Ideias feitas sobre a interioridade (2)
A preocupação com a saúde e o bem-estar da população que vive no interior, ou nas ilhas, só fica bem a qualquer cidadão, muito mais aos políticos. A comunicação social, os representantes da população (autarquias) e dos profissionais de saúde, os partidos políticos e o próprio Ministro da Saúde têm-na evidenciado.
Saúde primeiro…
O artigo publicado por CC no JN Ideias feitas sobre a interioridade é um excelente artigo pela informação quantitativa que permite desmistificar acusações de abandono ou menor dotação de recursos em cuidados primários que, por desconhecimento, têm sido publicadas.
A equidade de acesso á saúde, pilar que caracteriza insofismavelmente um SNS, deve medir-se por indicadores de recursos, de utilização e de resultados.
Recursos
Ficou claro que há mais médicos de família no interior que no litoral (considerado) e tal não é de estranhar: decréscimo de população do interior com manutenção dos MF, face a acréscimo populacional no litoral sem crescimento suficiente. Acrescento que o nº de SAP por mil habitantes é também maior no interior do país. Portanto não é por falta de MF que o interior tem problemas de saúde (cuidados primários).
Utilização
Não basta haver recursos é necessário que sejam acessíveis (não haver barreiras, por ex. de custo), estejam disponíveis (ex. horário de funcionamento e sua adequação) e que sejam produtivos (ex. nº actos/habitante). O artigo de CC mostra que o nº avultado de SAP/ mil habitantes (ver quadro) tem fraca utilização no período da noite (Bragança) e que a % de consultas efectuadas nos SAP é muito elevada (26%) – ainda assim não se apresentou informação sobre o nº total de consultas (utilização total).
Podemos concluir que Bragança tem, relativamente ao Continente, mais SAP e camas de internamento no CA, bem como mais consultas por habitante. Tem também % de atendimentos não programados 57% superior á média do Continente. Não há iniquidade de acesso a consultas mas verifica-se menor eficiência (tem mais MF por habitante…) e desequilíbrio na distribuição consultas programadas/não programadas. Daqui resulta menor actividade que a possível, menor qualidade e maior custo – o ajustamento da situação é necessário.Saúde primeiro…
O artigo publicado por CC no JN Ideias feitas sobre a interioridade é um excelente artigo pela informação quantitativa que permite desmistificar acusações de abandono ou menor dotação de recursos em cuidados primários que, por desconhecimento, têm sido publicadas.
A equidade de acesso á saúde, pilar que caracteriza insofismavelmente um SNS, deve medir-se por indicadores de recursos, de utilização e de resultados.
Recursos
Ficou claro que há mais médicos de família no interior que no litoral (considerado) e tal não é de estranhar: decréscimo de população do interior com manutenção dos MF, face a acréscimo populacional no litoral sem crescimento suficiente. Acrescento que o nº de SAP por mil habitantes é também maior no interior do país. Portanto não é por falta de MF que o interior tem problemas de saúde (cuidados primários).
Utilização
Não basta haver recursos é necessário que sejam acessíveis (não haver barreiras, por ex. de custo), estejam disponíveis (ex. horário de funcionamento e sua adequação) e que sejam produtivos (ex. nº actos/habitante). O artigo de CC mostra que o nº avultado de SAP/ mil habitantes (ver quadro) tem fraca utilização no período da noite (Bragança) e que a % de consultas efectuadas nos SAP é muito elevada (26%) – ainda assim não se apresentou informação sobre o nº total de consultas (utilização total).
