Inovação em Saúde (II)
(...) Do ponto de vista da ‘health management’, verificamos nos SNS europeus que o conceito de planeamento da produção continua a ser secundário. O investimento em tecnologias da informação continua a situar-se abaixo dos 2% (muito abaixo de outro sectores). A formação dos profissionais de Saúde, sobretudo os médicos, continua a ser exclusivamente orientada para a decisão individual e para uma interpretação de autonomia profissional que parece ignorar o facto de que um médico não trabalha em contexto de total autonomia funcional. Estes factos dificultam o potencial do trabalho em equipa apoiado no enorme potencial das actuais tecnologias de informação.(...) link
paulo kuteev moreira, DE 01.03.07
7 Comments:
É um artigo muito interessante. Introduz-nos na questão de que as inovações na tecnologia têm um potencial que está sub-aproveitado pelos SNS (ou seja, pelos profissionais de saúde que os constituem) que, no fundo, resistem a mudar a forma como trabalham. É um tema muito actual pois, no fundo, é a questão subjacente em Portugal, por exemplo, à reorganização das Urgências e encerramento de algumas Maternidades. Não foi este autor que ousou falar na experiência num país em que se promove o parto natural e o parto em casa? Essa é de facto um exemplo de uma solução no melhor interesse do cidadão e da mulher. Mas exige uma nova organização dos serviços apoiados em tecnologias e equipas multidisciplinares. O extracto que escolheram para o blogue refere-se a uma questão muito importante relacionada com o paradigma da formação médica. Mais à frente no texto do autor está uma referência muito estimulante em relação à formação das enfermeiras.
È pena que o blogue esteja tão interessado apenas na polémica e na intriga. Este é um dos assuntos mais sérios que vi os editores do blogue introduziram nos últimos tempos. Mas parece que passou ao lado. É o país que temos.
També gostei dos dois artigos da série que ainda estão no arquivo do Diário Económico online. Este Paulo Kuteev Moreira parece ser um homem com ideias próprias, actualizadas e sustentadas em experiência prática e conhecimento do que se passa para lá deste projecto de país. Não me parece estar ligado a nenhuma facção de nenhum partido e as ideias que expõe não agradam, por vezes, aos que estão nos partidos (PS e PSD) pois são independentes e não estão em sintonia com os acordos de cavalheiros assinados entre os lobbies da saúde e os deputados à Assembleia da Rep. Mas são ideias que agradam às pessoas sérias: médicos, enfermeiros e administradores hospitalares conhecedores da realidade e isentos das tricas políticas e interesses sombrios, sabem que esta é uma das únicas vozes conhecedoras e isentas do sector em Portugal.
Do artigo, que o blogue realçou e muito bem (dou os meus parabéns ao editor deste blgue), notei que o PKM, como lhe vi chamarem aqui, está envolvido num projecto de investigação europeu que não inclui Portugal. Enfim, é um talento que está cá em Portugal mas é como se já não estivesse.
Concordo com o bininho 'é o país que temos'. Mas será que não podemos mudar? E mudar não significaria incluirmos pessoas como este homem na modernização do nosso SNS?
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
Caros amigos,
Qualquer pessoa, por mais desprevenida, conclui, após a leitura deste tipo de artigos, que não passam de exercícios de revisão de leitura do senhor PKM, e que pouco ou nada contêm de reflexão pessoal.
Fraquinhos, muitos fraquinhos para quem manda botar no final do artigo com pompa e circunstância, a seguinte Nota:
O autor participa, durante 2007, num programa europeu de observação da relação entre inovação e políticas de Saúde em oito estados da União Europeia (não inclui Portugal).
Presunção (cagança) e água benta, cada um …
Este comentário foi removido pelo autor.
A Clara deve ser uma pessoa tão gira.
Então diga-nos e explique-nos porque é que o artigo é fraquinho. Ou melhor, o que provavelmente quer dizer é que as questões que o PKM propõe para debate são fraquinhas. É isso que quer dizer Clara? Então discutirmos a razão porque a adopção da inovação nos SNS é mais lenta que em outros sectores no que diz respeito à necessária inovação organizacional do SNS não é importante (se é que entendi bem o artigo do PKM)? Então o que é que o país anda a discutir com a 'reconfiguração' das urgências? É ou não verdade que, por exemplo, as tecnologias associadas à telemedicina poderiam já ser uma base para a reconfiguração das urgências sem problemas?
E "exercícios de revisão de leitura" não é o que todos os artigos com carácter de proposta para debate deveriam ser? Aliás PKM até indica pelo menos um dos artigos que recomenda para lermos. É uma postura de honestidade intelectual, não acha? Como diz o eclipse 'são ideias sustentadas'. Toda a reflexão pessoal de um pensador sério é sustentada em evidência. Mas as opiniões balofas são, provavelmente, as preferidas da Clara.
A Clara faz-me lembrar aquela tia de Cascais protagonizada pelo Herman José. Tão gira.
A nota, que deve ser do editor do DE, de que PKM está a participar num programa europeu é de interesse para o leitor. O que a Clara deve ter é inveja. Escreva a Clara textos menos fraquinhos. Ficávamos todos a ganhar e até podia assim substituir o PKM, que parece ser o seu sonho.
Com comentários como seu, Clara, pensamos para os nossos botões: para que é que o PKM perde tempo a dar pérolas a... porquinhas...
Discutir a inovação na Saúde é muito importante para este país. Concordo com o bininho quando relaciona o texto de PKM com as urgências. Algo que PKM não quis fazer ele próprio no texto. Mas para bom entendedor meia palavra basta.
Acima de tudo a reconfiguração dos SU é uma inovação organizacional que poderia ser muito menos dificil e arriscada se o potencial das tecnologias da saúde fosse utilizado devidamente e em toda o sua capacidade. Os médicos e alguns administradodres hospitalares mais sérios, sabem bem do que estamos a falar. Será tarde demais?
Vejos os textos do PKM no DE (julgo que publica mais coisas em outros sitios) como contributos ao debate e discussão. Um propósito que consegue atingir. Não São textos académicos, embora o tique académico de querer sustentar tudo o que diz com estudos e ideias internacionais esteja lá o que dificulta a utilização do pouco espaço que tem no DE e, por vezes, empastela os textos. Deve ser defeito de rigor. Talvez passe com o tempo.
A troca de mimos entre a clara e o laginha é engraçada. Parece um debate entre a visão consevadora de quem não quer gente nova a ter influência na saúde (a Clara) e a visão renovadora de quem quer forçar a mudança através das ideias de um pensador que viveu muito tempo fora do país (talvez tempo demais). Vamos ver se encontramos um meio termo.
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