Hospital de la Ribera
Entrevista de Marina Caldas - Revista Gestão Hospitalar link
Alberto Rosa Torner, director gerente do Hospital de La Ribera e Departamento de Salud 11, em Valência link
GH – Como funciona o pagamento por capitação?
ART – No concurso público que foi feito fixava-se um valor ‘per capita’ que o Governo calculou aproximadamente em 20% mais barato do que lhe custa a gestão dos seus próprios hospitais. O nosso pressuposto é a multiplicação desse valor pelo número de habitantes que existe na comarca. Como temos uns sistemas de informação muito potentes que estão ligados aos sistemas de informação populacionais da própria comunidade valenciana sabemos, todos os dias, quantos habitantes tem a comarca.
GH – Quanto gastam por pessoa?
ART – A nossa capitação, no ano de 2005, foi de 454 euros por habitante. O gasto com os cuidados primários, cuidados continuados e cuidados hospitalares da comunidade valenciana situa-se nos 600 euros, excluindo o gasto farmacêutico em ambulatório, e a nós pagam-nos 454 euros.
GH – E chega?
ART – Sim, sim! Acabámos o ano com lucros de um milhão e 600 mil euros que, dentro do volume total de facturação não são uns lucros muito importantes, mas que nos enchem de satisfação, pois sendo 20% mais baratos que o Estado e tendo feito todos os investimentos e tendo que os amortizar e ainda ter lucros deixa-nos muito satisfeitos.
GH – Em que é que o pagamento por capitação contribui para o sucesso desta sociedade?
ART – Não é a capitação. O importante é que é um modelo que incentiva os gestores a mudar o seu ‘chip’, o modo de pensar, a forma de trabalhar, para nos dedicarmos a curar os pacientes, a cuidar deles. Porque o objectivo último do modelo de capitação é conseguir o melhor estado de saúde dos cidadãos. Esta seria a situação, se ninguém adoecesse, em que a empresa conseguiria os seus melhores resultados económicos.
Todas as unidades de assistência, hospital, centros de saúde, médicos, enfermeiros, auxiliares, administrativos, todos devem trabalhar de um modo eficiente para conseguir que o estado de saúde dos cidadãos seja o melhor. Assim, a capitação permite-nos ser mais eficientes, dar mais qualidade aos serviços e, no final, conseguir um melhor estado saúde.
revista GH n.º 16
O hospital La Ribera iniciou a sua actividade em Janeiro de 1999, sendo o primeiro hospital público de Espanha a ser gerido por um consórcio privado.
É um hospital que utiliza a mais moderna tecnologia, quer ao nível dos equipamentos médicos, quer dos sistemas de informação: TC de última geração, radiologia digitalizada, processo clínico digitalizado, prescrição electrónica unitária.
Todos os Serviços do hospital La Ribera dispõem de página web própria onde divulgam a informação que acham oportuna.
Horários de consultas alargados, cirurgia de ambulatório que permitiu reduzir os tempos de espera e melhorar a qualidade do atendimento cirúrgico, unidade de cuidados (hospitalização) domiciliários, unidades de cuidados de saúde funcionais constituídas por equipas pluridisciplinares.
O hospital La Ribera iniciou a sua actividade em Janeiro de 1999, sendo o primeiro hospital público de Espanha a ser gerido por um consórcio privado.
É um hospital que utiliza a mais moderna tecnologia, quer ao nível dos equipamentos médicos, quer dos sistemas de informação: TC de última geração, radiologia digitalizada, processo clínico digitalizado, prescrição electrónica unitária.
Todos os Serviços do hospital La Ribera dispõem de página web própria onde divulgam a informação que acham oportuna.
Horários de consultas alargados, cirurgia de ambulatório que permitiu reduzir os tempos de espera e melhorar a qualidade do atendimento cirúrgico, unidade de cuidados (hospitalização) domiciliários, unidades de cuidados de saúde funcionais constituídas por equipas pluridisciplinares.
Não faltam vozes críticas em relação a este projecto link
1 Comments:
"Lá", com "Cá", há quem esteja contra a gestão privada de HH por questões ideológicas.
Parece que "Lá" está defacto em falta uma entidade reguladora/fiscalizadora da actividade do H. de la Ribera.
Na verdade, os custos do H.de la Ribera são inferiores em mais de 32%. Falta saber se são os 600 euros que estão exgeradamente altos ou se são efectivamente os 454 euros o suficiente para tratamento/atendimento com qualidade e segurança dos utentes e ainda a obtenção de lucro.
O problema, a meu ver, resolve-se com o recurso a indicadores diversos, nomedamente os relacionados com a Qualidade.
Por isso, não vejo que se devam fechar portas ao modelo adoptado pelos nosso Vizinhos espanhóis.
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