Resultados
Havendo justificação, apropriação e qualidade nos actos praticados os resultados mostrarão os benefícios em (saúde e qualidade de vida, custo, satisfação). Ora não existem estatísticas fiáveis (disponíveis) sobre esses benefícios e a mortalidade é um indicador pobre e perigoso:
a)- Pobre porque sendo uma situação extrema (rara) não traduz bem os resultados na saúde e na qualidade de vida e muito menos a relação com a actuação de um serviço de saúde apenas (CP).
b)- Perigoso porque para ela concorrem variados factores (externos ás consultas de CP): genética, condições sócio-económicas, educação dos pais; qualidade e eficácia da actuação doutros serviços de saúde; disponibilidade e eficácia de actuação doutros serviços de CP (ex. atendimento domiciliário).
Particularmente a mortalidade infantil está bastante relacionada com as condições socio-económicas e educação dos pais bem como com o parto e com os cuidados que lhe são subsequentes. Não podemos aqui deixar de referir a convicção de que a concentração de blocos de partos irá melhorar os resultados (como ocorreu no tempo de Leonor Beleza). Não me parece que a mortalidade infantil seja uma boa aproximação á qualidade dos resultados da actuação de CP, ainda assim gostaria de lembrar que mais tempo para consultas programadas contribuirá para melhores resultados também na área infantil.
Depois a questão do bem-estar…
A sociedade deve preocupar-se em distribuir o bem-estar de modo mais ou menos equitativo, isto é, contribuir para que haja uma distribuição de rendimento e emprego que não crie ilhas de pobreza e exclusão, tanto mais que estas tenderão a provocar movimento acelerador para maior pobreza.
Esta responsabilidade pertence à Sociedade e a todo o Estado e deveria, em minha opinião, assentar em:
- Discriminação fiscal positiva;
- Plano de desenvolvimento integrado para as áreas mais deprimidas;
- Prioridade para atribuição de incentivos para investimentos privados;
- Idem para melhoria da acessibilidade (ex. estradas, caminhos de ferro, internet);
- Idem para apoio e para a melhoria da qualidade e dos resultados dos serviços públicos que se justificarem.
O que não nos parece boa ideia é continuarmos a atirar dinheiros públicos só porque antes isso já se fazia. Muitas vezes esses recursos beneficiam apenas alguns funcionários e serviços, muitos com interesse e qualidade discutíveis.
Em suma: desenvolver o interior e criar condições para que as pessoas não sejam discriminadas mas de modo adequado, não através da mera subsidiação ou do desperdício de recursos que poderiam servir para gerar desenvolvimento sustentado.
Cosme Ethico
7 Comments:
O do artigo de opinião do Ministro da Saúde, acerca das “ideias feitas sobre a interioridade”, não deve ser dissociado (nem no tempo, nem no espaço) das negociações com as autarquias do distrito de Bragança e de certa maneira “serve” esta questão.
É difícil lidar com as maleitas da interioridade.
Todavia, a via escolhida por CC, ao lançar-se na desmistificação sobre as “condições de interioridade”, não é isenta de riscos.
O texto, na minha leitura, centra-se (concentra-se) na quantificação, essencialmente, na relação médico/habitantes. Nem sequer se deu ao trabalho, ou estatisticamente não lhe interessava (?), referenciar um indicador mais preciso - nº. de profissionais de saúde por habitante.
A boa ou má “cobertura” do Interior no que respeita aos cuidados de saúde não é, em minha opinião, desmistificável por "informações quantitativas".
O post de Cosme Ethico fornece algumas achegas, dá algum suporte, à exiguidade da argumentação do artigo de CC. Complementa-o com dados (os disponíveis) sobre recursos, utilização e resultados.
Por outro lado, desvaloriza, um indicador de saúde que, em qualquer sistema de avaliação, é incontornável: a mortalidade infantil.
Finalmente, aborda um tema fulcral da interioridade, não dissociável do estado sanitário das populações, o bem-estar. Enumera, para este item, um conjunto de propostas com as quais não é difícil estar de acordo mas será, também, fácil reconhecer que as soluções preconizadas não correspondem a qualquer realidade, existente no terreno (Interior).
No entanto, algumas questões, que afectam a interioridade, ficam sem resposta.
