quarta-feira, março 15

HSM, privatiza

Segundo o JN, n.º 712 (14.03.06), o Conselho de Administração do Hospital de Santa Maria vai avançar com a privatização da gestão de vários serviços, através da sua concessão em regime de Parceria Público Privado (PPP):
«Tudo o que não seja o “core-business” do hospital será alvo de um processo de “contracting out”. "Upgrading" infra-estrutural e tecnológico, recorrendo a uma PPP e ao "contracting" de vários serviços hospitalares: análises clínicas, diagnóstico por imagem, frota automóvel e, em parceria com o SUCH, a logistica, lavandaria e alimentação».
Adalberto Campos Fernandes, presidente do Conselho de Administração do HSM, defendeu numa conferência recentemente organizada pela Associação Portuguesa de Engenharia da Saúde (link), que «em cinco ou seis anos, o aumento do peso do financiamento privado na Saúde seja fortemente incrementado, mesmo que contra isso se estabeleçam contracorrentes psicológicas».
Estávamos longe de imaginar que as experiências pioneiras do Centro Hospitalar do Alto Minho, do tempo do LFP, seriam seguidas uns anos depois pelo HSM mesmo enfrentando "contracorrentes psicológicas".

7 Comments:

Blogger ricardo said...

É caricato ver/ouvir os papagaios de serviço falar em gestonês:
core-business”“contracting out”,"upgrading" infra-estrutural e tecnológico.
Quanto mais se exprimem em gestonês mais competentes pensam que são.
O ACF é que preferiu o "contracorrentes psicológicas" para se referir aos conspiradores com preconceitos de carácter ideológico.
Mais um episódio digno dos MonthY Pythons.

9:08 da manhã  
Blogger helena said...

Os MCDTS, naturalmente, não farão parte do core-business do hospital?

11:13 da manhã  
Blogger tonitosa said...

Ah, Ah, Ah,...
Pois é, gerir não é fácil.
O que não deixa de ser importante e curioso é a parceria com o SUCH.
Na verdade o SUCH não tenm sido um bom exemplo de efcácia e eficiência. Não apresenta preços que se possam considerar competitivos em várias das suas áreas de intervenção.
Entretanto aí temos o HSM com o ALERT já em fase de arranque. Houve concurso público para a aquisição destes serviços? E se fosse no tempo de LFP? Que diria o Tribunal de Contas e a IGS? Não poriam em causa a legalidade dos procedimentos?
Estes procedimentos de contracting out não deixam de ser um "facilitador" para a entrada dos privados nos Serviços de Saúde
o que é caso para perguntar: o que era mau nos SA's é agora bom nos EPE's?
Por este andar cada vez serão menos as oportunidades de emprego para os AH's o que também deve ser preocupante?!

12:34 da tarde  
Blogger Xico do Canto said...

A gestão duma organização consubstancia-se através de decisões e não, necessariamente, no seu anúncio. Não é, em regra, a prática corrente dos gestores dignos desse nome. O segredo é, ainda em regra, a alma do negócio.
Mas é sempre agradável ver ideias novas capazes de renovar organizações emperradas, de as projectar para novos dinamismos mais adequados aos seus stakeholders, criadoras de maior valor acrescentado, propiciadoras de melhor ambiente de trabalho e de produtividade acrescida. Este é, aliás, o desafio com que todos os gestores se deparam, permanentemente, e sem fim à vista.
O HSM, tal como muitos dos nossos HH, está fisicamente degradado, tecnologicamente deficitário, descontinuado, descapitalizado, com os vícios organizacionais e culturais majorados ao nível da sua dimensão. Nem é preciso lá estar para se saber disto.
Alterar este estado de coisas não é tarefa fácil requerendo grande capacidade de gestão e de saberes a quem o quiser, de facto, fazer.
Este anúncio do presidente do CA do HSM é, por isso, de enaltecer. Não vejo, contudo, grande mérito no seu anúncio já que se assemelha bastante à prática dos nossos políticos que se saciam com o anúncio das suas intenções, como se de obra se tratasse. Esta prática não é, aliás, inovadora no HSM. Já antes outros actores fizeram o mesmo papel, com resultados nulos. À equipa do HSM compete demonstrar o são capazes de fazer, fazendo. Vamos torcer para que tenham sucesso.

12:58 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

A gestão duma organização consubstancia-se através de decisões e não, necessariamente, no seu anúncio. Não é, em regra, a prática corrente dos gestores dignos desse nome. O segredo é, ainda em regra, a alma do negócio.
Mas é sempre agradável ver ideias novas capazes de renovar organizações emperradas, de as projectar para novos dinamismos mais adequados aos seus stakeholders, criadoras de maior valor acrescentado, propiciadoras de melhor ambiente de trabalho e de produtividade acrescida. Este é, aliás, o desafio com que todos os gestores se deparam, permanentemente, e sem fim à vista.
O HSM, tal como muitos dos nossos HH, está fisicamente degradado, tecnologicamente deficitário, descontinuado, descapitalizado, com os vícios organizacionais e culturais majorados ao nível da sua dimensão. Nem é preciso lá estar para se saber disto.
Alterar este estado de coisas não é tarefa fácil requerendo grande capacidade de gestão e de saberes a quem o quiser, de facto, fazer.
Este anúncio do presidente do CA do HSM é, por isso, de enaltecer. Não vejo, contudo, grande mérito no seu anúncio já que se assemelha bastante à prática dos nossos políticos que se saciam com o anúncio das suas intenções, como se de obra se tratasse. Esta prática não é, aliás, inovadora no HSM. Já antes outros actores fizeram o mesmo papel, com resultados nulos. À equipa do HSM compete demonstrar o são capazes de fazer, fazendo. Vamos torcer para que tenham sucesso.

1:00 da tarde  
Blogger Peliteiro said...

Isto é uma medida avulsa ou resulta de uma estratégia a ser seguida por outras unidades hospitalares?

Ninguém sabe. Também, talvez, nunca se concretize.

1:37 da tarde  
Blogger Peliteiro said...

Afinal Isabel Santiago nega tudo, aqui:
http://www.correiomanha.pt/noticia.asp?id=194949&idselect=10&idCanal=10&p=94

Ninguém entende nada!...

9:21 da tarde  

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