quarta-feira, abril 18

Liderança & Avaliação




No Post “Liderança dos profissionais de saúde” o É-Pá, partindo do artigo do Prof. Paulo Kuteev Moreira, no DE, sobre a experiência holandesa, no capítulo da “inovação em Saúde”, faz uma abordagem, resumida, como convém, das condições (ou requisitos) em que deve desenvolver-se o exercício da liderança na área da Saúde.

1. Na generalidade, considero interessantes as posições assumidas pelo É-Pá. Concretizando, apenas nos pontos que me parecem de maior importância:

- Concordo, em primeiro lugar, que por liderança não deve entender-se apenas a que se espera dos CA dos HH, sendo igualmente relevante e indispensável a que cabe aos restantes níveis de responsabilidade, tanto se tomarmos a expressão “profissionais de saúde” em sentido restrito como se a alargarmos a todos os profissionais que trabalham na área da saúde. É quase um truísmo, tanto a obrigação (necessidade) de liderança está associada à responsabilidade e aos requisitos para o seu desempenho. Se há outros níveis de responsabilidade, há, naturalmente, outros níveis de liderança;

- Concordo depois com a necessidade de mútuo reconhecimento (e respeito) das diferentes competências, até porque transmite consistência, assim como entendo que são relevantes os motivos que refere e que, entre outros, dificultam o exercício da liderança na área da Saúde (conflitos corporativos, os “ghetos” inter-profissionaisou intra-profissionais? –, a multiplicidade de competências, o desequilíbrio (ou mesmo a ausência) de incentivos);

- Concordo também com a “centralidade” (ou inequívoca primazia) do projecto assistencial. Concordo tanto que, no plano do dever ser, recuso a dicotomia “entre concepções abundantemente catalogadas como “economicistas”, viradas para a “gestão de quantidades” e obcecada por níveis de produtividade e, em oposição, “diferentes opções”, onde essa centralidade se fixa na qualidade dos cuidados, à revelia dos custos e fora das ópticas de competitividade”, como refere o É-pá. O equilíbrio económico e financeiro é importante e necessário, mas nunca deverá ser mais do que um objectivo meramente instrumental, ao serviço do projecto assistencial. Qualquer administrador hospitalar, minimamente formado para o desempenho exigível, (o problema estará em que – profissionais de saúde ou não! – nem todos o terão sido) não pode ter dúvidas a este respeito. Assim como não pode ter dúvidas de que, a curto médio prazo, o projecto assistencial sairá prejudicado se aquele e outros equilíbrios deixarem de ser atingíveis. O mútuo reconhecimento (e respeito) das diferentes competências deve levar até aí, sem qualquer conflituosidade;

- Concordo ainda, com convicção, com a importância de “fomentar e explorar ("forçar" a confluência de) interdisciplinaridades e introduzir (desenvolver) modelos de liderança adequados”.

- Concordo com a mesma convicção que a qualidade dos cuidados deve ser condição sine qua non para se quantificarem os mesmos cuidados. De outro modo, não estaríamos a avaliar em que medida a sua missão é realizada; estaríamos a apurar desvios à missão dos HH (etc.) – e estes deveriam ser punidos e não remunerados pelos cuidados sem qualidade –;

2. Já tenho muita dificuldade em concordar com outras afirmações, (e até de as entender), tais como a de que “uma das primordiais funções da liderança é ocupar espaços vazios”. O que não entendo é a existência dos “espaços vazios”, a menos que o É-Pá estivesse a tomar a expressão “profissionais de saúde” no sentido restrito (médicos, enfermeiros, técnicos de diagnóstico e terapêutica) que acima afastei. Se estivesse, o seu raciocínio implícito poderia formular-se assim:
-----a “centralidade” (ou inequívoca primazia) do projecto assistencial, implica no H (p. ex.) liderança dos profissionais de saúde;
-----as responsabilidades para as quais os profissionais de saúde (em sentido restrito) forem competentes (e, naturalmente, apetentes) devem ser-lhes confiadas;
-----para as restantes, “uma das primordiais funções da liderança é ocupar (ou designar o ocupante dos) espaços vazios”.

Convenhamos que seria levar muito longe o domínio corporativo dos profissionais de saúde (agora em sentido restrito), com claro risco de entropia dos serviços prestadores. Por isso afastei este entendimento e não acredito que seja isto que o É-Pá quis defender.