Por exemplo:
Porque razões, neste momento (hoje), ainda não existem USF’s em funcionamento, no distrito de Bragança?
Todos conhecemos o que as USF’s representam na estruturação e organização (na reforma, como é habitual referir-se) dos CSP’s, para este Ministério.
A existência desta “vacuidade” não é um indicador de “não-prioridade”, perante a mencionada e demonstrada (no post de CosmeEthico) ineficiência do sistema?
Esta "vacuidade" não significa abandono mas, inegavelmente, pobreza de motivações dos profissionais de saúde e alguma "desatenção" às condicionantes do Interior.
Para defender ou rebater a existência de ideias pré-concebidas (não fundamentadas) sobre o Interior, será necessário socorrer-se de outros (mais) indicadores, que podemos agrupar em:
1. demográficos
2. sócio-económicos
3. mortalidade
4. morbilidade
5. factores de risco
6. recursos
7. cobertura
8. …
Como todos sabemos, cada um destes indicadores encerra, no seu contexto, um conjunto de variáveis.
Assim, quando falamos de deficiente cobertura, não podemos ficar pela análise utilização (dos recursos disponíveis) e ao quantificar os resultados, pugnar pela melhor utilização.
Faz falta dar o “salto”.
Passar de análises quantitativas a qualitativas. Integrar, para melhor avaliar, por exemplo, o nº. de consultas/ habitante com o nº. de exames complementares/ consulta; o nº. de internamentos hospitalares/habitante; taxas de internamentos/especialidade médica; percentagem de gestantes com acompanhamento médico pré-natal e no parto; etc.
CC é um conceituado economista da saúde. Como político tem demonstrado múltiplas insuficiências. Seria bom que não enveredasse na prestação política comprometendo a sua alta qualidade técnica.
O post de Cosme Ethico (em socorro de…) sugere que, em certa medida, poderá ter existido essa tentação.
Parafraseando um conhecido político português:
Há mais Mundo para além do orçamento da Saúde!
Mas isso não é nada comparada com esta notícia da CNN:
Nobelprize in Medicine 2007 goes to Portuguese Scientists
POSTED: 0941 GMT (1741 HKT), April 18, 2007
Story Highlights
TORREDEITA, Viseu, Portugal (near Morrocco, west of Salamanca)
Portuguese scientist Professor Correia di Campos and Engineer Mr. S. have won the 2007 Nobel prize for medicine for discovering a new revolutionary Orthopaedic method, that may save millions of lives all over the planet, especially in war torn regions with high amputation and Trauma rates like Baghdad, Mogadisciu and Kandahar.
They carried out experiments on patients with multiple fractures, admitted in the world famous Hospital of Kurry Kabral, in Lisbon.
Mr Correia di Campos invented a technique that permits ultra-rapid trauma intervention "on the hour", and was quoted saying in a Global Radio Station (TSF) :
O ministro assegurou à TSF que não pretende encerrar a urgência do hospital Curry Cabral, nomeadamente porque dispõe de uma valência peculiar, a "ortopedia a quente", que permite fazer a "intervenção logo na hora", em vez de o doente ter de deixar "arrefecer" a fractura e regressar "uma semana" depois.
Translated to Oxford English he proposed "Hot Orthopaedic Techniques", instead of the traditional "Freeze and Cool Down the fractured limb and don’t disturb the Anaesthetist at night because he gets really really angry" technique.
In strict cooperation with the Engineer Mr. S. (who prefers to maintain silence about the new method, and is considered to be a shy person) they invented a "Microwave" Trauma Room. Patients are submitted to 10 minutes heating procedures at 600 W, permitting therefore an immediate fusioning of the fractured limbs. Mr Correia di Campus said he got the idea at the LISNAVE University, where they use this technique to convert Psychiatry Patients which still believe Karl Marx exists and vote Communist, into devoted Catholics. " If it works in brains, why not on bones?" he was quoted saying in a secret scientists meeting with some close family members who belong to the "Left Bloc Party" in Portugal, and still think Jesus Christ is Socialist.
