Razão de Existir !
Refeitos das emoções do jogo de ontem o feriado veio a calhar. Oportunidade para recuperação de trabalhos antigos.
Com o Natal à porta a reforma da saúde, do ministro da saúde, António Correia de Campos, sempre ao rubro, está para lavar, durar e dar azo a todas as polémicas .
Seguem-se os hospitais EPE, novinhos em folha, blindados à privatização. Aguardam-se novas mudanças nos CA´s e Unidade de Missão SA. Naturalmente.
A malta dos Hondas Sport tem grandes esperanças neste Natal.
8 Comments:
"Honda" é que isto já vai!...
Depois de duras críticas à nomeação de Luís Delgado para o HDP sem que os críticos tenham explicitado os seus fundamentos, já vamos agora na crítica ao outro Luís Delgado, prestigiado jornalista de topo da nossa comunicação social, que em boa verdade não devia ser para aqui chamado. A não ser que queiramos enveredar por outro tipo de análises e então devemos asumir claramente quais são os nossos propósitos. Volto a lembrar aqui a ideia de inveja e pequenez!
O que me espanta é que pela forma como foram recebidos alguns dos meus comentários, eu pensava que todos os AH's eram pessoas de valor e de elevada formação moral, ética e técnica. Cheguei mesmo a pensar que estava a ser injusto ao considerar que AH's, como noutras especialidades, havia bons e maus.
Verifiquei, com surpresa, que alguns dos que mais me criticaram, crucificaram de imediato o Dr. Luís Delgado, quando o mesmo foi nomeado para o HDP. E ele é AH!
Nãc onheço o Dr. Luís Delgado nem nehum dos seus colegas do CA do HDP. Conheço o Dr. Manuel Delgado, que soube ser irmão de LD através deste blogg. De MD retenho sobretudo a forma incorrecta, acintosa e mesmo de falta de ética, como criticou LFP e os Gestores por ele nomeados. Consta (e transpareceu ser verdade) que MD aspirou a um lugar de topo nos HH e em particular no Centro Hospitalar Ocidental de Lisboa, e a sua não nomeação terá acirrado os seus ataques a LFP.
Fica assim esclarecido que não sou defensor nem do Luís (que efectivamente nunca vi mais gordo) nem do Manuel (que conheço mais pelos seus defeitos do que pelas suas virtudes) mas nesta guerra contra o Presidente do CA do HDP, e em complemento do que anteriormente escrevi, ocorre-me perguntar aos ilustres colegas: que dizer das muitas centenas de milhares de euros gastos na compra de carros para toda a Administração do Banco de Portugal,(Governador incluído) com modelos dos mais caros e plenos de extras, também alguns de alta cilindrada e desportivos? (notícia que circulou por email).
Mas afinal não têm os gestores dos HH SA's direito a viatura de serviço de uso pessoal, de acordo com a sua condição de gestores públicos?
Será que os gestores dos EPE's vão deixar de ter essa "mordomia"(?). E será que os gestores do HSM e do HSJ (novas EPE's) têm andado a pé ou nas suas próprias viaturas?
Meus caros, nesta matéria, de todos os que algum dia foram dirigentes máximos de Serviços, haja quem atire a primeira pedra!
Como sabemos os Directores Gerais são o último grau da hierarquia da Adminsitração Pública com direito a viatura de serviço de uso pessoal. E sabemos também que, raramente abdicam de motorista exclusivo (o motorista do Senhor Director é exclusivo) que serve muitas vezes para levar os filhos ao colégio ou as esposas às compras. Depois todos sabemos também do uso de viaturas dos Serviços por outros dirigentes, (subdirectores gerais e directores de serviços)que são "conduzidos" por motorista (e na Saúde não faltam exemplos).
O que acontece é que defacto o Estado não assumindo que a atribuição de viatura pode ser uma forma de remunerar adequadamente os seus dirigentes, acaba por incorrer em situações (mais ou menso permitidas) de custos muito mais gravosos.
Todos sabemos, também, que actualmente nas empresas qualquer quadro médio ou superior tem viatura de uso pessoal.
Não sejamos pois hipócritas, e ninguém cuspa para o ar...porque pode um dia ser nomeado e depois...vai ter problemas de consciência(?), como deve acontecer actualmente com o Dr. MD?!
Já agora...que isto etá tão animado, deixem-me partilhar com os ilustres bloguistas a notícia que caba de me chegar, através de fontes geralmente bem informadas, e que diz o seguinte:
Receosos de que o Saúde SA se possa fazer eco da situação, os Administradores da Galp, da C. Geral de Depósitos, da EDP, da CP e da Brisa e ainda a nova Administração da API, acabam de abdicar dos carros que lhes estavam atribuídos. Mais declararam que não voltarão a usar dessas mordomias enquanto todos os trabalhadores das respectivas empresas não tiverem os mesmos direitos!
Segundo as nossas fontes diversos CA's de outras empresas públicas estão neste momento reunidos para decidirem sobre propostas formuladas no mesmo sentido. Há mesmo um caso em que o Presidente do CA ameaçou demitir-se caso a sua proposta seja vencida.
