domingo, janeiro 28

National Performance

Quantos mortos por erro médico? link
- É ver, assiduamente, a TVI às 08 PM. E depois fazer o "annual accounts"!
E por infecções hospitalares?
- Desde que o ministro deu aquela palestra sobre a lavagem das mãos, caíram em flecha. A "sindrome de Pilatos"!
E por infecções adquiridas em transfusões?
- Desde Leonor Beleza que isso não existe!
E qual é o nosso tempo de espera na urgência?
- desde que chegou o protocolo de Manchester não há tempos - só cartões... com cores para todos os gostos!
E como vai o SIGIC?
- Vai bem. Tem aumentado o TE mas os cirurgiões e as unidades cirúrgicas funcionais, já estão controladas. Agora é só apelar à paciência dos pacientes!

Como se vê, não ficamos envergonhados.
Estamos divertidos!
É-Pá

7 Comments:

Blogger naoseiquenome usar said...

Vamos lá, ao menos, distinguir, entre erro médico e negligência médica, sim?

Frequentemente, o conceito de negligência é veiculado sem destrinça da externalidade, ou confundindo-se com o erro.
A negligência médica é frequentemente confundida com o erro médico, sendo que este acontece, por ex., quando perante um determinado doente, seus sinais e sintomas, sua história clínica, o médico, embora diligente, chega a um diagnóstico, que posteriormente, se veio a revelar errado, ou em que a terapia instituída pode falhar, podendo daí advirem, igualmente consequências nefastas. Há também quem lhe chame “erro honesto”. Estamos no âmbito de desacertos entre o conhecimento e acção e não na violação do dever objectivo de cuidado, não correspondendo, neste caso, ao desvalor do resultado um desvalor da acção.

Quanto ao lavar as mão9s é bom que se recorde que as mãos ocuparão uma percentagem superior a metade dos casos de transmissão.

Quanto às infecções transmitidas em transfusões, desafio-os a fazer o levantamento.

Quanto ao tempo de espera na urgência e o SIGIC, devolve-se a questão a cada um dos CA's dos respectivos hospitais.

3:05 da manhã  
Blogger e-pá! said...

Xavier:

as irreverentes (só isso!) respostas às questões levantadas por "tonitosa", significam, exactamente, a minha percepção do problema que foi trazido à colação: a não existência de informação fiável! Ou se existem a sua não disponibilidade!

Isso é que merecia destaque.

9:00 da tarde  
Blogger J.F said...

Sobre o erro médico,que como NSQNU bem destrinça da “neglicência”, difícil a sua contabilização em virtude de vários factores desde a subvalorização diagnóstica da causa de morte(quando “conhecida”) à sua caracterização médico-legal (quase sempre distante da clínica) quando ao óbito o erro conduziu, passando pela ausência de relacionamento entre os diagnósticos de alta, os registos clínicos e a sua codificação em GDHs quando a morbilidade ou a mortalidade (com causa conhecida) sobreveio.
Mas possível e necessário ser quantificado.

O mesmo se poderá dizer em relação á mortalidade e morbilidade por infecção nosocomial embora neste aspecto, com a actuação das CCI Hospitalares algo se tenha alterado por forma a que dados mais fiáveis possam ser apurados (projecto Helix).

Ai as infecções por transfusões… só quando houver novos surtos ou queixas já que estudo prospectivo, esse não existe.Que faz o ex.INS?

O SIGIC tem os dados sim, mas só os revela anualmente e muito secretamente… Porquê?

Tempos de espera no SU:
Dados retirados de relatório do IQIP a que 12 HH portugueses aderiram, referentes a 12 meses de actividade (Outubro de 2005 a Setembro de 2006)
Abandono do SU:
Em 12 Hospitais Portugueses:
1.371.822 registos em SU – 21355 abandonos sem completar o tratamento (1,55%)
Em cerca de 300 HH dos EUA, Europa e Ásia :
11.609.076 registos em SU – 267.545 abandonos (2,30%)

Em 8 Hospitais Portugueses
Tempo de espera no SU até à sua resolução (alta, internamento, transferência):
< 2horas - +- 53% - 53%
2-4 horas - +- 25% - 27%
4-6 horas - +- 11% - 10%
> 6 horas - +- 11%- 10%
Valores muito idênticos a estes os encontrados nos cerca de 300 HH dos EUA, Europa e Ásia.
Mas onde estão os outros HH públicos?
Trabalho de análise a ser realizado com a nova rede nacional de SU a funcionar, só que não vai ter termo de comparação...

10:57 da tarde  
Blogger J.F said...

Caro Ferros Curtos
Não fui, de facto, muito explícito no que se refere à ocorrência dum óbito.

Como penso que deve saber, quando ele ocorre e a causa da morte é conhecida, no certificado de óbito a causa como tal é mencionada.

Se é desconhecida, como “indeterminada” deve ser mencionada ,ficando ao arbítrio, que não do médico assistente, o seu esclarecimento (o mesmo quando é mencionado “doença desconhecida”).

Na primeira situação a causa da morte, particularmente na presença de várias patologias associadas, é quase sempre atribuída à que “subjectivamente” mais probabilidade tem de a ela ter conduzido ou porque os sinais e sintomas major e os MCD realizados com grande probabilidade o “indique”. Pode assim esconder (inconscientemente) uma outra, essa sim devida (ou não) a erro médico (subvalorização diagnóstica).
Falo do pouco rigor científico do acto diagnóstico do óbito, quantas vezes só apoiado na evidência.

Na segunda situação que responda quem ao diagnóstico da causa de morte chega através da autópsia ou quem a dispensa de ser realizada.

1:13 da manhã  
Blogger naoseiquenome usar said...

Ferros Curtos/J.F:

:)
parece-me que ninguém aqui está a falar da verificação do óbito, que efectivamente qualquer comum mortal pode fazer, nem no certificado de óbito, onde normalmente se encontram elencadas as causas de morte, mas das autópsias clínicas ou médico-legais e dos seus achados.
Não é pouco vulgar depararmo-nos com resultados de "autópsia em branco", ou com achados que nada contribuem para o efectivo esclarecimento da causa de morte.

4:37 da tarde  
Blogger J.F said...

Não costumo alimentar comentários inúteis e ressabiados.
Para meio "bestunto" meia palavra basta.

5:48 da tarde  
Blogger paulinho das feiras said...

Infecções hospitalares??
Então e a urgência nova do Hospital de Gaia onde as torneiras são as velhinhas de abrir e fechar com a mão?? Então os srs eng. das construções hospitalares não sabem que as torneiras devem ser de célula fotoeléctrica ou de pedal?? Mas se calhar, embora incompetentes, estes são dos que picam o dedo, perdão o ponto...

12:56 da manhã  

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