segunda-feira, novembro 14

Quantos mais, melhor !



«Para além da IGF, os Hospitais SA foram recentemente alvo de um estudo da Direcção-Geral de Saúde, que os coloca num patamar de eficiência e qualidade abaixo das unidades de saúde do Sector Público Administrativo.
Ao DE, o ministro da Saúde desvalorizou o estudo, dizendo, no entanto, que “quantos mais estudos melhor” e revelando que a própria Unidade de Missão tem um estudo encomendado. Ainda assim, o documento mais relevante para a definição política deverá ser o apresentado pelo professor universitário Miguel Gouveia, no final deste ano.»
DE, n.º 3757, 14.11.05
Estudos para todos os gostos, para no final ficar tudo empatado. Mais uma volta, mais uma viagem. Chegou o homem dos sete instrumentos.
Vieram peritos
em habilidades
dizer que a fortuna cresce nas cidades
e que só ganha quem concorrer
e quem vai ser, quem vai ser
que vai ganhar, vai vencer ?
e a gente parada
fez orelhas moucas
que com falas dessas
as esperanças são poucas.
Vieram comerciantes
vender sabonetes
danças regionais, televisões rabanetes
em suaves prestações mensais
e quem dá mais, quem dá mais !
Sérgio Godinho, Pré-histórias.

2 Comments:

Blogger tonitosa said...

Em boa verdade o que se pretende comparar não sáo os HH EPE's (que ainda não eram e não são) com os SPA's, mas sim os HH SA's com os SPA's (lapso do estudo, concerteza).
Pretende, disse eu, porque efectivamente tal comparação não passa de uma pretensão. Com efeito, se o estudo é baseado em dados da contabilidade analítica de 2003 (como é referido) quaisquer conclusões que dele se retirem não podem ser levadas a sério, em termos de se poder dizer qual dos modelos de gestão é melhor sob o ponto de vista da eficiência e da qualidade.
Desde logo porque os SA's tiveram o seu primeiro exercício completo de actividade em 2003 e, como é evidente, esse ano foi condicionado por todo um conjunto de medidas, de regras e de princípios que, ou tiveram que ser respeitados (por exemplo adjudicações em matéria de aquisições de bens e de fornecimentos de serviços) ou não puderam ser alterados por impossibilidade temporal. Depois a contabilidade analítica dos diversos hospitais nem sequer era fiável (e infelizmente ainda não o é) não passando de um registo meramente indicativo e sem qualquer princípios de rigor e uniformidade. E como é possível falar-se de avaliação de um novo modelo de gestão com base num único ano económico?!
Mas, além do mais, os SA's herdaram as coisas boas e as coisas menos boas dos seus progenitores (SPA's) e afirmar-se que os SA's são menos eficientes que so SPA's seria, admitir que os mesmos enquanto SPA's eram "piores" que os "outros" SPA's ou então partir do princípio de que no primeiro ano de actividade nenhum dos ex-SPA's foi capaz de evitar a "degradação" da sua eficiência e da sua "qualidade" o que é manifestamente falso. As transformações ocorridas em 2003 foram necessariamente pouco arrojadas sob o ponto de vista da gestão (o que era inevitável) sendo prematuras quaisquer conclusões que se possam considerar em torno da avaliação do novo figurino. Neste aspecto estou com MD quando diz que os efeitos da empresarialização só serão visíveis no médio prazo (entre cinco a dez anos).
PS.: Foi preciso que MD fosse nomeado para um SA para chegar a essa conclusão? Estou convicto de que MD já assim pensava antes. O que mudou foi o contexto.

12:17 da manhã  
Blogger saudepe said...

"Quantos mais melhor"
CC joga na velha táctica de mister Pedroto:
Todos ao molho e fé em Deus.
Quantos mais, mais molho.

4:34 da tarde  

Enviar um comentário

<< Home