Transparência da Informação
O ministro da saúde, António Correia de Campos, prometeu no parlamento (16.12.05) uma «época de transparência nas contas e resultados da actividade de todas as instituições de saúde, desde o IGIF aos HH SA».
Segundo o JN (n.º 669, 11.01.06), a opacidade no acesso à informação, que CC tanto criticou no tempo de LFP, continua a ser uma panaceia e dá como exemplo o facto do MS não ter ainda divulgado, apesar de várias solicitações, os dado com a evolução da execução financeira do lado dos proveitos (receitas) dos HH SA/EPE, nem fornecido informação sobre vários relatórios efectuados pela DGS (avaliação de equipamentos, resultado de inspecções efectuadas às instalações de entidades privadas da saúde).
Entretanto, o IGIF acaba de publicar a 2.ª versão (corrigida) da Contabilidade Analítica dos Hospitais do SNS do ano 2004. A primeira versão foi publicada em 05 Dez 05.
O que acha o pessoal aqui da SaudeSA sobre a acessibilidade à informação disponibilizada pelo MS ?
5 Comments:
É notória a falta de informação na generalidade dos HH e mais ainda noutros organismos.
No caso dos SA's havia (e ainda está disponível) alguma informação como os relatórios e contas e o conhecido tableau de bord.
O que se constata é que nas páginas de cada hospital na NET a informação é quase inexistente.
Não se conhece informação sobre a actividade de 2005 e em vários casos na página do próprio hospital nem sequer consta o relatório e contas de 2004. Ainda que os mesmos (2003 e 2004) estejam publicados na página da Unidade de Missão.
Mas não existe informação relativa a 2005 e o último tableau de bord é relativo a Junho de 2005!
Ou seja, boa ou má (para alguns manipulada!) ia existindo informação sobre a actividade dos SA's sobretudo acessível na página da Unidade de Missão. O que se constata é o quase desaparecimento desse tipo de informação relativa a 2005.
Sem uma entidade idêntica para os EPE's, pergunto: que informação será disponibilizada no futuro?
Não está disponível, geralmente informação sobre capacidade instalada nos hospitais, recursos humanos, execução orçamental, custos e proveitos, produção, etc.. Informação básica para que se possa conhecer a vida da "empresa". E quando a informação surge com meses de atraso a sua utilidade não pode deixar de ser relativizada.
Estarão os dirigentes verdadeiramente interessados na sua divulgação? E estará o MS interessado?
Ou será preferível, dos seus pontos de vista, "aguardar para ver como é"?!
Mas do que conheço, existe em matéria de "produção" uma grande incapacidade física e organizacional para produzir informação fiável em tempo oportuno, sobretudo registada no velho "SONHO". E parece também que os "donos" do IGIF não desejam muito tornar a informação acessível. Será a tal questão de que "ter informação é ter poder"?
A informação disponível ao pessoal da Saúde é insuficiente, pouco actualizada e pouco fiável.
Veja-se o caso da contabilidade analítica dos HH de 2004 só em 2006 é que foi disponibilizada com um nível de actualização aceitável.
Na verdade de acordo com a actuação actual parece não haver interesse em divulgar informação. pode ser complicado fazê-lo.
Informação da Saúde.
Transparência e qualidade da informação.
O anterior ministro fez uma demonstração eloquente do que é a falta detransparência da Informação.
Grande fã da contabilidade criativa a informação produzida tinha um papel importante de mistificadora da realidade.
Outra coisa é a falta de qualidade da informação: ausência absoluta de, falta de fiabilidade, atraso na sua preparação e divulgação.
Por exemplo a informação sobre os gastos com medicamentos disponível: mercado de genéricos, mercado do SNS, mercado global (medicamentos vendidos nas farmácias oficina), refere-se aindaa Novembro de 2005.
Alguém tem dados actualizados sobre o consumo hospitalar de medicamentos.
Aposto quem nem CC dispõe desta informação suficientemente actualizada:
Ano de 2005:
a) - Gastos globais por hospital
b)- Gastos por grupo farmaco terapêutico e por hospital;
c) - Valor das AUEs por hospital;
d) - Valor dos medicamentos prescritos pelo ambulatório por hospital;
e) - Valor dos gastos com novas substâncias (introdução autorizada em 2005) por hospital;
f) - Valor dos gastos com medicamentos dos regimes especiais de comparticipação;
A colega Clara sabe concerteza o que é Contabilidade. E sabe concerteza o que é Contabilidade criativa.
Mas parece-me estar a misturar coisas que podem ser totalmente diferentes.
A Contabilidad contém Informação mas nem toda a Informação é Contabilidade!
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