terça-feira, maio 30

Logística Hospitalar

Vale a pena ler e comentar este texto sobre Logistica Hospitalar do Centro de Estudos da EGP, publicado na Revista Gestão Hospitalar n.º 16 link :

Os responsáveis pela gestão da Saúde em Portugal, desde o Ministério, às administrações hospitalares, deveriam olhar cuidadosamente para a área da logística como uma oportunidade de atingir parte dos seus objectivos. Se olharmos à estrutura de custos típica de uma unidade hospitalar percebemos que a segunda classe mais importante é sem dúvida a área de aquisição de bens e serviços (a 1.ª são os custos c/pessoal). Dentro desta, a aquisição de produtos farmacêuticos, material de consumo clínico e de reagentes são geralmente as mais importantes. Paradoxalmente quando olhámos à gestão da cadeia logística destes materiais, desde a sua aquisição ao seu consumo podemos verificar dois aspectos: por um lado o controlo de toda a cadeia é baixo, por outro o nível de serviço prestado é também baixo. Ao contrário do que é normal em termos de gestão, temos uma oportunidade através da reorganização deste sector de não só racionalizar os custos, mas também, melhorar a qualidade do serviço prestado aos utentes e aos clientes internos deste sistema (médicos e enfermeiros).
GH n.º 16

5 Comments:

Blogger tonitosa said...

Li com interesse o comentário do Xico sobre a Central de Compras/SUCH.
A matéria é da maior importância, particularmente para os Hospitais.
No entanto traz-me à memória o que se passa na "vetusta" Central de Compras do Estado" sabendo, por experiência própria, que é possível aos Serviços negociar melhores preços do que os contantes dos acordos celebrados com aquela entidade.
Vá lá saber-se porquê!
Mas sabemos, também por experiência própria que o SUCH é mau negociador.
O SUCH não é, em muitos casos concorrente com empresas que actualmente têm um mercado mais amplo, na medida em que são também fornecedoras de hospitais particulares (a que estão directa ou indirectamente associadas).
E se é para servir de mero intermediário, então só servirá para elevar o preço final.
Além do mais o SUCH tem um pesado processo burocrático de decisão que em nada favorece a sua intervenção. E a sua filosofia de trabalho não se coaduna com o modelo empresarial dos hospitais.
Estou mais de acordo com a ideia de profissionalização dos aprovisionamentos assinalada pelo Xico.
Existe uma outra ideia que é a de "associação" de alguns hospitais (ver caso H. Sta. Maria) para conseguir ganhos de escala nas aquisições. Será uma solução alternativa, mais flexível e onde há participação dos Hospitais associados (através dos seus representantes) na negociação.
Mas não podemos correr o risco de cair na rotina, com os mesmos fornecedores a fornecerem os mesmos produtos, concurso após concurso.

PS: Certamente todos nos lembramos dos milhões que Paulo Portas anunciou para as "poupanças" com a centralização das compras das Forças Armadas. Alguém conhece o estado actual das coisas nessa área?
Não tenho informação mas, palpita-me que...terá sido "chão-que-deu-uvas"!
E o que aconteceu a outras "Centrais de Compras" que foram anunciadas nos últimos anos?

12:06 da manhã  
Blogger tonitosa said...

Caro Xico,
Pelo que percebo, também você acha que o IGIF não tem cumprido cabalmente a sua função em matéria de Logística Hospitalar e diz mesmo "temer pela criação de mais um IGIF e dos seus famigerados concursos centralizados" quando se aborda a centralização de compras no SUCH.
Será que a adjudicação do processo de informatização ALERT vai continuar silenciada aqui no Saúde SA?
Ou será que afinal o processo é exemplar no bom sentido e sou eu que estou a ver mal a situação que descrevi, com base na informação constante do "site" do IGIF?!

12:16 da manhã  
Blogger Xico do Canto said...

Criar uma central de compras hospitalares no SUCH? Como muito bem diz o CHICO é um contra-senso não só por falta de “(…) apetrechamento, quer de meios legais e técnicos quer de profissionais habilitados “ como de inadequação da sua estrutura organizativa, natureza legal, core business e, ainda mais relevante, incapacidade de gestão decorrente da politização na nomeação dos seus gestores na sequência da saída do Prof. Nogueira da Rocha, em 2002.

O Prof. Nogueira da Rocha, administrador hospitalar, tomou conta dos destinos do SUCH nos anos 80, numa altura em que o SUCH estava à beira da falência. Inverteu a situação deficitária deixando-o num conforto financeiro sustentado. Após a sua saída acabaram-se as situações de resultados positivos. O relatório de gestão de 2005 apresenta um défice de cerca de dois milhões e meio de Euros.

A recente nomeada administração é constituída por personalidades ligadas ao poder político. Não se lhes conhecem referências de experiência de gestão de empresas ou de organizações da natureza empresarial do SUCH. Fiéis ao seu patrão político alinham o discurso pela propaganda do MS. Criam prateleiras para os boys que lhes mandam pagando-lhes agradáveis vencimentos que fazem inveja aos técnicos da produção que se sentem mal pagos e ….

3:13 da tarde  
Blogger tonitosa said...

A centralização das Compras não deixará de contar com o contributo do "ALERT", em processo de instalação nos HH, para controlar os consumos e despertar para a necessidade de redução do desperdício.

11:50 da tarde  
Blogger tonitosa said...

Xico do Canto,
Não foi Nogueira da Rocha que foi acusado de má gestão quando foi "despedido" do SUCH?
Alguma vez foi provada essa gestão "descuidada"?
E quem o acusou, foi chamado a justificar a acusação?

11:53 da tarde  

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