Visita ao Site SA
Procurámos no site da Unidade de Missão informação sobre a execução orçamental 2005 dos Hospitais SA, a qual, segundo a imprensa diária, prevê prejuízos acumulados de -439 milhões de euros.
Quanto ao Ranking, tudo na mesma.
Aos poucos o entusiasmo desvaneceu-se.
O entusiasmo só regressará no dia em que os jornais trouxerem a notícia de que o hospital de Vila da Feira, sempre primeiro, afinal , descobriu-se, fazia batota . Ou, o Avelino , finalmente eleito, favorecia o hospital de Amarante.
Deixando-nos de brincadeiras, despropositadas, constatámos que, segundo a tabela do mês de Junho, 16 hospitais estão abaixo da linha de água (pontuação inferior à média do conjunto: 103 pontos). A ULS de Matosinhos e o Centro Hospitalar do Alto Minho continuam a afundar-se na tabela. O Silvino Maia Alcaravela, recentemente nomeado, vai ter muito que fazer para levantar a posição do Centro Hospitalar Médio Tejo. O hospital do Barreiro, sempre engripado, com os seus 105 pontos, meses a fio, à tona d àgua.
Ficamos a aguardar com expectativa as próximas tabelas e o relatório de contas do exercício de 2005.
5 Comments:
É o famoso "tableau de bord" dos SA's. É em minha opinião um importante instrumento de análise, no entanto nem tudo está claro na sua "construção". Depois, os resultados por vezes deixam-nos surpreendidos, com mudanças que levam a pensar em eventuais "adaptações dos dados" a objectivos imediatos de melhoria na tabela.
De qualquer modo não deixa de surpreender que hospitais que apresentaram "resultados significamnete positivos - no sentido de lucros - em 2004" surjam tão mal colocados neste ranking, e nesta componente eficiência económica.
Será interessante ainda comparar-se este ranking - eficiência económica - com o "case mix" de cada hospital. Parece ser surpreendente tanto mais quanto em Junho ainda não haverá reflexos das mudanças nos CA's ou seja só haveria razões para que a posição na tabela estivesse em sintonia com os resultados apresentados no exercício anterior.
A terminar, recordemos que a ULS de Matosinhos tem sido apresentada como um exemplo a seguir. Será?
Quanto a S. M. da Feira todos sabemos que na sua origem está defacto um modelo de gestão que nada tem a ver com os restantes SA's. Veja-se, por exemplo, qual o seu quadro médico e o regime de trabalho, que só foram possíveis porque S. M. da Feira surgiu praticamente do zero, isto é pode recrutar "trabalhadores" em regime de trabalho adpatado às suas reais necessidades.
Isto não retira obviamente mérito aos gestores de S. M. da Feira. O que tem é que ser relevado quando fazmos comparações.
A passagem dos HHSA a HHEPE implicará certamente a revisão do Ranking SA.
A ideia subjacente à referida tabela é a dinamização da competitividade entre hospitais.
Este objectivo só será atingido se a tabela for credível.
O que não acontece actualmente.
Meter no mesmo saco realidades tão diversas como os IPOs, o H de Barcelos ou o H de Santo António, o resultado só poderá ser a descredibilização das classificações.
A U. Missão argumenta que no modelo estão contemplados factores de ajustamento para que as comparações tenham lugar. Mas os sistemas de informação são tão frágeis que sempre se pode questionar a fiablidade dos dados.
Há por outro lado aqui um claro défice de informação: estamos já em Novembro e a informação disponível (no Site) reporta-se a Junho. O atraso com que muitas vezes a informação nos HH é disponibilizada cria claras dificuldades aos decisores. E lá se vai a disputa da competitividade!
Há que rever urgentemente este processo.
Há no entanto que reconhecer que o Ranking SA pôs muita gente a mexer.
A sua criação foi globalmente positiva.
Os sistemas de informação da maioria dos HH é que continua na mesma.
Informação sobre consumos e sobre a produção, nalguns , muitos, HH só com meses de atraso.
A informação económica não existe.
Não sabemos quanto nos custa, em tempo útil, determinado acto clínico.
Em termos de gestão isto é dramático.
Excelentes os comentários do tonitosa e do avelino.
Assim estamos a progredir
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