HH com défice elevado
NOTA: Começámos por ideias de recursos para passarmos a seguir às questões de Organização e Gestão dos HH (depois Pessoas e Qualidade). Talvez seja oportuno agora apresentar uma ideia para “Dar a volta” a hospitais com défice elevado. Pretende-se resolver problemas de Instituições mas também que a solução beneficie outros HH do SNS – resolver o défice e ter maior eficiência no hospital + melhorar a “fasquia” para efeito de comparação de resultados de HH + exemplo de “boas práticas” de gestão (para outros HH) + eliminar a “contribuição” para o défice do SNS.
IDEIA: Dar a volta” a HH com défice elevado (melhorar a eficiência do hospital, reduzir o défice do SNS).
O QUÊ: O défice do SNS compõe-se de muitas situações, a maioria com pouco significado (<> 70%). Estes “casos” requerem, pela sua importância, actuação especial que congregue uma bateria de acções (soluções) e diversas entidades (intervenções).
ONDE: Nos hospitais que apresentam um défice simultaneamente elevado (% da sua receita) e significativo para o SNS (% do défice global).
COMO: É essencial garantir 3 requisitos: equipe de gestão credível, coesa e determinada a aplicar ... estratégia partilhada com o hospital e ... acordada com o MS, que as apoia fortemente. A liderança interna, clínica e de gestão, é o elemento mais importante dentro de actuação planeada e coordenada com o MS. Resumimos de seguida o essencial das intervenções necessárias.
a)- Actuação interna:
i) a nova equipe de gestão (CA, gestores e responsáveis de Serviços) deve começar por mostrar a situação com transparência: pontos negativos e positivos; serviços e actividades que mais contribuem para o défice (via despesa, falta de produtividade ou qualidade); tipo de custos/despesas em causa;
ii) com a colaboração de todo o hospital identificar a “situação desejada” (visão) e traçar uma estratégia que permita “dar a volta” à situação actual (1 a 2 anos) a caminho daquela visão;
iii) especificar aquela estratégia (programas, objectivos e orçamentos; atribuir novos poderes e responsabilidades; mudar sistemas de gestão em conformidade);
iv) mudar a estrutura (CRIs) associando a decisão clínica (ex. prescrição) à responsabilidade (ex. custos e resultados derivados da prescrição);
v) mudar recursos (ex. investimento, dispensar pessoal excedentário ou transferir para o SNS) e a sua afectação às actividades (ex. aumentar ambulatório programado ou hospital ao domicílio, diminuir internamento inapropriado);
vi) lançar projectos para reduzir desperdício e melhorar qualidade;
b)- Actuação externa:
i) MS nomeia equipe de gestão qualificada assinando um verdadeiro “contrato de mudança” com a equipe e o hospital, dando tempo para a solução (acordada e definida nos objectivos);
ii) financiar por resultados (regras comuns ao SNS) sem prejuízo de margem temporária que viabilize a mudança;
iii) disponibilizar peritos (consultores, auditores) e um representante directo no hospital para facilitar a mudança;
iv) difundir informação essencial (“boas práticas” clínicas e de gestão; informação para comparação com Unidades semelhantes);
v) facilitar saídas e transferências de pessoal;
vi) acompanhar a evolução do contrato e publicitar os resultados (garantir transparência no projecto);
vii) controlar, reconhecer/recompensar o sucesso (substituir equipe de gestão, no
insucesso).
QUEM: Actuação interna (equipe de gestão, líderes, profissionais) e externa (MS, ARS, outras entidades).
QUANTO: A inexistência de informação actualizada torna difícil a quantificação. Admitimos que os hospitais com défices significativos (<10%> 70% do valor) atinjam, no conjunto, 25 milhões de contos – a solução de 40% dos “casos” daria 10 milhões/ano ($$$$) (além de benefícios indirectos).
EFEITOS INDESEJADOS/PERIGOS :
i) problemas com políticos e partidários da “gestão” política (dialogar e evitar conflitos, dar mais ou aguardar “momento adequado” para decidir – sempre mais tarde ou no próximo mandato...);
ii) possibilidade de miopia de gestão (apenas objectivos quantitativos e financeiros, eliminar o défice como único objectivo).
GRAU de DIFICULDADE: alta, 4 ♠♠♠♠
IDEIA: Dar a volta” a HH com défice elevado (melhorar a eficiência do hospital, reduzir o défice do SNS).
O QUÊ: O défice do SNS compõe-se de muitas situações, a maioria com pouco significado (<> 70%). Estes “casos” requerem, pela sua importância, actuação especial que congregue uma bateria de acções (soluções) e diversas entidades (intervenções).