Questioned about eventual side effects he remarked, that there are even more benefits in this "Boil the Guy" technique:
1) The patients do not suffer infections, since this new revolutionary technique kills most of the typical Bacteria and Parasites, often found in Emergency Departments, especially is rural Permanent Attendance Services (Sap’s).
2) Most of the patients don’t get Pneumonia at the Hospital ward, because they get a special ambulatory treatment home and transportation in beautifully designed Black Limousines.
3) It helps reducing costs with Anaesthesiologists who are "the shame of the nation" , as he was heard commenting in a Bathroom with his close friend Luiz Cunha R., one of the most famous Emergency Physicians, also proposed for the Nobel prize for his research on the sexual life of haemoglobin molecules.
4) Young Portuguese patients may start working immediately after this procedure in the strawberry picking in Spain, instead of staying for weeks at home, drinking beers and watching Soccer games, beating their girl friends and robbing banks via mobile phone in Florida.
This Trauma Room Microwave designed by the very humble and shy engineer Mr. S. who is trained and professionally engaged in a branch of engineering. ( Engineers use creativity, technology, and scientific knowledge to solve practical problems. People who work as engineers normally have an academic degree (or equivalent work experience) in one of the engineering disciplines...) is being already used in Baghdad.
The US-Military installed this new device in Bradley Tanks, often hit by very nasty Rocket Propelled Grenades. "Now we may fusion broken limbs still in the burning tank and my men go on fighting against the axis of evil and bad Muslims" George Bush said, proposing Mr. S. and Correia di Campos the Medal of Honour.
CNN contacted these humble and sensible man from Portugal who said:
“I am sad, that we did not have this profound knowledge in 1755, after the Earthquake in Lisbon. Its a real tragedy. I was born 250 years to late, and it does depress me profoundly...My life has no sense... I even asked to retire near Macedo de Cavaleiros, and the government will certainly agree, conceiving me the gift of maintaining some research activity at the local Emergency Department and the future Helicopter Emergency Services.”
The Medicine prize is traditionally awarded on a Thursday, though the actual date is only announced 48 hours in advance.
CNN's Paul Mendo, Little Mendes , R. Bestos and The Taliban contributed to this report.
Caro é-pá
Os comentadores e "visatadores" deste blogue têm beneficiado de diversos posts seus de bom nível. Muito obrigado pela parte que me toca.
Não obstante tenho também verificado que por vezes adiante a corrida mais do que o tamanho das pernas lhe permitem, quiçá influenciado por algum "botabaixismo" que o impede de discernir alguns aspectos positivos.
Foi o caso do post sobre o "interior" em que correu a criticar um pequeno artigo, onde CC apresentava informação quantitativa que a muitos faltou antes de concluirem pela inquidade do interior no que a CP diz respeito (conclusões assentes em pressupostos errados). Nesse post também caía nalguns pequenos erros, como seja referir resultados medidos em mortalidade por utilização/atendimento: "O MS ao transmitir imagens distorcidas que ofendem a população "resistente" no interior ao processo de desertificação, deveria, antes de prosseguir com as suas concepções sobre demografia médica, no abstracto, observar um indicador do nível de atendimento dos serviços de saúde-a mortalidade infantil." Valores de mortalidade infantil que foram, aliás, desmentidos num post de bom nível do Avicena.
Foi para ajudar a evitar erros de apreciação futura que coloquei o pequeno comentário com o bê-a-bá relativo á equidade, onde de caminho sublinhei também que há problemas que não competem ao MS resolver (bem estar) mas à sociedade e a todo o Estado (autarquias incluídas, através de bons investimentos e "boa" despesa). Vejo que concorda comigo o que não admira pois já aqui provou não lhe faltar inteligência. Reparei que utilizou um pressuposto ("post do cosme éthico em socorro de...") que quero crer decorre da sua convicção de que o meu post tem algum valor - o que recuso, pois trata-se de aspectos básicos.