3. É que, sejam quais forem os gestores e venham de onde vierem, penso que deve ser relevado que não lhes competem apenas funções meramente suplementares de preencher espaços vazios. Há outras, as fundamentais e condicionantes, que são suas e ou são por eles exercidas ou ninguém as exercerá em sua vez. Devo, aliás, fazer justiça ao É-Pá que não se limita à frase acima transcrita, antes acrescenta, embora sem precisar a que nível, “coordenar esforços, identificar as prioridades, desenhar estratégias, prosseguir objectivos (colectivamente definidos e assumidos), etc”. E, noutro passo, acrescenta: “A "natural" assumpção de uma posição da liderança (não a nomeação!) passa, também, pela capacidade de dirimir estas opostas “sensibilidades” e configurar um projecto comum, agregador”. Com certeza, mas não será apenas apagar conflitos, se os houver. É principalmente configurar um projecto comum, agregador, de forma participada, que evite choques ou conflitos porque as várias sensibilidades (recuso opostas “sensibilidades”) participaram no projecto comum de natureza institucional.

4. Na verdade, pode voltar-se à discussão da constituição e competência dos órgãos de gestão dos HH, nos diversos níveis, dos requisitos a exigir dos seus titulares e dos critérios a seguir na sua nomeação, mas talvez não valha a pena. Para mim, basta-me a afirmação de que devem ser escolhidos, em cada caso, os melhores e mais competentes (e sempre será difícil, a avaliar pelo que está para trás, eliminar toda a subjectividade).

5. O importante é que o desempenho dos gestores e dos responsáveis de todos os níveis seja avaliado por critérios tanto quanto possível objectivos e pré divulgados porque dessa divulgação prévia resultam consequências positivas em vários planos:

- para quem nomeia, que fica alertado de que terá de avaliar os nomeados segundo critérios que são do conhecimento público, o que, naturalmente, implica que a selecção daqueles seja cuidadosa;
- para quem é nomeado, porque, já diziam as gentes do Planalto Mirandês no seu pedido de concessão de foral, não há nada mais triste do que não ter uma lei que nos reja! Eles lá sabiam por quê; os gestores ficam a conhecer as balizas da actuação que deles é esperada;
- para dentro do Hospital, porque dá consistência e favorece a aceitabilidade das decisões consonantes com o padrão afirmado;
- para os profissionais, que, conhecendo o padrão, ficam eles próprios habilitados a uma primeira avaliação dos responsáveis da instituição e a antever a lógica pela qual, eles próprios, serão também avaliados;
- para a Comunidade, porque tem direito a saber que alguém responde pela forma como são aplicados os impostos que paga.

6. Nesta linha penso que temos de saudar a resolução do Conselho de Ministros que aprovou os “Princípios de bom governo das empresas do sector empresarial do Estado” (D.R. n.º 62, I.ª série, de 28.03.2007) que, naturalmente, se aplica desde já aos HH-EPE, mas que deveria aplicar-se a todos os HH do SNS. E por que não há-de o MS publicar documento complementar que, sem prejuízo da aplicação daquele, contemple as especificidades da área da saúde? Porque as há, designadamente na óptica de reforço da avaliação dos gestores dos HH (recém chegados ao estatuto EPE) e dos profissionais da saúde, apoiados por associações profissionais poderosas e com grande receptividade junto da opinião pública. Dada a sensibilidade da problemática da avaliação, em si mesma e pelas consequências em que se pode traduzir para os profissionais, seria importante, prevenir conflitos como aqueles de que, noutras áreas, já há notícia, com base na denegação de igualdade de oportunidades de valorização profissional. Seguramente, é uma temática que faz parte da ética e da deontologia exigível dos gestores e de todos os níveis de responsabilidade, ou, se preferirmos, das suas obrigações para com os profissionais.

AIDENÓS

13 Comments:

Blogger e-pá! said...

Caro aidenós:

Não concebo a liderança como uma acomodação, uma posição estática ou um dado adquirido.
Para utilizar uma imagem bebida em "The Essense Book of Days" de Danaan Perry, a liderança equilibra-se como um trapezista de circo.
Por vezes (muitas vezes) é necessário largar o trapézio onde acomodatíciamente nos balançamos, atravessar o "espaço vazio", e agarrar uma outra barra. Esta é, se quisermos, uma vertente dos incentivos relacionada com a liderança. Ou os saltos (sobressaltos?) qualitativos da liderança.
Quando largamos o trapézio e nos lançamos, durante este trajecto, há uma ocupação do "espaço vazio". Esta "transição" é muitas vezes efémera, mas não necessáriamente. De certo modo, a precaridade deve encerrar a "filosofia da liderança".