O Governo, ainda segundo as nossas fontes, atento às críticas do Saúde SA prepara-se para retirar o uso de viaturas pessoais a todos os seus membros. As medidas a tomar abrangerão ainda Chefes de Gabinete e Assessores que actualmente beneficiam destas "imorais mordomias".
Contactada a Administração do BP não foi possível às nossas fontes obter qualquer informação sobre as medidas que ali estarão também em preparação.
Ao Avelino
É fácil perceber que os meus comentários anteriores não o tiveram como alvo.
E nem sequer fiz outra crítica que não fosse discordar da chamada à liça de uma pessoa que nada tem a ver com estas nossas diatribes (?) aqui no Saúde SA. E não foi o Avelino que o fez!
O que em boa verdade me leva a fazer comparações é exactamente o facto de "pseudo moralistas" que acham que o país está em crise e que isso justifica que tudo seja proibido aos trabalhadores da Administração Pública (HH incluídos) olhem depois apenas para os respectivos umbigos. E, como o Avelino diz, no fundo são menos impostos que serão arrecadados pelo Estado. E como se sabe, (e julgo não estar enganado) a atribuição de carro pessoal não conta como retribuição para efeitos de IRS.
Avelino, vamos ver se nos entendemos: alguém é capaz de nos esclarecer sobre a prática anterior no H. D. Pedro? Se os anteriores gestores se deslocavam nos seus próprios carros e não recebiam qualquer compensação (e pelo que se diz não moravam em Aveiro) merecem de facto a nossa admiração por tão louvável(?) atitude.
Agora coloquemo-nos na situação de alguém que morando no Porto é convidado a ir para o HDP e que, obviamente tem custos de deslocação acrescidos. Sabe-se que nos HH SA's e, sejamos sinceros, também nos SPA's, os altos dirigentes têm carro de serviço ou, usam carros de serviço, para se deslocarem de e para o local de trabalho e sua residência. Porque é criticável a decisão do CA do Hospital de D. Pedro? Pela oportunidade da compra?
Imaginemos que os mesmos gestores recorriam ao pagamento de quilómetros por utilização de viatura própria. Possivelmente ninguém lhes dirigia críticas. Mas imaginemos ainda que o HDP dispunha de viaturas e que os mesmos se deslocavam nessa viaturas. Suportava o Hospital, por isso, menores encargos?
Pensemos que a compra de viaturas não é uma despesa no sentido técnico do termo, mas antes um investimento. E o seu período de amortização não é sequer de três anos (julgo que foi o Avelino que referiu a opção de compra, não tendo a certeza de alterações. O governo suspendeu, tanto quanto me recordo essa possibilidade de opção, não devendo em qualquer caso esquecer-se o valor residual) mas talvez se possam considerar cinco anos, como período razoável.
E, Avelino, nestas coisas, como costuma dizer-se, ou há moralidade ou comem todos.
Mas o problema pode ainda abordar-
-se noutra perspectiva: será que gerir um Hospital é mais fácil do que gerir um Banco Central com todo o seu staff e onde a questão que se coloca é a de mais comissão, menos comissão, mais juro menos juro, e nem sequer há "utentes em coma"! (passe o exagero). Esta ideia de actividade pública (que alguns julgam não produtiva) e actividade privada parece-me que tarda em ser ultrapassada. Socialmente a actividade desenvolvida no sector da saúde em nada é menos nobre do que a actividade de qualquer empresa privada e (leia-se, entre outros, CC) os benefícios indirectos dos cuidados de saúde não são menosprezíveis.
Deixe-me ainda Avelino referir um outro aspecto por si abordado noutro post: o do horário ou horas de trabalho dos Administradores do H. de Aveiro. Avelino, sei por experiência própria que um dirigente responsável não pode fazer horário do tipo 9-17 horas. E sei bem quantos sacrifícios implica uma direcção que, como você refere, possa servir de exemplo. Sei mais...sei que há dirigentes que nem sequer são dignos desse nome mas, Avelino, também sei que esses são muitas vezes os que são do tipo "duracell". Mas também é verdade que não são as muitas horas de "permanência no serviço" que significam eficácia. Privilegiemos pois os resultados.
E meu caro amigo, nesse domínio estaremos certamente de pleno acordo.
Uma nota final Avelino: eu não defendo a aquisição de viaturas pelo CA do HDP...simplesmente não a critico. E muito menos com os argumentos de alguns.
Que raio, Avelino, não acha estranhas as ferozes críticas ao Dr. Luís Delgado?!
Ao Joaopedro
Cresça e apareça, a si não passo cartão. Porque é pura e simplesmente mal formado, e pode ser um problema irreparável.
E olhe que isso também mata.
Recebi hoje oito mails a perguntar-me o que eu penso desta história dos carros de serviço do H. D. Pedro.
Em primeiro lugar eu acho que o Luís Delgado, independentemente das suas qualidades como AH, tem azar em ser irmão de MD.
Esta relação de parentesco com o presidente da APAH dá-lhe uma especial vulnerabilidade.
