Central de Compras
O Semmisericórdia não deixa de ter razão em relação às centrais de compras. Estas são um bom princípio, mas em Portugal o Estado nunca as conseguiu gerir de forma adequada. Por outro lado, é altura de cortar com um modelo que hoje já está ultrapassado e observar o que de melhor se faz nessa área, em particular em alguns sectores privados.
Hoje o grande salto faz-se com o e-procurment. A utilização das novas tecnologias e a assunção pelo Estado de um papel moderador, qualificando e certificando fornecedores que pretendam negociar com entidades públicas, tendo estas autonomia e capacidade para negociar, sabendo de antemão que os potenciais fornecedores se encontram acreditados num organismo central. Esta acreditação tem necessariamente que ser mantida e actualizada permanentemente, sob pena de ser limitado acesso a novos potenciais fornecedores, como acontece com a Central de Compras do Estado, gerida pela Direcção Geral do Património.
O encontro de vários concorrentes e a possibilidade de negociação simultânea aumenta a concorrência, potencia os ganhos de eficiência e a redução dos custos com aquisições e processos burocráticos.
A criação de novas centrais de compras, seguindo o modelo do IGIF, levará, num mercado como o nosso, à redução da concorrência e ao aumento de preços, reduzindo também a importância da função “compra” nos HH, ao invés de motivar a aposta nesta área e a consequente especialização dos profissionais.
Quando se procura modelos de gestão mais flexíveis para os HH, é um contra-senso limitar a capacidade destes nas aquisições, ao invés de se apostar na criação de melhores ferramentas de aprovisionamento.
Hoje o grande salto faz-se com o e-procurment. A utilização das novas tecnologias e a assunção pelo Estado de um papel moderador, qualificando e certificando fornecedores que pretendam negociar com entidades públicas, tendo estas autonomia e capacidade para negociar, sabendo de antemão que os potenciais fornecedores se encontram acreditados num organismo central. Esta acreditação tem necessariamente que ser mantida e actualizada permanentemente, sob pena de ser limitado acesso a novos potenciais fornecedores, como acontece com a Central de Compras do Estado, gerida pela Direcção Geral do Património.
O encontro de vários concorrentes e a possibilidade de negociação simultânea aumenta a concorrência, potencia os ganhos de eficiência e a redução dos custos com aquisições e processos burocráticos.
A criação de novas centrais de compras, seguindo o modelo do IGIF, levará, num mercado como o nosso, à redução da concorrência e ao aumento de preços, reduzindo também a importância da função “compra” nos HH, ao invés de motivar a aposta nesta área e a consequente especialização dos profissionais.
Quando se procura modelos de gestão mais flexíveis para os HH, é um contra-senso limitar a capacidade destes nas aquisições, ao invés de se apostar na criação de melhores ferramentas de aprovisionamento.
xico
1 Comments:
Meus caros,
E-procurement, Centrais de compras, etc. e tais não são mais do que palavras. Este tipo de discussão são mesmo típicas deste nosso país. Os objectivos do procurement são exactamente os mesmos das centrais de compras. Lá porque a palavra agora é usada em congressos não faz do processo em si uma novidade fantástica.
Como no entanto estamos em Portugal e na admnistração pública, não me admira que se crie uma central de compras e depois um departamento de procurement. Cada um com sede própria, directores gerais, assesores e afins.
Os problemas que são suscitados com as centrais de compras não têm nada que ver com a sua existência, mas sim com os processos como as mesmas irão desenvolver o seu trabalho. Se a central de compras for devidamente desenhada para redução de custos e aumento da eficiência dos hospitais, com a inerente redução de custos a nível local, funcionará bem e atingirá os seus objectivos. Se for criada apenas porque um ministro mandou e há que mostrar bons resultados, não tenham dúvidas que alguém há-de martelar os números para que se diga que é uma maravilha, enquanto todos os profissionais envolvidos se vão rir desse tipo de comentários.
Para quando a verdadeira competência na administração pública?
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