Nova Entrevista
Após gozo de merecidas férias, CC apresentou-se retemperado, com “fome de bola”, quer dizer, irrequieto como sempre.
Em Agosto, quando a maioria dos portugueses está de férias, a agenda mais aliviada, altura impar para imprimir cunho pessoal e dirigir o relançamento do marketing político para o final do ano que se avizinha.
No seu campo predilecto, a comunicação social, CC deu mais uma entrevista ao Jornal Público (n.º 5978, 09.08.06) “Situação do SNS é preocupante mas não é insolúvel”. link
CC volta aos pontos cruciais da sua política: rigor orçamental, sustentabilidade do SNS - à espera do relatório da comissão encarregada do estudo, admitindo à partida um vasto pacote de medidas que vão desde a privatização de serviços até à criação de um seguro obrigatório de saúde, passando por um sistema de co-pagamentos. Tudo serve, desde que o SNS morra da cura. Não podemos é deixá-lo morrer de morte natural, porque fica caro - controlo do desperdício, gastos com medicamentos, corte das horas extraordinárias, reforma dos CSP e encerramento dos SAP e transporte de doentes (135 milhões de euros, tudo incluído).
Em trinta e cinco perguntas (ou intervenções das jornalistas) nenhuma pergunta de fundo sobre o estado da gestão dos Hospitais do SNS. Fala-se cada vez menos dos hospitais. Será isto prenúncio do fim do hospitalo-centrismo ?
Entrevista bem conduzida, profissionais bem preparados, mas a causar poucas dificuldades ao entrevistado. Não é fácil. Mas é preciso.
Gostei de alguns pontos, em especial da matéria sobre o elevado nível de prescrição de medicamentos:
JP – E questões como o elevado nível de prescrição de medicamentos?
CC - Também estamos a actuar aí. Vamos criar em todas as regiões comissões regionais de utilização racional dos medicamentos.
JP – Mas já existe uma comissão nacional. E só fez duas recomendações (antibióticos e benzodiazepinas)…
CC – Está bem. Mas foram duas recomendações importantes e úteis.
JP – Estas comissões regionais vão fazer o quê?
CC - Vão olhar para esse fenómeno da prescrição eventualmente excessiva. Há muita prescrição que só aparentemente é excessiva. É preciso saber distinguir bem. E isso só pode ser feito pelos próprios (profissionais). Nós não vamos colocar os médicos na praça pública. O meu papel não e punir ninguém, é informar. É poupar na mecha para gastar no petróleo.
Em Agosto, quando a maioria dos portugueses está de férias, a agenda mais aliviada, altura impar para imprimir cunho pessoal e dirigir o relançamento do marketing político para o final do ano que se avizinha.
No seu campo predilecto, a comunicação social, CC deu mais uma entrevista ao Jornal Público (n.º 5978, 09.08.06) “Situação do SNS é preocupante mas não é insolúvel”. link
CC volta aos pontos cruciais da sua política: rigor orçamental, sustentabilidade do SNS - à espera do relatório da comissão encarregada do estudo, admitindo à partida um vasto pacote de medidas que vão desde a privatização de serviços até à criação de um seguro obrigatório de saúde, passando por um sistema de co-pagamentos. Tudo serve, desde que o SNS morra da cura. Não podemos é deixá-lo morrer de morte natural, porque fica caro - controlo do desperdício, gastos com medicamentos, corte das horas extraordinárias, reforma dos CSP e encerramento dos SAP e transporte de doentes (135 milhões de euros, tudo incluído).
Em trinta e cinco perguntas (ou intervenções das jornalistas) nenhuma pergunta de fundo sobre o estado da gestão dos Hospitais do SNS. Fala-se cada vez menos dos hospitais. Será isto prenúncio do fim do hospitalo-centrismo ?
Entrevista bem conduzida, profissionais bem preparados, mas a causar poucas dificuldades ao entrevistado. Não é fácil. Mas é preciso.
Gostei de alguns pontos, em especial da matéria sobre o elevado nível de prescrição de medicamentos:
JP – E questões como o elevado nível de prescrição de medicamentos?
CC - Também estamos a actuar aí. Vamos criar em todas as regiões comissões regionais de utilização racional dos medicamentos.
JP – Mas já existe uma comissão nacional. E só fez duas recomendações (antibióticos e benzodiazepinas)…
CC – Está bem. Mas foram duas recomendações importantes e úteis.
JP – Estas comissões regionais vão fazer o quê?
CC - Vão olhar para esse fenómeno da prescrição eventualmente excessiva. Há muita prescrição que só aparentemente é excessiva. É preciso saber distinguir bem. E isso só pode ser feito pelos próprios (profissionais). Nós não vamos colocar os médicos na praça pública. O meu papel não e punir ninguém, é informar. É poupar na mecha para gastar no petróleo.
Mais comissões? Para olharem esse fenómeno da prescrição? (ironia de CC). Medida em meu entender escusada, destinada apenas a empatar tempo e dinheiro.
Não vamos colocar os médicos na praça pública - certíssimo.
O meu papel não é punir ninguèm é informar - propósito digno de nota mas destinado a ser derrotado pela Indústria. Vale a pena tentar.
Poupar na mecha... - Senhor ministro, veja lá se, com a mecha, derrama o petróleo.
Nota: O Portal da Saúde não colocou "on line" as duas últimas entrevistas de CC. Questões de critério? Mudança de estratégia? Pessoal de férias?
Acontece que não tenho acesso ao serviço "on line" do JP por achar que é muito caro (passou de 20 para 50 euros). Resultado, gastei quase duas horas a passar o texto do Público (0,85 euros). Tenho que rever a decisão... quando o acesso de todos os diários matutinos for pago.
6 Comments:
Caro Xavier
Já preparou as perguntas para o CC ?
Vamos ter oportunidade de uma vista prévia ?
O que se põe são muitos outros problemas, como o do carácter público-privado dos subsistemas. Muitos países europeus enveredaram por uma privatização progressiva, ou mercantilização progressiva do seu sistema de saúde e muitos deles estão a regressar…
CC, entrevista JP
CC a propor uma viagem de ida e volta.
Tentativa de desdramatizar a decisão tomada sobre a privatização do SNS.
Depois das férias vamos ter o primeiro grande embate com os médicos por causa das horas extraordinárias.
Será que CC tem cabedal para aguentar estas frentes todas?
Será que para CC esta não vai ser a mãe de todas as batalhas ?
CC com extrema paciência volta a explicar as medidas prioritárias que tem em execução.
De tanto matraquear as mesmas análises, com apuramento progressivo de exposição e clareza, CC pretende influênciar o subconsciente dos portugueses sobre a bondade das suas decisões.
Agradeço a informação.
um abraço
O Jornal Público já passou por melhores dias.
Sangria de excelentes jornalistas, deriva à direita, casmurrices do JMF.
O acesso pago também não veio ajudar nada.
Resultado: aí temos o Diário de Notícias rejuvenescido.
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