CC e a Ordem dos Médicos
Ao aidenós os meus parabéns pela forma clara, simples e concisa com que expôs as assimetrias da distribuição do pessoal médico.link
A posição da ordem dos médicos, na vertente transcrita "estratégia de responsabilizar os médicos pelos erros das medidas políticas que têm vindo a ser tomadas" resulta dum trunfo que CC, no seu estilo precipitado e verbalmente descuidado, lhes deu. Já antes se tinha queixado da complexa legislação laboral médica, dando a entender da existência de quota parte de responsabilidade médica. A reacção da Ordem não se fez esperar e no mesmo estilo. Saiu a perder, tal como agora.
Parece-me incorrecto este tipo de insinuações contra a ordem dos médicos como se ela fosse a responsável directa destas situações. É que a sua quota de responsabilidade, quando existe, emana da incompetência dos titulares dos cargos políticos que, aquando das decisões, em regra avulsas e desprovidas de qualquer enquadramento estratégico, que cedem de mão beijada às pressões de lobby exercidas pela ordem, por sindicatos e quantas vezes por médicos aparentemente desligados das suas organizações de classe.
Uma certa luta de fundo, orientada por uma estratégia de sobrevivência e luta legítima por melhores condições de vida que se verifica em qualquer organização de classe, resulta, no MS, em resultados que lhes são favoráveis graças à inépcia dos nossos políticos. É, por isso, compreensível o tom de contra ataque da Ordem às insinuações de CC quando atira as culpas para os outros.
A única acusação que pode ser assacada à Ordem é de que nunca se mostraram indignados com tais assimetrias nem tomaram qualquer iniciativa para as corrigir.
A CC, que tem as rédeas do poder, como já no passado as teve, em vez de se queixar e distribuir a sua responsabilidade pelos outros arregace as mangas e tome as decisões que se impõem e que são da sua, e só sua, inteira responsabilidade e dever fazer.
A posição da ordem dos médicos, na vertente transcrita "estratégia de responsabilizar os médicos pelos erros das medidas políticas que têm vindo a ser tomadas" resulta dum trunfo que CC, no seu estilo precipitado e verbalmente descuidado, lhes deu. Já antes se tinha queixado da complexa legislação laboral médica, dando a entender da existência de quota parte de responsabilidade médica. A reacção da Ordem não se fez esperar e no mesmo estilo. Saiu a perder, tal como agora.
Parece-me incorrecto este tipo de insinuações contra a ordem dos médicos como se ela fosse a responsável directa destas situações. É que a sua quota de responsabilidade, quando existe, emana da incompetência dos titulares dos cargos políticos que, aquando das decisões, em regra avulsas e desprovidas de qualquer enquadramento estratégico, que cedem de mão beijada às pressões de lobby exercidas pela ordem, por sindicatos e quantas vezes por médicos aparentemente desligados das suas organizações de classe.
Uma certa luta de fundo, orientada por uma estratégia de sobrevivência e luta legítima por melhores condições de vida que se verifica em qualquer organização de classe, resulta, no MS, em resultados que lhes são favoráveis graças à inépcia dos nossos políticos. É, por isso, compreensível o tom de contra ataque da Ordem às insinuações de CC quando atira as culpas para os outros.
A única acusação que pode ser assacada à Ordem é de que nunca se mostraram indignados com tais assimetrias nem tomaram qualquer iniciativa para as corrigir.
A CC, que tem as rédeas do poder, como já no passado as teve, em vez de se queixar e distribuir a sua responsabilidade pelos outros arregace as mangas e tome as decisões que se impõem e que são da sua, e só sua, inteira responsabilidade e dever fazer.
xicodocanto
7 Comments:
CC é o campeão das escaramuças do "beat and run" como aqui já foi referido.
Conduz a luta de improviso (assim parece)com muita emoção e pouco tino.
É excelente na provocação. Cita de largo de perto e de frente.
Perde na pega de caras ou de cernelha, no arreganho da luta. Perde quase sempre com adversários mais avisados. Mais serenos e determinados. Mas volta sempre. Com os mesmos erros.
