Contas da Saúde 2005
A despesa da Saúde referente ao exercício de 2005 deverá totalizar 8.032,7 milhões de euros, representando um aumento de 5,3% relativamente a 2004 (+401,2 milhões de euros).
O crescimento das receitas será de “apenas” 2% (+ 164 milhões de euros).
O défice do exercício do SNS do ano de 2005 deverá ser de -65,3 milhões de euros, ou seja menos 93,7% do que o registado em 2004.
São responsáveis pela diminuição do ritmo da despesa a redução do preço dos medicamentos dispensados nas farmácias oficinas, comparticipados pelo SNS, dos MCDTS (registaram aumentos de 9,4% relativamente a 2004).
A despesa com pessoal (2.318,8 milhões de euros) subiu 6,2% relativamente a 2004.
O Saldo acumulado (-888,2 milhões de euros) regista uma redução de 29,2% relativamente ao ano de 2004.
É caso para dizer, melhor era difícil !
O crescimento das receitas será de “apenas” 2% (+ 164 milhões de euros).
O défice do exercício do SNS do ano de 2005 deverá ser de -65,3 milhões de euros, ou seja menos 93,7% do que o registado em 2004.
São responsáveis pela diminuição do ritmo da despesa a redução do preço dos medicamentos dispensados nas farmácias oficinas, comparticipados pelo SNS, dos MCDTS (registaram aumentos de 9,4% relativamente a 2004).
A despesa com pessoal (2.318,8 milhões de euros) subiu 6,2% relativamente a 2004.
O Saldo acumulado (-888,2 milhões de euros) regista uma redução de 29,2% relativamente ao ano de 2004.
É caso para dizer, melhor era difícil !
3 Comments:
Amigo Xavier,
Olhando para o quadro publicado, não se percebe bem como as conclusões(?) do texto dele se podem retirar!
Se as Receitas aumentam menos que as despesas, como pode o saldo de exercício apresentar melhorias? E como se explica a melhoria do saldo acumulado?
Há no quadro elementos que carecem de esclarecimento (e complemento).
Desde logo me ocorre a seguinte pergunta: estamos a falar de Receitas e Despesas ou de Proveitos e Custos?
Como se pode, com base nos dados inseridos, afirmar que "melhor é difícil"?
E a produção? Como evoluiu?
As receitas do SNS, como sabemos, têm origem sobretudo no OE/Saúde e Subsistemas e se não fizermos a sua análise por fontes de financiamento e e "em equação" com a produção, a análise fica, no mínimo, incompleta.
Já se conhecem todos os dados financeiros do sistema relativos a 2005? Seria milagre se tal se verificasse nesta data!
O tema é mais um dos que nos parece da maior importância e certamente muito haverá ainda para analisarmos.
Um abraço
Os dados são provisórios, fornecidos pelo IGIF e reportam-se à execução financeira do ano de 2005.
Os dados relativamente á Despesa são excelentes pois reflectem um recuo em relação ao crescimento anual ( 2003/2004/05)(o crescimento 03/04 foi de 6,5%) e da estimativa constante do OE/06 (8.117,5 milhões de euros)(pagina 201 do relatório).
Nós aqui na SaudeSA quando o secretário de Estado, Francisco Ramos, decretou aos hospitais uma redução das despesas a meio do exercício (2005) pintamos a manta e tecemos as mais duras críticas relativamente à medida.
Duvidei (duvidamos) da eficácia destas medidas de contenção.
É justo agora que começam a aparecer os primeiros números com indicações extremamente positivas, que façamos justiça e digamos bem. Porque dizer bem, quando se justifica, também é exercer o poder de crítica.
Temos acompanhado a informação da produção. Há crescimento do número de cirurgias, CE e hospital de dia.
Não temos notícia de ter havido quebras graves da qualidade.
Vamos esperar pela confirmação destes números e que o tonitosa, finalmente, não rendido, mas pragmático, reconheça, pelo menos nesta matéria que as contas são claras, positivas, a milhas dos dados de contabilidade criativa do tempo do outro senhor, LFP de seu nome.
Xavier,
Exactamente: PRAGMÁTICO. E rendido se fôsse o caso. E não é!
Rendição pressupõe luta (guerra) e eu não estou, nem nunca estive, contra ninguém e muito menos em guerra. Tenho opções e opiniões divergentes e é isso que tenho assumido no Saude SA.
Como sabemos o SNS é muito mais do que os HH (EPE e SPA) e o que aqui debatemos foi o despacho de FR - redução forçada das despesas em 5%. Ora, sobre as despesas dos HH e do SNS a informação que temos é baseada em dados não definitivos.
(DGO, BI de Janeiro de 2006). E nós bem sabemos que dados fornecidos pelo IGIF nesta fase do campeonato, são muito, mas mesmo muito, provisórios.
Independentemente da leitura que acho que se não pode fazer do Quadro apresentado, os dados parecem incoerentes.
E se focalizarmos a atenção nos HH, então devemos ter atenção ao que diz a DGO:
"Por grandes sectores de actividade parece poder inferir-se uma evolução mais moderada nas despesas associadas aos cuidados primários...quando comparadas com as associadas aos cuidados hospitalares".
E continua a DGO:
"No sector dos cuidados hospitalares, se a despesa com material de consumo clínico parece denotar algum abrandamento, já os produtos farmacêuticos continuam a apresentar um ritmo de despesa elevado, virtualmente idêntico ao verificado no ano anterior".
Esta é a fase em que nos encontramos e por isso, respeitando-a, acho prematura e fruto de "boa-vontade" a afirmação: "melhor era difícil".
Acredite que congratular-me-ei se os resultados do SNS apresentarem uma evolução positiva relativamente ao exercício de 2004, tanto mais que, a evolução, para o bem e para o mal, contou com uma forte participação dos "gestores" nomeados por LFP e com as "virtudes" do modelo SA.
Sinceramente, acho que a afirmação relativa a "contabilidade criativa" no tempo de LFP pode parecer que é usada "à falta de melhores argumentos" e traz à memória dos mais atentos a "rejeição das conclusões" dos estudos feitos à gestão dos SA's, por entidades acima de toda a suspeita, porque frustaram as expectativas dos críticos do modelo.
Um abraço. E qualquer dia vamos "tirar as máscaras"!
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