sábado, novembro 4

Mercenários


Sobre a falta de médicos do quadro do SNS para prestarem SU, bom… CC ateou o fogo sem se aperceber de que a “floresta estava a secar” e agora pretende apagá-lo à custa de diplomas legais que “ilegalmente” controlem a actividade privada empresarial já que lhe estão a faltar os meios usualmente utilizados para apagar fogos florestais – a água, a viaturas terrestres e aéreas e acima de tudo os bombeiros sapadores. link

É que os contratos que se propõe impedir são realizados entre os CA que CC nomeou e entidades privadas empresariais. Estas empresas são contratadas pelos CA para assegurar o atendimento de urgência numa determinada especialidade, com um determinado número de médicos e com os médicos que elas próprias dispõe nos seus "quadros". Assumindo as empresas a responsabilidade laboral e profissional sobre o trabalho por eles praticado (não têm assim que prestar contas ao MS se é o médico A ou B).
Como poderá então CC impedir que o médico que não está em regime de exclusividade, seja "assalariado" duma empresa e esta realize um contrato com os CA de Hospitais EPE? Os juristas que me esclareçam…
J.F.

14 Comments:

Blogger Clara said...

PALHAÇADAS!

Sabendo da grave carência de pessoal médico o ministro da saúde decidiu tomar medidas, nesta altura do campeonato, que precipitaram o precário equilibrio da oferta de determinadas especialidades médicas.

Agora face ao agravar da situação e do impasse nas negociações conduzidas pela senhora pignatelli (haja Deus!) , o ministro da saúde vem para os jornais , como de costume, fazer espalhafato com a história dos mercenários, tentando lançar-nos areia para os ollhos e conquistar pontos junto da opinião pública.

Tenha decoro, senhor ministro!
Basta de manipulações mediáticas.
Governe de forma séria.
Tente resolver os problemas.
Olhe que se faz tarde.

12:37 da tarde  
Blogger Carago said...

Mais do que isso...já começa a haver médicos, e não só os com mais de 50 e/ou de 55 anos, hospitalares e dos centros de saúde, que estão a reaprender as coisas boas da vida( estar com a familia e os amigos à noite, gozar um fim de semana, ter tempo para ler, ir ao cinema, passear). Não só porque lhes reduziram o vencimento mas porque estão fartos de serem desconsiderados e apelidados de mercenários e outras coisas que tais. E deixaram de dar qualquer réstea de credibilidade a este ministro e a este governo. E isso é praticamente irreversível...

1:50 da tarde  
Blogger Peliteiro said...

Se até a idade mínima para a reforma foi alterada - 65 anos -, como se justifica que um médico não faça urgências após os 50 anos?

3:08 da tarde  
Blogger tonitosa said...

Se os Hospitais (SPA e EPE) são órgão da administração indirecta do Estado sob tutela e suprintendência do MS, se o MS pode proibir os CA de adquirir medicamentos e outras coisas, não vejo porque razão, neste caso, há-de eleger os médicos como alvo das suas investidas.
Só tem que proibir os CA's de contratar serviços a empresas, a prestar por agentes que sejam, simultâneamente, trabalhadores com vínculo à Adminsitração Pública.
É só isso e nada mais.
O resto, mercenários e outras coisas que tais, são autêntica fuga para a frente de quem "sabe que mais tarde ou mais cedo vai ter que reconhecer o erro que cometeu.
Querem ver que qualquer dia JS e CC decretam a requisição civil dos médicos!
CC sabe que apelidando os médicos de mercenários coloca a opinião pública e os cidadãos menos informados contra esses profissionais. E é nisso que sempre tem apostado, manifestando clara falta de seriedade política.

4:43 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Completamente de acordo aten-tejano.

6:05 da tarde  
Blogger Peliteiro said...

Caro Alerta, dirigindo-se a mim pede «recato» e diz que «a ignorância por vezes é muito atrevida».

Ora, não me parece que no Saúde SA haja temas tabus que mereçam esse tal recato. A pergunta que fiz pareceu-me pertinente no contexto dos comentários em curso e parece-me que merece ser debatida.

Quanto à minha suposta ignorância sobre o tema, se acompanha este blogue saberá que não é meu hábito comentar assuntos que não domino. Por outro lado, posso dizer-lhe que trabalhei anos em hospitais públicos onde integrei equipas de urgências, como analista clínico, durante horas e horas, semanas e semanas sem uma única folga; também como farmacêutico de oficina fiz imensos turnos de 36 horas ininterruptas. Saberei portanto, minimamente, do que falo.