O ministro da Saúde compraz-se, realiza-se nestas provocações. Tudo o que vem a seguir é enfadonho: pequenos avanços, grandes recuos, acordos apressados, definição de novas prioridades, novas provocações.
Podemos resumir a acção do ministro da seguinte forma: muita parra pouca uva, muito "show off" poucas realizações, como convém à realização fundamental desta política: a privatização do nosso sistema de saúde: hospitais, centros de saúde, INEM, transporte de doentes, farmácias hospitalares, sistemas de informação, gestão dos hospitais, cobertura de saúde através de seguros voluntários e obrigatórios.
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
CC tem levado baile do João Cordeiro.
Agora é o bastonário da OM, Pedro Nunes, que, como todos nós sabemos, não é nenhuma iluminária, o driblador de serviço.
Fintas curtos por todas as faixas do terreno, com subidas perigosas à grande área do ministro, num pressing alto a todo o campo de fazer inveja ao Zé Mourinho.
Os bancos das duas equipas são também muito desiguais, com o JMS (zona centro) e o Leão (zona norte), exímios jogadores de fino recorte técnico e pendor ofensivo , a dequilibrarem frequentemente o jogo adversário, constitindo mais um factor importante que nos leva a vaticinar um desfecho do prélio muito desigual.
Peço, antecipadamente desculpa.
A frase d'o público de hoje é esta:
"Os tempos de antena - será que os partidos têm consciência disso? - só já servem para inspirar piadas do Gato Fedorento."
João Morgado Fernandes, Diário de Notícias, 26-01-2007
Apetece dizer o mesmo, sobre este chover no molhado acerca de questões para que todos contribuímos tanto no passado como na actualidade e, queremos, no entanto imputar a um determinado governante de um determinado governo!
Insisto que os incentivos para fixação de médicos à periferia, se encontram legislados, há quase 10 anos!
Correia de Campos foi meu professor. Dos melhores que já tive.
É quanto a mim, sem qualquer dúvida, a maior estrela da economia da Saúde do nosso país.
CC tem uma longa e brilhante carreira ao serviço da causa pública.
CC enfrenta hoje enormes desafios e adversários poderosos num país pobre, acanhado, onde a competitividade é , usualmente, confundida com a inveja.
CC é inteligente, corajoso, criativo, com o poder que uma maioria lhe delegou, mas vulnerável face aos poderosos interesses que enfrenta.
CC não está acima de críticas. A crítica fundamentada, construtiva é um direito e um dever dos cidadãos nas sociedades democráticas.
CC merece todo o nosso respeito. Todo o nosso apoio. Mesmo quando discordamos profundamente das decisões que toma.
Não podemos, por isso, concordar com algumas críticas que aqui têm sido feitas, porque desprovidas de conteúdo, tendo apenas por único objectivo achincalhar o ministro da saúde.
Vamos continuar a apoiar, à nossa maneira, o ministro da saúde. Criticando tudo que entendermos que merece ser criticado. Com humor e irreverência que o engenho nos permitir.
Quando concluirmos que o nosso trabalho aqui na sudesa não tem qualquer utilidade, fechamos a loja.
Quero apenas dizer que a nova (ou o novo?! :)) )bloguer, é tramada, permitindo até, comentários anónimos em blogs que o não permitem!
Bom, quero assinar o comentário anterior.
naoseiquenome usar (NSQNU)auxip
Atoardas leva-as o vento.
A insinuação não merece qualquer comentário.
Poderei dizer no entanto, a propósito, que a minha ambição é desmedida, tão desmedida que nenhum ministro da saúde pode fazer algo por ela.
Tento todos os dias "libertar-me da lei da morte", lendo, estudando, escrevendo, reescrevendo, corrigindo, melhorando sempre.
That´s all!
Quanto a CC, o que acontece, é que quanto mais vejo o que se passa à sua volta, mais acredito que o homem tem razão. Talvez CC não ganhe. Talvez saia a perder. Não é isso que está em causa, mas sim a nossa incapacidade de avançar, vencer os limites da nossa mesquinhez tacanha .
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