A fixidez, a imobilidade, a estabilidade, o "apego ao cargo" são, em minha opinião, avessos a uma boa, ou a uma efectiva, liderança. Podem, quando muito, ser consequências das lideranças tradicionais. Por isso, considero que a liderança tende a (deve)ocupar "espaços vazios".

A liderança sendo um poder - mais um simulacro (ou um exercício) do que uma realidade - tem "horror" ao vazio. Na primeira oportunidade ocupa-o.

De modo algum esta situação deverá ser interpretada como uma concepção restritiva de "profissionais de saúde".
É, sim, uma concepção dinâmica de liderança: forte, esclarecida, transparente e com mobilidade (ágil). Deve, em minha opinião, gerar no seu seio (desempenho) condições para progredir e abrir espaços para saltar no vazio. Como o trapezista.

Não sei se me fiz compreender mas, na minha concepção, a liderança estará, no que diz respeito à sua praxis, conotada com estes etéreos, muitas vezes efémeros, "espaços vazios".

12:50 da manhã  
Blogger helena said...

Penso que o desenvolvimento dos Centros Integrados de Gestão nos HHs do SNS, além de cumprirem outros objectivos são fundamentais para o desenvolvimento de processos adequados de liderança da gestão hospitalar.

Segundo julgo saber este processo não tem tido o êxito desejado devido à questão de quem deve caber a liderança dos centros de Gestão intermédia (AH ou directores de serviço de acção médica).
A direcção deve ser colegial, havendo CRI em que a figura mais proeminente é o médico e noutros em que é o AH.

9:43 da manhã  
Blogger xico-do-canto said...

A afirmação do Aidenós , ”A liderança sendo um poder (…) tem "horror" ao vazio. Na primeira oportunidade ocupa-o.”, tem farta manifestação nos nossos HH.

Gostaria, em breve comentário, salientar dois aspectos relacionados com as lideranças nos HH portugueses.

E, o primeiro, prende-se com a existência de várias lideranças na organização assumidas, umas, por autênticos líderes naturais que vão até onde os deixam ir outros eventuais líderes (ocupam espaços mais ou menos vazios), outras, emanam do poder formal assumindo uma dimensão de legitimidade mas não necessariamente mais fortes que as primeiras, mas deveriam sê-lo.

O segundo tem a ver com a “qualidade” da liderança. Quando os gestores sabem gerir estas diferentes lideranças no sentido da prossecução da missão da organização e dos seus objectivos operacionais, estamos perante a “boa” liderança. Quando, pelo contrário, os gestores são maus líderes ou de gestor só têm o nome, poderemos estar perante uma dinâmica de liderança que em nada, ou pouco, contribui para a boa saúde da organização. Arrisco a chamar-lhe “má” liderança.

Sem dúvida que esperamos dos gestores de topo e de toda a cadeia de comando da organização a prática da “boa” liderança, o que nem sempre se verifica. Cabe aqui um esforço de avaliação do dono da empresa. Mas será que está interessado em fazê-la? Não esquecer que a entidade que assume o papel de dono da empresa é um político. E mais não digo.

Com alguma relação com esta temática vou colar um pequeno texto, de que desconheço a autoria, mas que dá para pensar:

” COMO NASCE UM PARADIGMA

Um grupo de cientistas colocou cinco macacos numa jaula, em cujo centro
puseram uma escada e, sobre ela, um cacho de bananas.

Quando um macaco subia a escada para apanhar as bananas, os cientistas
lançavam um jato de água fria nos que estavam no chão.

Depois de certo tempo, quando um macaco ia subir a escada, os outros
enchiam-no de pancada. Passado mais algum tempo, mais nenhum
macaco subia a escada, apesar da tentação das bananas. Então, os cientistas
substituíram um dos cinco macacos.

A primeira coisa que ele fez foi subir a escada, dela sendo rapidamente
retirado pelos outros, que lhe bateram. Depois de algumas surras, o
novo integrante do grupo não subia mais a escada.
Um segundo foi substituído, e o mesmo ocorreu, tendo primeiro substituto
participado, com entusiasmo, na surra ao novato.

Um terceiro foi trocado, e repetiu-se o fato. Um quarto e, finalmente, o
último dos veteranos foi substituído.
Os cientistas ficaram, então, com um grupo de cinco macacos que, mesmo
nunca tendo tomado um banho frio, continuavam a bater naquele
que tentasse chegar às bananas.