O seu comentário sobre liderança é bem vindo, porém enferma de vários problemas como veremos brevemente. Logo que tenha uma aberta no meu trabalho no hospital remeterei uma pequena nota.
Caro Cosme Ethico:
Obrigado pelo seu comentário e pelos seus reparos.
De seguido gostaria de, sucintamente, esclarecer 3 assuntos:
1. a questão dos valores da mortalidade infantil que já esclareci em resposta ao comentário de Avicena;
2. "... quiçá influenciado por algum "botabaixismo" que o impede de discernir alguns aspectos positivos."
Não me movo por "botabaixismos".
Existem, de facto, aspectos que tenho dificuldade de discernir e, outros, com os quais discordo.
É nesse contexto que participo neste blog.
Para conseguir (suscitar)esclarecimentos (muitas vezes faço interrogações) ou para, livremente, mostrar as minhas reticências (algumas vezes com alegorias e/ou caricaturas).
Há uma dupla qualidade da qual não abdico. Sou um profissional de saúde (com as limitações que todos temos) e, concomitantemente, um cidadão (onde reivindico um largo campo de intervenção).
3. "...onde de caminho sublinhei também que há problemas que não competem ao MS resolver (bem estar) mas à sociedade e a todo o Estado (autarquias incluídas, através de bons investimentos e "boa" despesa)."
Completamente de acordo.
Todavia, não competindo, ao MS, resolvê-los (problemas referentes ao bem-estar), não pode, politicamente, ignorá-los.
Afinal, a existência, ou não, de condições que proporcionem o bem-estar, é o cerne do conceito de Saúde.
Mais uma vez, esbarramos com a dimensão político-social da Saúde.
Este cosme ethico tenta demonstrar a sua sapiência de forma arrogante procurando esmagar o interlocutor no lugar de dialogar.
Há individuos assim, os melhores da rua, os melhores da cantareira, os melhores do curso, os melhores do marketing, e... por aí fora.
Um indício forte de serem líderes.
Os chefes acabaram fracos.
Os lideres actualmente são mais os mestres, os formadores, os promotores de diálogo e de consensos.
Coisa que este cosme ethico não será certamente. Aliás o nome não engana.
E com esta esqueci-me ao que vinha.
Para dizer que concordo com o último passo do comentário do É-Pá:
«Afinal, a existência, ou não, de condições que proporcionem o bem-estar, é o cerne do conceito de Saúde.
Mais uma vez, esbarramos com a dimensão político-social da Saúde.»
Se o ministro da saúde não tiver em conta o bem estar das populações que raio de política de saúde a nossa.
E está bem de ver. A concertação de políticas deste governo é a puxar cada um para seu canto.
Apesar de algo tardia aqui deixo uma breve nota:
Parece-me que os dados estatísticos apresentados se referem apenas a serviços públicos de saúde.
Ora, a realidade do país é bem diferente. Como sabemos é nos grande meios, e sobretudo nos grande centros urbanos do litoral, que se concentram os estabelecimentos de saúde privados, desde os consultórios às clínicas e hospitais. E é também nesses centros que se concentram os quadros médios e superiores das empresas e dos Serviços Públicos. E esses tem capacidade financeira própria (ou apoiada por seguros) para recorrer à medicina privada. O que não se verifica nos meios rurais. Ora a cobertura global de cuidados de saúde não pode ignorar a oferta privada e a procura correspondente, o que (creio) não faz parte dos indicadores apresentados pelo Cosme Ethico.
A comparação entre Bragança e o Continente, não deixa assim se ser influenciada pelo que refiro.
A verdade é que os dados escasseiam para que se possam fazer comparações mais realistas.
Mas também não se devem tirar conclusões não apoiadas em dados fiáveis.
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