terça-feira, novembro 1

Visita ao Site SA


Procurámos no site da Unidade de Missão informação sobre a execução orçamental 2005 dos Hospitais SA, a qual, segundo a imprensa diária, prevê prejuízos acumulados de -439 milhões de euros.
Uma referência ao Prémio Nacional de Investigação em Oncologia 2005, atribuído ao Instituto Português de Oncologia (IPO) do Porto, em destaque. Plano de actividades, relatórios de contas 2004, ranking dos SA (Junho 2005).
Quanto à informação sobre a execução orçamental do corrente ano: Previsão de prejuízos do exercício, prejuízos acumulados . Nada !
Pelo menos, nós não encontrámos. Talvez esteja escondida no porão do site com acesso consignado aos associados e defensores da causa SA.

Quanto ao Ranking, tudo na mesma.
No início tivemos a esperança de ver os últimos a ultrapassar os primeiros. Assistir a grandes e inesperados volte faces. Imaginámos mesmo a Santa Casa a patrocinar um concurso de apostas. E os apostadores a sonhar com o chorudo prémio do mês em que o hospital de Beja conseguisse o primeiro lugar.

Aos poucos o entusiasmo desvaneceu-se.

O entusiasmo só regressará no dia em que os jornais trouxerem a notícia de que o hospital de Vila da Feira, sempre primeiro, afinal , descobriu-se, fazia batota . Ou, o Avelino , finalmente eleito, favorecia o hospital de Amarante.

Deixando-nos de brincadeiras, despropositadas, constatámos que, segundo a tabela do mês de Junho, 16 hospitais estão abaixo da linha de água (pontuação inferior à média do conjunto: 103 pontos). A ULS de Matosinhos e o Centro Hospitalar do Alto Minho continuam a afundar-se na tabela. O Silvino Maia Alcaravela, recentemente nomeado, vai ter muito que fazer para levantar a posição do Centro Hospitalar Médio Tejo. O hospital do Barreiro, sempre engripado, com os seus 105 pontos, meses a fio, à tona d àgua.

Ficamos a aguardar com expectativa as próximas tabelas e o relatório de contas do exercício de 2005.

5 Comments:

Blogger tonitosa said...

É o famoso "tableau de bord" dos SA's. É em minha opinião um importante instrumento de análise, no entanto nem tudo está claro na sua "construção". Depois, os resultados por vezes deixam-nos surpreendidos, com mudanças que levam a pensar em eventuais "adaptações dos dados" a objectivos imediatos de melhoria na tabela.
De qualquer modo não deixa de surpreender que hospitais que apresentaram "resultados significamnete positivos - no sentido de lucros - em 2004" surjam tão mal colocados neste ranking, e nesta componente eficiência económica.
Será interessante ainda comparar-se este ranking - eficiência económica - com o "case mix" de cada hospital. Parece ser surpreendente tanto mais quanto em Junho ainda não haverá reflexos das mudanças nos CA's ou seja só haveria razões para que a posição na tabela estivesse em sintonia com os resultados apresentados no exercício anterior.
A terminar, recordemos que a ULS de Matosinhos tem sido apresentada como um exemplo a seguir. Será?
Quanto a S. M. da Feira todos sabemos que na sua origem está defacto um modelo de gestão que nada tem a ver com os restantes SA's. Veja-se, por exemplo, qual o seu quadro médico e o regime de trabalho, que só foram possíveis porque S. M. da Feira surgiu praticamente do zero, isto é pode recrutar "trabalhadores" em regime de trabalho adpatado às suas reais necessidades.
Isto não retira obviamente mérito aos gestores de S. M. da Feira. O que tem é que ser relevado quando fazmos comparações.

10:17 da manhã  
Blogger saudepe said...

A passagem dos HHSA a HHEPE implicará certamente a revisão do Ranking SA.
A ideia subjacente à referida tabela é a dinamização da competitividade entre hospitais.
Este objectivo só será atingido se a tabela for credível.
O que não acontece actualmente.
Meter no mesmo saco realidades tão diversas como os IPOs, o H de Barcelos ou o H de Santo António, o resultado só poderá ser a descredibilização das classificações.

10:18 da manhã  
Blogger tonitosa said...

A U. Missão argumenta que no modelo estão contemplados factores de ajustamento para que as comparações tenham lugar. Mas os sistemas de informação são tão frágeis que sempre se pode questionar a fiablidade dos dados.
Há por outro lado aqui um claro défice de informação: estamos já em Novembro e a informação disponível (no Site) reporta-se a Junho. O atraso com que muitas vezes a informação nos HH é disponibilizada cria claras dificuldades aos decisores. E lá se vai a disputa da competitividade!

10:37 da manhã  
Blogger Clara said...

Há que rever urgentemente este processo.
Há no entanto que reconhecer que o Ranking SA pôs muita gente a mexer.
A sua criação foi globalmente positiva.

Os sistemas de informação da maioria dos HH é que continua na mesma.
Informação sobre consumos e sobre a produção, nalguns , muitos, HH só com meses de atraso.
A informação económica não existe.
Não sabemos quanto nos custa, em tempo útil, determinado acto clínico.
Em termos de gestão isto é dramático.

12:07 da tarde  
Blogger xavier said...

Excelentes os comentários do tonitosa e do avelino.
Assim estamos a progredir

1:57 da tarde  

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