Mercenários
Sobre a falta de médicos do quadro do SNS para prestarem SU, bom… CC ateou o fogo sem se aperceber de que a “floresta estava a secar” e agora pretende apagá-lo à custa de diplomas legais que “ilegalmente” controlem a actividade privada empresarial já que lhe estão a faltar os meios usualmente utilizados para apagar fogos florestais – a água, a viaturas terrestres e aéreas e acima de tudo os bombeiros sapadores. link
É que os contratos que se propõe impedir são realizados entre os CA que CC nomeou e entidades privadas empresariais. Estas empresas são contratadas pelos CA para assegurar o atendimento de urgência numa determinada especialidade, com um determinado número de médicos e com os médicos que elas próprias dispõe nos seus "quadros". Assumindo as empresas a responsabilidade laboral e profissional sobre o trabalho por eles praticado (não têm assim que prestar contas ao MS se é o médico A ou B).
Como poderá então CC impedir que o médico que não está em regime de exclusividade, seja "assalariado" duma empresa e esta realize um contrato com os CA de Hospitais EPE? Os juristas que me esclareçam…
É que os contratos que se propõe impedir são realizados entre os CA que CC nomeou e entidades privadas empresariais. Estas empresas são contratadas pelos CA para assegurar o atendimento de urgência numa determinada especialidade, com um determinado número de médicos e com os médicos que elas próprias dispõe nos seus "quadros". Assumindo as empresas a responsabilidade laboral e profissional sobre o trabalho por eles praticado (não têm assim que prestar contas ao MS se é o médico A ou B).
Como poderá então CC impedir que o médico que não está em regime de exclusividade, seja "assalariado" duma empresa e esta realize um contrato com os CA de Hospitais EPE? Os juristas que me esclareçam…
J.F.
14 Comments:
PALHAÇADAS!
Sabendo da grave carência de pessoal médico o ministro da saúde decidiu tomar medidas, nesta altura do campeonato, que precipitaram o precário equilibrio da oferta de determinadas especialidades médicas.
Agora face ao agravar da situação e do impasse nas negociações conduzidas pela senhora pignatelli (haja Deus!) , o ministro da saúde vem para os jornais , como de costume, fazer espalhafato com a história dos mercenários, tentando lançar-nos areia para os ollhos e conquistar pontos junto da opinião pública.
Tenha decoro, senhor ministro!
Basta de manipulações mediáticas.
Governe de forma séria.
Tente resolver os problemas.
Olhe que se faz tarde.
Mais do que isso...já começa a haver médicos, e não só os com mais de 50 e/ou de 55 anos, hospitalares e dos centros de saúde, que estão a reaprender as coisas boas da vida( estar com a familia e os amigos à noite, gozar um fim de semana, ter tempo para ler, ir ao cinema, passear). Não só porque lhes reduziram o vencimento mas porque estão fartos de serem desconsiderados e apelidados de mercenários e outras coisas que tais. E deixaram de dar qualquer réstea de credibilidade a este ministro e a este governo. E isso é praticamente irreversível...
Se até a idade mínima para a reforma foi alterada - 65 anos -, como se justifica que um médico não faça urgências após os 50 anos?
Se os Hospitais (SPA e EPE) são órgão da administração indirecta do Estado sob tutela e suprintendência do MS, se o MS pode proibir os CA de adquirir medicamentos e outras coisas, não vejo porque razão, neste caso, há-de eleger os médicos como alvo das suas investidas.
Só tem que proibir os CA's de contratar serviços a empresas, a prestar por agentes que sejam, simultâneamente, trabalhadores com vínculo à Adminsitração Pública.
É só isso e nada mais.
O resto, mercenários e outras coisas que tais, são autêntica fuga para a frente de quem "sabe que mais tarde ou mais cedo vai ter que reconhecer o erro que cometeu.
Querem ver que qualquer dia JS e CC decretam a requisição civil dos médicos!
CC sabe que apelidando os médicos de mercenários coloca a opinião pública e os cidadãos menos informados contra esses profissionais. E é nisso que sempre tem apostado, manifestando clara falta de seriedade política.
Completamente de acordo aten-tejano.
Caro Alerta, dirigindo-se a mim pede «recato» e diz que «a ignorância por vezes é muito atrevida».