E o colega Alerta, sabe do que fala?

1:27 da tarde  
Blogger naoseiquenome usar said...

"Ao que o DN apurou, esta situação está já a ser alvo de uma auditoria por parte da Inspecção-Geral da Saúde, com o objectivo de perceber de que forma os hospitais fazem contratação externa de serviços na área dos recursos humanos.E, admitindo que a qualidade dos cuidados prestados aos utentes não está garantida, o ministério prepara-se para estabelecer regras mais apertadas para a contratação, através de um contrato-modelo a ser preparado pela Secretaria-Geral da Saúde."

3:17 da tarde  
Blogger edelweiss said...

Eu já não posso ouvir (neste caso, ler) a expressão «falta de médicos» em Portugal!
Será que ainda ninguém se convenceu que isso é um mito alimentado pelos media?
Claro que nenhum médico se oferece para fazer urgências longas e duras, muitas de 24h, pagos miseravelmente a 5euros/hora, como muitas vezes ocorre em certos hospitais!

Sugiro a leitura de um post que eu publiquei sobre um estudo comparativo do racio de médicos em Portugal e na Europa:

Falta de médicos em Portugal: mito ou realidade?
http://ordemparanaoreanimar.blogspot.com/

4:18 da tarde  
Blogger tonitosa said...

É espantosa a tendência que algumas pessoas têm para considerar que estão acima de tudo e de todos. Para considerarem que o seu trabalho é mais importante do que o do outro.
Será que o trabalho de laboratório de análises clínicas não é tão importante para o doente como o do médico? E será que o trabalho do motorista de ambulância, embora menos complexo, não é tão importante como o do clínico?
Imaginemos, só por mero exemplo, que o motorista que transporta ou vai recolher um doente que caaba se sofrer um AVC é lento na marcha ou não faz uma condução segura. Por exemplo, não evita uma travagem brusca. Será que isto não é importante para o doente?
Ora bolas, deixem-se lá destas pqquenas coisas.
Um abraço ao M.S. Peliteiro porque nos habituou a excelentes intervenções neste espaço.

2:19 da manhã  
Blogger Peliteiro said...

Sabe Pires, por norma os mais ignorantes são os mais arrogantes.

O Pires nem percebeu o que eu queria dizer. Não faz mal, disparates ditos por um médico do 25 de Abril, especialista da farinha Amparo não me afectam, envergonham, isso sim, a sua própria classe.

2:48 da tarde  
Blogger Peliteiro said...

Caro Alerta, todavia continuo a julgar que a minha pergunta - era só uma pergunta, formulada não por um ignorante atrevido, mas por alguém que conhece bem a realidade das urgências hospitalares e do trabalho em regime intensivo - é pertinente e que merece, no mínimo, discussão.

E tanto é que "cá fora" os médicos fazem urgências muito para além dos 50 anos. O exercício da medicina, na privada é diferente na pública?

2:49 da tarde  
Blogger Peliteiro said...

Amigo Tonitosa, muito obrigado pelo elogio. Sabe bem, especialmente vindo de uma "Estrela" do Saúde SA.

2:50 da tarde  
Blogger Peliteiro said...

Obrigado então pelo seu contributo Caro Alerta.
Eu fui pouco claro com as 12 horas nocturnas e com a idade da reforma geral.
Adiante.

11:48 da tarde  
Blogger Peliteiro said...

Ó Pires, ó homem, vocessemcê troca tudo, não percebe nada, mistura alhos com bogalhos e não acrescenta coisa alguma às discussões.

O que se discutia aqui é se os médicos devem ou não podem fazer urgências depois dos 50 anos. Eu respondi a um colega que fiz muitas urgências e muitas noites portanto tal não era um assunto em que eu não pudesse opinar com propriedade pois conhecia bem o trabalho dos médicos e sabia o que representava trabalhar horas e horas seguidas.

O Pires baralhou tudo e não disse nada.

Relaxe, ninguém aqui tem nada contra os médicos, a não ser quando eles são ignorantes e arrogantes, como parece ser o seu caso.

Mude de canal e, já que se considera de uma casta superior, brinde-nos com os seus brilhantes comentários, esclareça-nos, dê-nos luz, indique-nos o caminho, salve-nos... Ou cale-se!

12:05 da manhã  

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