segunda-feira, agosto 7

DE a favor de CC

O colega Ricardo transcreve no seu comentário a "interpretação" que Mário Batista (MB) faz no Diário Económico (DE) das declarações dos (seus) entrevistados.link
Ora, salvo melhor opinião, parece-me forçada aquela interpretação (com excepção de MD, sem surpresa!) e um tanto fora do próprio título e subtítulo da notícia, a saber:
Parceiros da Saúde Dividem-se Sobre Medicamentos - Há uma divisão sobre a bondade da suspensão da compra de novos fármacos.

Talvez por coisas como esta, CC, no artigo hoje publicado no DE
link considere que a crítica de André Macedo "surpreende face à linha editorial do jornal, sendo difícil reconhecer no texto pensamento anterior do seu autor". E diz ainda CC: "Subitamente, o prestigiado e reformista DE converteu-se no paladino do despesismo “à conta do Estado".
É assim.
Tal como fez com o Relatório da Primavera do OPSS, CC veio criticar (e é um seu direito) uma opinião que lhe é desfavorável.
Mas mais do que criticar a opinião do autor da crítica, saiu a criticar o próprio DE.

Que dirá CC da interpretação de Mário Batista? E de muitas outras notícias e artigos do mesmo DE que, sistematicamente, têm surgido em seu apoio ?
tonitosa

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2 Comments:

Blogger ricardo said...

As coisas até parecem bater certo.
Como já foi aqui dito, a centralização da decisão agrada à Indústria.

Indústria farmacêutica quer que seja o Estado e não os hospitais individualmente a definir a quantidade e o preço dos novos medicamentos.

Mário Baptista

A Associação Portuguesa da Indústria Farmacêutica (Apifarma) defende que a escolha dos medicamentos inovadores a serem comprados pelos hospitais deve obedecer a um contrato-programa em vez de ser definida individualmente pelos hospitais.
Em declarações ao Diário Económico, o presidente desta associação diz que é essencial “a definição de um contrato-programa entre as empresas e o Instituto Nacional da Farmácia e do Medicamento - Infarmed, que defina a quantidade e o preço a que estas novas moléculas devem entrar nos hospitais”.

DE, 07.06.06

1:27 da tarde  
Blogger MBA said...

Só para esclarecer dois ou três pontos que ressaltam da leitura dos posts e dos comentários:

1. O ministro da Saúde, ao contrário do que diz o guidobaldo, não "conseguiu, uma vez mais, por um jornal a noticiar". A notícia dos medicamentos nos hospitais não teve origem no Ministério da Saúde.

2. Logo, ao contrário do que diz o joaopedro, o ministro não "faz anunciar através do DE essa radical medida" (de cortar medicamentos novos nos hospitais).

3. O facto de os editoriais traduzirem, geralmente, uma opinião favorável da actuação deste ministro, não faz com que o jornalista que assina os textos esteja ao dispor do Governo para "fazer anunciar" nem "pôr um jornal a noticiar". No entanto, convém lembrar que um jornal vive de notícias.

4.A parte importante do comentário do joaopedro (descontando os impropérios irrelevantes) têm a ver com a falência do modelo social europeu. Mas já que está contra tudo e todos, pergunto-lhe: que medidas propõe para controlar a despesa mantendo a qualidade do atendimento e tratamento, aumentar a eficiência dos hospitais e, ao mesmo tempo, combater os lóbis que legitimamente (ou não fosssem empresas privadas cujo objectivo primordial é o lucro) têm interesses na Saúde? Talvez possamos, com a sua resposta, passar a discutir o essencial.

Mário Baptista

11:12 da manhã  

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