Ora, não me parece que no Saúde SA haja temas tabus que mereçam esse tal recato. A pergunta que fiz pareceu-me pertinente no contexto dos comentários em curso e parece-me que merece ser debatida.
Quanto à minha suposta ignorância sobre o tema, se acompanha este blogue saberá que não é meu hábito comentar assuntos que não domino. Por outro lado, posso dizer-lhe que trabalhei anos em hospitais públicos onde integrei equipas de urgências, como analista clínico, durante horas e horas, semanas e semanas sem uma única folga; também como farmacêutico de oficina fiz imensos turnos de 36 horas ininterruptas. Saberei portanto, minimamente, do que falo.
E o colega Alerta, sabe do que fala?
"Ao que o DN apurou, esta situação está já a ser alvo de uma auditoria por parte da Inspecção-Geral da Saúde, com o objectivo de perceber de que forma os hospitais fazem contratação externa de serviços na área dos recursos humanos.E, admitindo que a qualidade dos cuidados prestados aos utentes não está garantida, o ministério prepara-se para estabelecer regras mais apertadas para a contratação, através de um contrato-modelo a ser preparado pela Secretaria-Geral da Saúde."
Eu já não posso ouvir (neste caso, ler) a expressão «falta de médicos» em Portugal!
Será que ainda ninguém se convenceu que isso é um mito alimentado pelos media?
Claro que nenhum médico se oferece para fazer urgências longas e duras, muitas de 24h, pagos miseravelmente a 5euros/hora, como muitas vezes ocorre em certos hospitais!
Sugiro a leitura de um post que eu publiquei sobre um estudo comparativo do racio de médicos em Portugal e na Europa:
Falta de médicos em Portugal: mito ou realidade?
http://ordemparanaoreanimar.blogspot.com/
É espantosa a tendência que algumas pessoas têm para considerar que estão acima de tudo e de todos. Para considerarem que o seu trabalho é mais importante do que o do outro.
Será que o trabalho de laboratório de análises clínicas não é tão importante para o doente como o do médico? E será que o trabalho do motorista de ambulância, embora menos complexo, não é tão importante como o do clínico?
Imaginemos, só por mero exemplo, que o motorista que transporta ou vai recolher um doente que caaba se sofrer um AVC é lento na marcha ou não faz uma condução segura. Por exemplo, não evita uma travagem brusca. Será que isto não é importante para o doente?
Ora bolas, deixem-se lá destas pqquenas coisas.
Um abraço ao M.S. Peliteiro porque nos habituou a excelentes intervenções neste espaço.
Sabe Pires, por norma os mais ignorantes são os mais arrogantes.
O Pires nem percebeu o que eu queria dizer. Não faz mal, disparates ditos por um médico do 25 de Abril, especialista da farinha Amparo não me afectam, envergonham, isso sim, a sua própria classe.
Caro Alerta, todavia continuo a julgar que a minha pergunta - era só uma pergunta, formulada não por um ignorante atrevido, mas por alguém que conhece bem a realidade das urgências hospitalares e do trabalho em regime intensivo - é pertinente e que merece, no mínimo, discussão.
E tanto é que "cá fora" os médicos fazem urgências muito para além dos 50 anos. O exercício da medicina, na privada é diferente na pública?
Amigo Tonitosa, muito obrigado pelo elogio. Sabe bem, especialmente vindo de uma "Estrela" do Saúde SA.
Obrigado então pelo seu contributo Caro Alerta.
Eu fui pouco claro com as 12 horas nocturnas e com a idade da reforma geral.
Adiante.
Ó Pires, ó homem, vocessemcê troca tudo, não percebe nada, mistura alhos com bogalhos e não acrescenta coisa alguma às discussões.
O que se discutia aqui é se os médicos devem ou não podem fazer urgências depois dos 50 anos. Eu respondi a um colega que fiz muitas urgências e muitas noites portanto tal não era um assunto em que eu não pudesse opinar com propriedade pois conhecia bem o trabalho dos médicos e sabia o que representava trabalhar horas e horas seguidas.
O Pires baralhou tudo e não disse nada.
Relaxe, ninguém aqui tem nada contra os médicos, a não ser quando eles são ignorantes e arrogantes, como parece ser o seu caso.
Mude de canal e, já que se considera de uma casta superior, brinde-nos com os seus brilhantes comentários, esclareça-nos, dê-nos luz, indique-nos o caminho, salve-nos... Ou cale-se!
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