terça-feira, dezembro 27

Unidade Missão HH SA


Como já anteriormente referimos, a transformação dos 31 HH SA em EPE vai ser acompanhada pela extinção da Unidade de Missão dos HH SA. Segundo o secretário de estado da saúde, Francisco Ramos, não haverá uma Unidade de Missão para os EPE, pois as competências desta unidade vão ser repartidas por várias entidades: a negociação do Acordo Colectivo de Trabalho (ACT) e dos Contratos-Programa passam para as Administrações Regionais de Saúde (ARSs), o acompanhamento da gestão dos HH EPE passa a ser da responsabilidade do Instituto de Gestão e Informação Financeira da Saúde (IGIF) e a acreditação de hospitais transita para o Instituto da Qualidade da Saúde (IQS).
A Unidade de Missão SA, criada para assegurar o acompanhamento do processo de empresarialização dos hospitais, chega, assim, ao fim do seu curto período de existência, durante o qual foi orgulho e bandeira do projecto político de Luís Filipe Pereira.

5 Comments:

Blogger tonitosa said...

O papel da Unidade de Missão, foi, em meu entender, positivo. A experiência era nova e nova vai continuar a ser e, por isso, não me parece correcto este espartilho de "organismos de enquadramento" e interven~ção directa para os HH EPE's.
Para mim, o papel das ARS's deveria ser apenas o de avaliação e acompanhamento dos EPE's no contexto da sua actuação enquanto elementos da Rede de Cuidados e do Sistema Nacional de Saúde. Seria de manter a sua função de elo de ligação dentro da Rede entre os vários prestadores neles se incluindo os EPE's.
Não me parece que sejam os Organismos indicados para a negociação dos ACT e dos CP, num contexto de gestão empresarial. Quanto ao IGIF o mesmo não passa de um "monstro" do passado, com uma filosofia de actuação anquilosada. Não terá capacidade para acompanhar a gestão dos EPE's que agora passarão a contar com duas grandes unidades, cuja complexidade e necessidade de reestruturação é por demais evidente.
Já o papel do IQS me parece de aceitar pois se trata de matéria restrita e de especificidade própria onde importa potenciar ganhos.
Acho que mais uma vez, como aconteceu com a própria gestão dos SA's, o Governo não actua da melhor forma: é inaceitável, do meu ponto de vista, que se "deite pela borda fora" o conhecimento adquirido pela Unidade de Missão e pelo técnicos nela colocados.
De entre outras coisas, a criação da Unidade de Missão foi uma medida acertada de LFP. Veja-se o que se passava em matéria de informação, designadamente na apresentação atempada dos Relatórios de Actividade, Balanço e Contas, da disponibilização de informação importante contida no Tableau de Bord,etc..
Como já noutras ocasiões referi, a certa altura houve a tentação da UM para se transformar numa "Direcção Geral" e chamar a si tarefas que nem sequer fazia sentido que dela dependessem. Mas ainda assim, o que me parece que deveria ser feito era partir da actual estrutura para a ajustar à nova realidade.
Assim não teremos, estou convicto, nem gestão nem informação sobre os HH EPE's em tempo útil.
E quase me atrevo a aceitar apostas em como não tardará a surgir uma outra estrutura qualquer em sua substituição.
Este País, de uma vez por todas, tem que perceber que não pode desperdiçar o Capital de Conhecimento dos seus técnicos, nesta como noutras "Administrações Públicas".

11:19 da tarde  
Blogger ricardo said...

A extinção da UM é um processo político, pouco tendo a ver com a sua valia técnica.

Como muito bem refere o Xavier «a UM foi orgulho e bandeira do projecto político de Luís Filipe Pereira.»

11:34 da tarde  
Blogger tonitosa said...

Este comentário foi removido por um gestor do blogue.

11:43 da tarde  
Blogger tonitosa said...

O problema Alrazi é que as ARS's e o IGIF nem as suas próprias "casas" sabem gerir! Quanto mais as dos outros.
E possivelmente aqueles Organismos precisam é de ser submetidos a "cirurgia" para colocação de "bandas gástricas".
E meus caros colegas de blog, as novas tarefas vão servir para tornar tais organismos ainda mais obesos.
Não é, portanto, por aí que vamos ganhar eficácia e eficiência.

11:45 da tarde  
Blogger tonitosa said...

Ok, caros amigos. Nada de Unidades de Missão!...
Para além de outras coisas, veremos que informação passará a ser disponibilizada sobre a actividade dos EPE's!
Acabar com a UM pode ser uma forma subreptícia de ocultar informação.
E lá se vai aquele projecto dos sites ods HH (que por acaso acho errado por partir daquela ideia de todos diferentes todos iguais) mas que pelos vistos foi case study. E grande case...custou milhões. (um exemplo a meu ver negativo na UM).

10:43 da manhã  

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