ONDE: Nos hospitais que apresentam um défice simultaneamente elevado (% da sua receita) e significativo para o SNS (% do défice global).
COMO: É essencial garantir 3 requisitos: equipe de gestão credível, coesa e determinada a aplicar ... estratégia partilhada com o hospital e ... acordada com o MS, que as apoia fortemente. A liderança interna, clínica e de gestão, é o elemento mais importante dentro de actuação planeada e coordenada com o MS. Resumimos de seguida o essencial das intervenções necessárias.
a)- Actuação interna:
i) a nova equipe de gestão (CA, gestores e responsáveis de Serviços) deve começar por mostrar a situação com transparência: pontos negativos e positivos; serviços e actividades que mais contribuem para o défice (via despesa, falta de produtividade ou qualidade); tipo de custos/despesas em causa;
ii) com a colaboração de todo o hospital identificar a “situação desejada” (visão) e traçar uma estratégia que permita “dar a volta” à situação actual (1 a 2 anos) a caminho daquela visão;
iii) especificar aquela estratégia (programas, objectivos e orçamentos; atribuir novos poderes e responsabilidades; mudar sistemas de gestão em conformidade);
iv) mudar a estrutura (CRIs) associando a decisão clínica (ex. prescrição) à responsabilidade (ex. custos e resultados derivados da prescrição);
v) mudar recursos (ex. investimento, dispensar pessoal excedentário ou transferir para o SNS) e a sua afectação às actividades (ex. aumentar ambulatório programado ou hospital ao domicílio, diminuir internamento inapropriado);
vi) lançar projectos para reduzir desperdício e melhorar qualidade;
b)- Actuação externa:
i) MS nomeia equipe de gestão qualificada assinando um verdadeiro “contrato de mudança” com a equipe e o hospital, dando tempo para a solução (acordada e definida nos objectivos);
ii) financiar por resultados (regras comuns ao SNS) sem prejuízo de margem temporária que viabilize a mudança;
iii) disponibilizar peritos (consultores, auditores) e um representante directo no hospital para facilitar a mudança;
iv) difundir informação essencial (“boas práticas” clínicas e de gestão; informação para comparação com Unidades semelhantes);
v) facilitar saídas e transferências de pessoal;
vi) acompanhar a evolução do contrato e publicitar os resultados (garantir transparência no projecto);
vii) controlar, reconhecer/recompensar o sucesso (substituir equipe de gestão, no
insucesso).
QUEM: Actuação interna (equipe de gestão, líderes, profissionais) e externa (MS, ARS, outras entidades).
QUANTO: A inexistência de informação actualizada torna difícil a quantificação. Admitimos que os hospitais com défices significativos (<10%> 70% do valor) atinjam, no conjunto, 25 milhões de contos – a solução de 40% dos “casos” daria 10 milhões/ano ($$$$) (além de benefícios indirectos).
EFEITOS INDESEJADOS/PERIGOS :
i) problemas com políticos e partidários da “gestão” política (dialogar e evitar conflitos, dar mais ou aguardar “momento adequado” para decidir – sempre mais tarde ou no próximo mandato...);
ii) possibilidade de miopia de gestão (apenas objectivos quantitativos e financeiros, eliminar o défice como único objectivo).
GRAU de DIFICULDADE: alta, 4 ♠♠♠♠
semmisericórdia
1 Comments:
A intenção é boa. O objectivo é possível, e desejável, de alcançar. A dificuldade é muito maior que a apontada.
Uma coisa é certa. Na generalidade dos HH há recursos muito mal utilizados susceptíveis de, através da melhoria da sua gestão, poderem ser optimizados. A competência técnica da equipa é, para isso, fundamental. Lamentavelmente não é essa a primeira preocupação da entidade que assume o papel de dono da empresa e recruta os gestores. Quantos gestores de HH não têm qualquer formação em gestão?
Outra condicionante para o sucesso da proposta emana do grau de intervenção que os poderes centrais do MS têm na gestão corrente dos HH que conflitua e minimiza os graus de liberdade de actuação dos gestores que queiram conduzir a organização na senda da eficiência.
Por fim, como corolário deste enquadramento, a pobreza ou por vezes ausência de plameamento, quer estratégico, quer operacional, também fruto da inexitência dum ambiente propício à negociação levam a que este estado de coisas se vá perpetuando. Lamentavelmente.
Logo, o grau de dificuldade rebenta com a escala.
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