitalares "que podem esperar pelo dia seguinte".
Diário de Notícias 16.11.05
Cobrança eficaz!
É verdade, há muito "deixa andar" nesta matéria. É preciso sobretudo um trabalho de sensibilização dos utentes e uma maior eficácia dos serviços.
Mas o problema também passa, e muito, pelos meios técnicos e pela organização dos serviços.
O que não se poderá é pensar, como dizia uma técnica de uma consultora, numa reunião com trabalhadores de um determinado SA: se o utente não tem dinheiro deve ser-lhe exigido que deixe, por exemplo, o relógio como garantia!
Nas urgência a cobrança de taxas moderadoras é mesmo complicada e durante muitos anos criou-se a ideia de que "só paga a pronto" quem quer. Caso não o faça a factura vai para casa. E são poucos, nesses casos, os cumpridores.
Parece-me, no entanto, que CC não estava a pensar apenas nos aumentos por estas vias. E fica mesmo a dúvida se não haverá aumentos acima da inflação. Mas não nos esqueçamos de que houve aumentos, não há muito tempo.
O PCP fez conferência de imprensa e pediu a intervenção do Presidente da República contra uma suposta intenção do Governo de aumentar as taxas moderadoras do SNS em 9%. A TSF, dando levianamente crédito à história, até foi ouvir um constitucionalista.
Ora, trata-se de uma inadmisível confusão do PCP e dos que difundiram tal tolice, que só poderia ser verdadeira se o Governo tivesse ensandecido!. O que o ministro da saúde disse na Assembleia da República (a televisão estava lá...) foi que esperava um aumento de 9% no montante da cobrança da taxa -- o que, aliás, é francamente pouco ambicioso, dado o baixo nível de cobrança em muitos centros de saúde e hospitais --, mas que a taxa subiria apenas o equivalente à subida da inflação.
Assim vai a chicana política e a desinformação em Portugal. Como é que partidos e media sérios podem embarcar em mistificações destas?
Vital Moreira- Causa Nossa
O aumento das taxas moderadoras, anunciado pelo ministro da Saúde, variará entre os quatro cêntimos para as consultas nos centros de saúde e os 38 cêntimos por cada ressonância magnética. Correia de Campos afirmou hoje que o aumento das taxas moderadoras, que entrará em vigor no próximo ano, deverá rondar os 2%.
Diário Digital
O ministro da Saúde, António Correia de Campos, afirmou hoje que há médicos e enfermeiros entre os funcionários que considera excedentários, mas garantiu que não vão ocorrer despedimentos no sector.
os trabalhadores das sub-regiões de saúde - que vão ser extintas - e que deverão ser integrados nos centros de saúde e hospitais, onde considerou faltarem profissionais.
JP on line.
Já repararam que após uma intervenção de cc mais ou menos acalorada, se sucedem três ou quatro intervenções subsequentes para precisar, clarificar a declaração anterior produzida a quente.
Enviar um comentário
<< Home