Nova Frente
O programa 'Opinião Pública' debateu hoje (10.08.06) o fim da obrigatoriedade de os médicos fazerem horas extraordinárias nas urgências.
A recente revogação do decreto-lei 92/2001, que estabelecia o pagamento das horas extraordinárias cumpridas nas urgências pela tabela máxima de 42 horas faz com que o pagamento das horas extraordinárias do pessoal médico passe a ser efectuado de acordo com a categoria de cada profissional.
CC tem em preparação a reorganização profunda da rede de urgência, prevendo três níveis de serviços: urgência básica, urgência médico-cirúrgica e urgência polivalente, o que vai implicar a requalificação profunda dos serviços existentes. Esta reforma tendo por objectivo uma melhor distribuição dos recursos vai permitir a redução drástica do recurso ao trabalho extraordinário do pessoal médico.
Pese embora a justeza desta medida é de esperar forte contestação do pessoal médico que vê, assim, reduzido, significativamente, o seu rendimento, dos hospitais cujos serviços de urgência sejam despromovidos, bem como dos inevitáveis autarcas dos concelhos que sofrerem cortes de oferta.
Em relação ao programa "OP" das inúmeras intervenções ressaltou a falta de informação da maioria dos telespectadores, o que justifica a preocupação do ministro relativamente a esta matéria.
Além dos cidadãos que demonstraram não perceber minimamente do que se estava a discutir, a maioria dos argumentos avançados de cariz emocional revelavam a existência de más experiências anteriores em relação ao atendimento do SNS.
Entre os que demonstraram ter tido acesso à informação e ser capazes de discutir o tema, a maioria das intervenções foi de critica politico ideológico, reacção à mudança e antipatia ao ministro.
Do inquérito realizado entre os telespectadores do programa, com base na pergunta: "concorda com o fim da obrigatoriedade de os médicos fazerem horas extraordinárias”, o resultado foi o seguinte: 45% a favor; 55% contra.
A recente revogação do decreto-lei 92/2001, que estabelecia o pagamento das horas extraordinárias cumpridas nas urgências pela tabela máxima de 42 horas faz com que o pagamento das horas extraordinárias do pessoal médico passe a ser efectuado de acordo com a categoria de cada profissional.
CC tem em preparação a reorganização profunda da rede de urgência, prevendo três níveis de serviços: urgência básica, urgência médico-cirúrgica e urgência polivalente, o que vai implicar a requalificação profunda dos serviços existentes. Esta reforma tendo por objectivo uma melhor distribuição dos recursos vai permitir a redução drástica do recurso ao trabalho extraordinário do pessoal médico.
Pese embora a justeza desta medida é de esperar forte contestação do pessoal médico que vê, assim, reduzido, significativamente, o seu rendimento, dos hospitais cujos serviços de urgência sejam despromovidos, bem como dos inevitáveis autarcas dos concelhos que sofrerem cortes de oferta.
Em relação ao programa "OP" das inúmeras intervenções ressaltou a falta de informação da maioria dos telespectadores, o que justifica a preocupação do ministro relativamente a esta matéria.
Além dos cidadãos que demonstraram não perceber minimamente do que se estava a discutir, a maioria dos argumentos avançados de cariz emocional revelavam a existência de más experiências anteriores em relação ao atendimento do SNS.
Entre os que demonstraram ter tido acesso à informação e ser capazes de discutir o tema, a maioria das intervenções foi de critica politico ideológico, reacção à mudança e antipatia ao ministro.
Do inquérito realizado entre os telespectadores do programa, com base na pergunta: "concorda com o fim da obrigatoriedade de os médicos fazerem horas extraordinárias”, o resultado foi o seguinte: 45% a favor; 55% contra.
Isto, depois das férias, promete.
6 Comments:
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
Urgências a mais, mal dimensionadas em função da procura, mal equipadas, má utilização de recursos, parece haver de tudo um pouco.
É positivo que CC racionalize este tipo de oferta de cuidados, com base num plano bem gizado.
Redimensionar, fechar, concentrar serviços requer meios de financiamento, um plano e estratégia.
Já vimos que em relação às maternidades a intervenção foi precipitada.
Agora a tarefa é mais complexa, extensa e o confronto com um conjunto de interesses bem mais difícil.
A alteração do sistema de remuneração dos médicos das urgências era prioritário. Não fazia sentido que a hora de trabalho extraordinário fosse paga pela tabela mais alta, quer se tratasse de um elemento sem qualquer grau de profissionalização, quer se tratasse do elemento mais graduado.
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
1 . os médicos das urgências não vêm os doentes antes do tempo máximo atribuído pelas cores da triagem de Manchester. Provavelmente para castigar quem lá vai em vez de ir ao centro de Saúde.
2 . o ministro da saúde disse há uns dias atrás que, se fosse necessário, não ia ao Centro de Saúde mas à urgência hospitalar. Isto deve ter enfurecido os ditos médicos.
3 . o ministro da saúde diz que há médicos a mais nas urgências (às tantas é só numa...)
4 . o ministro da saúde pretende diminuir os gastos em horas extraordinárias.
5 . o ministro da saúde vai alterar a lei de modo a que as horas extraordinárias deixem de ser obrigatórias. (são obrigatórias no máximo 12, mas em certas urgências, mesmo sem ser nas férias, e para que o serviço funcione normalmente é preciso fazer 48)
6 . isto significa baixar para metade o actual rendimento dos médicos hospitalares.
7 . E eles só ganham, em média, 80 a 100 mil euros/ano.
8 . O Ministério espera poupar 20 milhões de euros por não pagar horas extra pela tabela mais elevada.
9 . O administrador Manuel Delgado considera que os médicos, sem as horas extra, são mal pagos.
10 . Segundo o Ministério da Saúde, cada hora extraordinária feita num Serviço de Urgência e paga ao médico custa ao Estado 100 euros.
11 . Os médicos deverão passar a ser remunerados consoante o número de actos clínicos que praticam, cirurgias que fazem, doentes que vêem.
12 . Os médicos fazem horas a mais porque alguém faz mal as escalas, porque há profissionais a menos ou porque estão mal distribuídos.
13 . É o número do azar.
14 . Se esta fôr uma medida de desgaste para conseguir o pagamento em função do trabalho feito o ministro tem de se preparar para uma longa maratona.
15 . Afinal os médicos têm em mãos o mais poderoso dos trunfos: a vida.
16 . Afinal quem vai padecer é que padece e, por tal, recorre às urgências.
17 . E entretanto as administrações continuam a esbanjar em viaturas de luxo...
18 . E a não explicar ao sr ministro que um medicamento caro pode (se fôr o caso) ficar mais barato do que aquele que aparentemente o é.
19 . Haja transparência, haja lucidez: o doente não tem culpa, não pode ser mais penalizado. Ele está na "mó de baixo" como sempre esteve.
20 . Haja saúde porque a doença está pela rua da morte.
Agradeço o esclarecimento ao Alerta.
A exclusividade é o critério base de remuneração dos médicos da urgência.
Naturalmente haverá outros.
Por exemplo:
Dois médicos em regime de não exclusividade um com graduação e outro sem graduação, como se lhes paga as horas extraordinárias efectudas no serviço de urgência?
Um abraço.
Agradeço ao Alerta a correcção.
Em breve voltaremos a esta matéria.
Um abraço.
Enviar um comentário
<< Home