quinta-feira, janeiro 12

CC não consegue conter

O crescimento de actividade

O secretário de estado, Francisco Ramos, através de um despacho de 03 de Outubro, procurou limitar a actividade hospitalar para o ano de 2006, a qual não devia exceder o valor estimada para 2005, tendo por base o cálculo referente a nove meses de exercício (Jan/Set 05).

Acontece que o valor da produção estimada para o ano de 2006 pelo MS com base nos contratos programa negociados com os hospitais do SNS regista um aumento de cerca de 5% em relação a 2005 (3.692 milhões de euros).
Segundo o JN n.º 669 (11.01.06), o gabinete de CC justifica este aumento de actividade através do aumento de preços 05/06 e da maior especificação da produção .
O valor total contratado para os HH SPA (ano 2006) é de 1.995 milhões de euros (crescimento de 6,4%, 05/06).
Relativamente aos HH EPE o valor total contratado (ano 2006) é de 1.697 milhões, representando um acréscimo de 3,3% relativamente a 2005.
Certamente, no final de 2006, contas feitas, o crescimento de actividade situar-se-à, seguramente, acima dos 5%.

7 Comments:

Blogger tonitosa said...

Como alguém escreveu neste blog, agora é a mim que me dá vontade de rir...
E como estará a execução do despacho de FR sobre a redução de custos? Lembram-se? Ainda me vou rir mais, concerteza!

12:06 da tarde  
Blogger tonitosa said...

Só uma pequeníssima curiosidade: quantos comentários já não teriam surgido neste nosso espaço de reflexão se as conclusões da "Comissão Miguel Gouveia" tivessem sido desfavoráveis aos HH SA?

12:09 da tarde  
Blogger tonitosa said...

Mas caro colega Xico,
Se os HH SA's não tivessem exactamente maior flexibilidade de gestão estaríamos no modelo anterior. A empresarialização é isso mesmo, Xico: desburocratização, simplificação de processos, rigor no registo e tratamento da informação, eficácia e eficiência, planeamento e definição clara de objectivos, acompanhamento na execução e capacidade para adaptação a novas realidades, inovação e desenvolvimento. Acima de tudo diria: a empresarialização deve significar liberdade com responsabilidade.

9:13 da tarde  
Blogger Peliteiro said...

O mercado da saúde é elástico...
É um mercado diferente...
É por isso que saber de economia de saúde não é para qualquer um recém-chegado. É por isso que há tantos estudos errados, tantos hospitais mal administrados, tantas decisões erradas, tanto desperdício, enfim aquilo que sabemos.

Os doentes e nós os profissionais é que sofremos...

11:59 da tarde  
Blogger tonitosa said...

Não consigo ver onde está a elasticidade do mercado da saúde. Existe mercado no sentido técnico do termo?
O que não existe, de certeza, é um mercado de concorrência.
O mercado da saúde é diferente! De acordo, tal como outros o são. Mas não é privilégio de iluminados aceder à "economia da saúde". Concordo que os recém-chegados carecem certamente de aprendizagem em exercício. Tudo começa pelo princípio!

12:04 da tarde  
Blogger Peliteiro said...

Caro Tonitosa:
Mercado elástico porque quanto maior a oferta maior a procura.

Mercado diferente porque "vende" o bem mais precioso aos clientes mais fragilizados e desinformados, o que implica (ou deve implicar, na minha opinião) consciência social e ética profissional extraordinárias.

Não é um privilégio de iluminados, com certeza que não, mas é necessária experiência e estudo, como em tudo, claro. O que é certo é que são poucos os que dominam a "matéria" como bem se vê neste país.

Concorrência existe (veja-se o caso das farmácias ou dos convencionados como por exemplo os laboratórios de análises clínicas) embora muitas vezes seja deformada pela prepotência de um estado adepto da "nacionalização dos meios de produção".

Abraço

1:01 da tarde  
Blogger tonitosa said...

Amigo Mário,
Obviamente de acordo. Mas não vejo onde está a concorrência no mercado do medicamento e serviços convencionados.
Quando o comprador é (praticamente)único e tem poder para fixar preçoes e outra coisas, os fornecedores só têm que se acomodar. Reconheço que às vezes se fica com a sensação de "concorrência" nos convencionados e laboratórios de análises...mas ou os fornecedores são muito escassos (alta tecnologia e grandes investimentos) e comandam os preços, ou são os prescritores que, por razões extra-mercado, aconselham o fornecedor X ou Y.
E assim é nos laboratórios de análises: o médico é geralmente quem indica ao doente o melhor laboratório (e sinceramente muitos o fazem exactamente pela melhor qualidade mas outros fá-lo-ão por ... simpatia.
Concorrência nas farmácias? Nos medicamentos? Não conheço.
Na verdade a falar é que a gente se entende. Um abraço.

4:04 da tarde  

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