O problema da aquisição dos carros tem que ser encarada à luz desta vulnerabilidade e de outros factores não menos importantes.
Quando uma nova administração se apresenta num determinado hospital para dar início a um novo ciclo de gestão é encarada por uns com esperança de que as coisas vão melhorar e por outros como o próximo inimigo a abater.
O certo é que, na actual conjuntura , é necessário pedir a todos os trabalhadores dos hospitais mais sacrifícios.
Se perguntarem aos trabalhadores dos hospitais o que pensam sobre este tipo de procedimentos, 90%, por certo, manifestarão a sua discordância.
Conhecendo o terreno, qualquer gestor minimamente preparado e com bom senso decidiria por outra qualquer solução para resolver o transporte dos elementos do CA para o Porto.
Penso que a administração do HDPedro foi desastrada e que poderia ter decidido de outra forma.
A reacção por vezes agressiva dos media e de alguns comentadores da SaudeSA é fruto do elevado grau de politização que atingiu a gestão dos hospitais.
Xavier,
Você tem razão no que diz a propósito dos carros do HDP. O que os meus comentários sobre o assunto repudiam é exactamente a politização e a "perseguição" de que o Dr. Luís Delgado está a ser vítima. E repare que começou a ser atacado logo no momento em que foi conhecida a sua nomeação e apenas (não vi outras razões) por ser irmão de Manuel Delgado. Percebe-se, no entanto que as verdadeiras razões são de outra natureza. Eu gostava ainda de perguntar: quantos dos que aqui escrevem seriam capazes de dizer cara-a-cara a Luís Delgado (ou MD) o que têm dito a seu respeito?
O Xavier diz, e eu concordo, que poderiam ter sido encontradas outras soluções. Mas não sendo possível(?), como disse LD, o pagamento de quilómetros feitos em viatura própria e se o HDP não tinha viaturas capazes, o recurso seria o aluguer(?). E isso, porventura, seria mais económico para o hospital?
Volto a repetir a pergunta: qual era a prática do anterior CA? Se alguém souber, que o diga.
Recordo aqui que, segundo informações que pude recolher, o anterior presidente é um destacado militante de um partido político da oposição. Certamente tinha também grandes amigos(?) no partido do governo, pois tem tido aqui alguns bons defensores. Ou será que se o escolhido fosse outro que não LD as críticas não existiriam?
PS.: se alguns colegas do blogg soubessem quem é tonitosa, constatariam de imediato que os seus "desvarios cerebrais" não têm razão de ser.
Alrazi,
Ontem andei a ver se encontrava no meio das minhas papeladas o programa funcional elaborado recentemente para um hospital da margem sul do Tejo.
Não consegui encontrar.
Dificuldades dos velhos arquivos de papel.
Se fosse hoje uma simples pen como a que eu utilizo para blogar dava para meter na gaveta as montanhas de papel do meu arquivo.
No fim de semana vou procurar de novo a ver se tenho melhor sorte.
A desavença tonitosa JPedro já é antiga.
O JP enviou-me um mail a justificar-se com situações ocorridas num passado recente com um gestor SA.
Contas de outro rosário.
Relativamente a estas situações reafirmo o que aqui sempre disse. É necessário centrar a discussão nos temas e não nos comentadores. Não pessoalizar. Ter respeito pelos adversários. Sem adversários não há discussão. Sem discussão não se avança.
Tenho recebido inúmeros insultos e ameaças anónimas por email.
Aos autores das ameaças apenas poderei dizer que as mesmas só me têm dado. cada vez mais, vontade de prosseguir.
Quanto ao tonitosa repito aqui o que já escrevi anteriormente.
Tem sido até à data um dos melhores colaboradores da SaudeSA. Corajoso, conhecedor, trabalhador faz parte por direito próprio do núcleo duro da SaudeSA.
Mal andaríamos se aqui na SaudeSA segregássemos as pessoas pela sua forma de pensar, clube de futebol, religião, raça, profissão ou SA.
Xavier,
Registo com agrado as suas palavras. Tenho consciência de que nest blogg nunca tomei a iniciativa de pessoalizar qualquer comentário e muito menos ofensivo.
Fui agredido, isso sim, por expressar as minhas ideias e por mais do que um(a)comentador(a).
Reconheço que por vezes sou um tanto sarcástico, mas nunca em relação às pessoas dos colegas comentadores, mas sim em relação às suas posições.
A coragem que você me atribui é apenas o resultado de estar de consciência tranquila e aqui vir de boa-fé procurando contribuir para o blogg.
Há efectivamente algo que mexe comigo, como já se deve ter notado: é que me rotulem disto ou daquilo, que me acusem de ter estado nesta ou naquela situação, quando: primeiro, quem o diz não me conhece; segundo as "acusações" são falsas.
Já uma vez o disse e repito: se for indelicado para alguém, sem que seja no exercício do direito de reposta, agradeço que o digam e não hesitarei em me penitenciar.
Mas não sou masoquista!
Enfim, coisas da vida. E coisas também que a vida não deixará de nos ensinar.
Um abraço.
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