Formação Quadros AP
Sobre este tema temos estado a acompanhar um dos mais interessantes debates pelejado pela dupla tonitosa x xico (link) Estamos todos a torcer para que continue.
Temas de Saúde. Crítica das Políticas de Saúde dos XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XX e XXI Governos Constitucionais
posted by xavier at 1:42 da manhã
5 Comments:
Onde andam os outros bloguistas?
Se sobe este tema fizéssemos um inquérito a 100 AH's e a 100 não AH's nem INA's, certamente teríamos não uma "vitória à MD" mas um empate.
Um abraço a todos.
Alrazi,
Julgo que o que venho defendendo não se afasta do que refere.
Na verdade aquilo que tenho escrito é exactamente de discordância quanto ao não reconhecimento de cursos e formação obtidos noutras instituições de igual mérito (quando não superior) e conteúdos curriculares específicos.
Tal procedimento é discriminatório e a criação de tais cursos a quem são atribuídos privilégios de acesso a determinadas funções, muitas vezes, mais do que suprir lacunas existentes, visam obter receitas (pagas pelos próprios ou de co-financiamento institucional) para garantir a sobrevivência de tais instituições.
Concordo com a utilidade, necessidade e interesse de uma valorização profissional permanente. Concordo com a devida atribuição de mérito a cursos e acções de formação profissional. Sou radicalmente, contra a discriminação positiva atribuída a
cursos que em nada são superiores a outros.
Sem quaisquer reservas concordo que é "preferível atribuir funções a quem estudou e aprendeu para as desempenhar do que a um naif curioso".
Mas, como você proprio refere, o conhecimento pode obter-se de muitas formas e eu acrescento e em muitas instituições. E a questão do seu mérito não pode dissociar-se da "seriedade e da qualidade" das instituições e do seu corpo docente.
Pergunto:
Nos termos da lei, "os titulares dos cargos dirigentes frequentam um dos cursos ... durante os dois primeiros anos de exercício de funções... Será que a formação que tem sido feita em "duas curtas semans" no INA prepara melhor os seus frequentadores (actuais dirigentes em funções) do que um mestrado com a duração de pelo menos um ano académico e a elaboração e defesa de uma tese perante júri de inquestionável competência?
E quantas vezes as teses não incidem exactamente sobre "áreas específicas" da própria AP com o seu aprofundado estudo e análise e propostas de melhorias?
Será que um dirigente em exercício de funções possuidor de um mestrado (eventualmente até doutoramento) deve ser colocado em pé de igualdade com um (apenas)licenciado?
Quando a tendência é cada vez mais a de olhar o mestrado como uma "opção de carácter profissionalizante" (designadamente no âmbito do Processo de Bolonha) faz sentido que essa formação seja menorizada?
Só temos uma universidade reconhecida que faz formação que é a Universidade Nova de Lisboa, a Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP).
Se cotejarmos o currículo académico desta escola com o currículo de outras universidades públicas e privadas que se meteram também nesta área, é evidente que a ENSP ganha, a anos-luz, em termos curriculares, em carga horária, em exigência de avaliação e de selecção.
Amigo Xico,
Parece-me que este seu último comentário se desvia um pouco da questão que temos vindo a debater. Defacto a questão das nomeações (por escolha ou por concurso - políticas ou por cunha) já passou a segundo plano. A nossa actual discussão tem sido em torno do "privilégio de acesso" dado aos que frequentem o(s) curso(s) do INA a cargos de direcção (Alta ou Intermédia) na AP. E é aqui que o inquérito tenderia para o empate (pelo menos técnico) em minha análise propspectiva.
Permita-me que aproveite (ainda) este momento para partilhar com os colegas a seguinte informação (disponível no "sitio" do INA):
Curso CACEP - 65 horas - 14 temas, logo - 4 horas em média por tema;
Curso FORGEP - 150 horas - 13 temas, logo - 11 horas em média por tema;
Curso CADAP - 430 horas - 24 temas, logo - 18 horas em média por tema;
SAP (seminário) - 50 horas - 6 temas, logo 8 horas em média por tema.
Eu sei que surgem depois as horas de estudo e "de realização de trabalhos" pessoais e de grupo. Mas, sinceramente o digo: penso que isto permite tirar algumas conclusões quanto à comparação que vennho fazendo desta formação com outras.
E não quero com isto significar que estes cursos INA não sejam úteis. O que me parece é que a injustiça dos privilégios a eles associados não resiste aos mais simples princípios de razoabilidade.
E é minha opinião que a comparação que faz com a TAP e outras empresas nada acrescenta em defesa da sua tese. Antes pelo contrário: da leitura de tais comparações podemos até concluir que para ser dirigente na AP (Alta Direcção ou Direcção Intermédia) não são precisos cursos nenhuns (admito que FP tenha formação superior) e então para que "exigir" os cursos do INA aos dirigentes da nossa AP?
Para terminar: onde entra na gestão da TAP a remuneração de FP e dos gestores anteriores? E como explicar, então, que nem todos estejam de acordo com os resultados (divulgados) da TAP e que (de acordo com notícia recente) a TAP em 2005 tenha prejuízos.
Ai meu caro Xico, como me sinto mal quando os nossos políticos são incapazes de reconhecer aos nossos quadros as qualidades que só vêm nos "produtos importados".
PS.: Será que os AH para poderem desempenhar funções dirigentes num Hospital, estão também obrigados a frequentar os cursos do INA?
Há excepções à legislação?
Amigo Xico,
Defacto parece-me que tem razão!
Já há muita confusão entre as duas coisas, a saber: exigência de formação e concessão de privilégio no recrutamento, por um lado; modo de selecção ou de nomeação (concurso, escolha pelo governo), por outro.
Não vale a pena ir mais longe pois acho que Você já não tem paciência para ler os meus comentários sobre o assunto.
E acaba mesmo por comparar o que não é comparável.
Um abraço.
Venha outro tema que o blog está pouco participado.
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