Gestão Hospitalar
Lição a tirar do caso Hospital Infante D. Pedro ?
O Hospital de Aveiro está na ressaca de uma administração que deixou muito a desejar, com alguns casos verdadeiramente rocambolescos à mistura (como o caso do aluguer por 25.000 €/mês de uns pavilhões para a Urgência, cujas obras deveriam estar concluídas antes do Euro 2004 e que ainda hoje faz as delícias da imprensa local).
A mudança do CA do HDP era, por isso, esperada com grande expectativa em vários sectores do hospital.
A mudança do CA do HDP era, por isso, esperada com grande expectativa em vários sectores do hospital.
Esta apresentação da equipa de Luís Delgado é absolutamente desastrosa e chega como um balde de água fria, desperdiçando a oportunidade de aproveitar as sinergias geradas pelo entusiasmo criado com a saída do anterior CA.
Com esta atitude, o novo CA deixou de ter legitimidade para pedir qualquer tipo de poupanças ou contenção aos funcionários.
É que, e talvez isso não seja perceptível para quem mora em Lisboa, no Hospital de Aveiro há dezenas de funcionários (com ordenados substancialmente inferiores aos dos administradores...) que vivem no Porto e fazem a viagem diariamente em viatura própria ou de combóio. Na cidade de Aveiro moram centenas ou milhares de pessoas que trabalham no Porto e há também muitos portuenses que trabalham em Aveiro. Ou seja, a exigência dos três elementos do CA é apenas uma mordomia pessoal, que apenas permite que cada um dos administradores poupe menos de 200 € por mês, pois a portagem entre Aveiro e o Porto pela A29 custa 0,70 €. Ou seja, não é aceitável que um administrador sério entenda que esta é uma medida justa ou economicamente compensadora. Para além disso, a maioria (talvez a totalidade) dos elementos do anterior CA também não era de Aveiro...
Ganhar a hostilidade dos funcionários à custa de medidas de ostentação dispensáveis e tomadas logo nos primeiros dias de exercício do cargo é um acto de gestão desastroso e que desprestigia toda a classe de AH (até porque, como já foi aqui referido, LD é irmão de MD...).
Ganhar a hostilidade dos funcionários à custa de medidas de ostentação dispensáveis e tomadas logo nos primeiros dias de exercício do cargo é um acto de gestão desastroso e que desprestigia toda a classe de AH (até porque, como já foi aqui referido, LD é irmão de MD...).
Onde está MD a esta hora?
Vladimiro Jorge
Vladimiro Jorge
3 Comments:
A lição a tirar é que está tudo na mesma.
O que o pessoal quer é pópós.
Primeira constatação: este assunto trouxe ao blogg novos comentadores. Serão AH?
Segunda constatação: o Dr. Manuel Delgado é apenas irmão do Dr. Luís Delgado. Ou não será?
Terceira constatação: o Dr. Luís Delgado tem muitos amigos(????).
Quarta constatação: nos HH SA's os gestores têm que ser tratados exactamente como qualquer outro trabalhador. Afinal Portugal ainda anda à procura de uma sociedade sem Classes(???).
Quinta constatação: os anteriores gestores não eram de Aveiro e andavam em carros com mais de 20 anos que só pegavam de empurrão?!
Conclusão final: os comentadores que consideram que as viaturas colocadas à disposição dos gestores são mordomias, se um dia forem nomeados para lugar idêntico, farão como o Dr. Manuel Delgado (crítico de outros tempos): abdicarão de viatura de serviço para resolver a situação financeira do respectivo hospital.
Todos sabíamos que esta equipa de gestão ia estar debaixo de olho de toda a gente.
A decisão de comprar os pópós é precipitada e desprovida de senso.
As declarações de Luís Delgado aos Jornalistas são rascas.
Não se vaticina uma grande longevidade a esta equipa.
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