Se fosse possível perguntar a algum deles por que batiam em quem tentasse
subir a escada, com certeza a resposta seria:

" Não sei, as coisas sempre foram assim por aqui... "
Não deves perder a oportunidade de passar esta história para os teus
amigos, para que, de vez em quando, se questionem por que
fazem (ou não fazem) certas coisas.

" É MAIS FÁCIL DESINTEGRAR UM ÁTOMO DO QUE UM PRECONCEITO "
(Albert Einstein)

11:40 da manhã  
Blogger Vida Nova said...

Mais um post de elevado nível do excelente comentador que é o Aidenós

10:17 da tarde  
Blogger tonitosa said...

Um bom trabalho de análise do Aidenós, na sequência de outro igualmente importante do É-Pá.
Do comentário do Aidenós, permito-me reter o ponto seguinte:
"5. O importante é que o desempenho dos gestores e dos responsáveis de todos os níveis seja avaliado por critérios tanto quanto possível objectivos e pré divulgados porque dessa divulgação prévia resultam consequências positivas em vários planos"...

Isto para referir o que há muito venho salientando sobre as anunciadas "Cartas de Missão". Porque nunca foram divulgadas?
Que consequências teve até ao momento o "não cumprimento da Missão a que os CA se vincularam (se é que houve quem não foi cumpridor?!) que se conheçam?
Terá a saída de alguns gestores (poucos ou quase nenhuns) a ver com incumprimento?
E a mudança de Instituição estará relacionada com a Carta de Missão?
Como a este nível - avaliação dos gestores de topo - se desconhecem critérios de avaliação (ao contrário do que tende a verificar-se com os responsáveis de nível intermédio e restantes trabalhadores) parece ser interessante o debate em torno da divulgação dos critérios de avaliação e dos objectivos fixados para os HH.

1:18 da manhã  
Blogger Joaopedro said...

Mais uma excelente análise do Aidenós actualmente o melhor guru da Saudesa.

2:12 da manhã  
Blogger tambemquero said...

Parabéns ao AIDENÓS por mais esta excelente análise.

9:16 da manhã  
Blogger Diabo de Saias said...

Seguindo esta excelente ideia do João Pedro, e para sermos aproveitados, porquenão fazer uma votação sobre o melhor comentador do saudesa.

Isso é que são incentivos, descriminação positiva, o lugar aos mehores. Temos de começarpor algum lado.

9:36 da tarde  
Blogger aidenós said...

Caro xico-do-canto:

A afirmação que transcreve a abrir o seu comentário é do É-Pá e não do Aidenos.
Não me surpreende absolutamente nada a sua afirmação de que há boas e más lideranças, afinal como em tudo. O mundo é diverso e vário, não raro também avariado. Resta batermo-nos por que a diversidade não incida apenas no avariado.
Quanto à história dos macacos, abaixo falo de alegorias, mas já lhe ocorreu que as motivações para os comportamentos são normalmente plurais? Além do medo da água fria, que só na equipa que inicia o jogo se compreende, e antes dele, por que não o interesse de cada um em que as bananas não sejam comidas só pelo mais atrevido? Se assim fosse, a moral da história poderia ser outra.

Caro É-Pá:

Agradeço o esforço no sentido de aclarar o seu pensamento relativamente à “ocupação dos espaços vazios”, o que faz através da comparação (ou deverei antes dizer alegoria?) do trapezista. Sabemos que todas as comparações claudicam e, por isso, não estaria à espera de que o aclaramento fosse total; quanto às alegorias, um pouco pior porque o que lhes é próprio é serem de entendimento aberto, isto é, cada um faz o seu, e é desta diversidade, criadora e estimuladora de sinergias, que lhes advém perenidade. De qualquer modo, o que é que entendi?

- Liderança é uma capacidade que se tem, muita ou pouca, ou não se tem: infelizmente, pode ser-se nomeado e não a ter;
- Como capacidade que é, (de influir, mobilizar, arrastar, até alienar), em si mesma não é boa nem má, depende da bondade do projecto que servir. Ninguém negará a capacidade de liderança de Hitler, entre outros ditadores! Portanto, fixidez, imobilidade, estabilidade, "apego ao cargo" são conceitos que, como bem observa, não casam com liderança. Para a estabilidade, a acomodação ou o conformismo a liderança não é precisa para nada. Estaremos de acordo.
- Por isso, considero que a liderança tende a (deve) ocupar "espaços vazios", diz o É-Pá; e tinha dito: “uma das primordiais funções da liderança é ocupar espaços vazios”. Foi aqui que contrapus a minha dificuldade de concordar, e até de entender, obviamente no plano do dever ser, a existência de espaços vazios e o risco de outras “funções” que, essas sim, considero primordiais. É que, como sabe e até refere, uma das competências/obrigações da liderança de top, que nos HH é dos CA, consiste em definir a estratégia a partir da missão (o enunciado do que é e deve continuar a ser o Hospital, no seu melhor, já no presente e no curto prazo, por referência aos seus objectivos e quadro de valores é o que corresponde à Missão da Organização). Ora a definição da estratégia de qualquer organização – não esqueçamos que é um documento para o médio/longo prazo, embora actualizável ano a ano, do qual derivam os planos de acção e os orçamentos anuais) – parte exactamente da consideração dos riscos e das oportunidades perscrutáveis para a concretização da Missão do Hospital e da avaliação dos seus pontos fortes e fracos. O que afirma a sua importância primordial (embora tão poucas organizações a tenham correctamente definida) é ser balizadora de rumo, prevenir espaços vazios, voltando à sua alegoria: evitar que os saltos do trapezista sejam saltos no escuro. De resto, o trapezista tem a mesma preocupação, ao preparar e treinar meticulosa e arduamente o seu salto.

Obrigado pelo seu Comentário e pelos de todos os demais.

9:41 da tarde  
Blogger aidenós said...

No Comentário supra, por minha culpa exclusiva, deixei incompleto um dos períodos da “resposta” ao Comentário do É-Pá.

O que pretendia dizer era:

Foi aqui que contrapus a minha dificuldade de concordar, e até de entender, obviamente no plano do dever ser, a existência de espaços vazios e o risco de outras “funções” que, essas sim, considero primordiais, ficarem subalternizadas.

As minhas desculpas ao Xavier, ao É-Pá e a todos

11:28 da tarde  
Blogger ochoa said...

Mais um excelente texto de análise do AIDENÓS.
Não é necessário pôr à votação. O Aidenós é indubitavelmente o actual melhor colaborador da saudesa.

2:09 da tarde  
Blogger cotovia said...

A maioria dos profissionais da saúde foram treinadas para desenvolver uma liderança baseada no planeamento, na organização na coordenação e controlo dos mais diferentes tipos de unidades funcionais: laboratórios, serviços de internamento, UCI, Blocos operatórios, serviços de Aprovisionamento, Gestão de doentes, Oficinas.
Para estes profissionais, liderar é levar os restantes profissionais a agir como ele diz , pensa e age. Qualquer desvio de rota ou acção contrário ao líder é merecedora de reparo ou sanção.

Os líderes hoje em dia querem-se mais instrutores, com uma actuação actuarem mais baseada no compromisso do que na submissão. Concentração de esforços no desenvolvimento da qualidade dos serviços prestados, mais do que nos resultados quantitativos.

Enquanto chefiar é fazer com que as pessoas façam o que é "preciso", liderar é conseguir que as pessoas queiram fazer o que é preciso.

Os chefes empurram, os líderes puxam;
Os chefes comandam, os lideres comunicam;
Os chefes administram, os líderes inovam;
Os chefes são mestres, os líderes são maestros;
Os chefes mantêm, os líderes desenvolvem;
Os chefes convivem bem com o status quo, os líderes desafiam, alteram;
Os chefes preocupam-se em fazer as coisas correctamente, os líderes preocupam-se em fazer as coisas certas;
Os chefes são fazedores, os líderes são criativos;
Os chefes obtêm resultados através de pessoas, os líderes desenvolvem pessoas e grupos;
Os chefes são comandantes, os líderes são treinadores;
Os chefes querem segurança e estabilidade, os líderes querem desafios;
As acções de um verdadeiro líder devem apoiar-se na ambição,no conhecimento/especialização e integridade

Tendo em atenção estas características dos verdadeiros líderes facilmente podemos concluir quão distante estamos de uma gestão eficaz, de qualidades das nossas unidades de saúde.

5:16 da tarde  
Blogger O cavalinho da chuva said...

Ó Ochoa

Tenha paciência. Só lhe falta dizer "eu sou o caminho, a verdade e a vida".

Vamos a votações !

Imagine que era a seu modo que se resolviam as coisas no PP ! Não nos tinhamos rido tanto. E andamos aqui para degustar !

6:43 da tarde  

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