SNS, sustentabilidade financeira
"A sustentabilidade financeira de qualquer serviço nacional de Saúde é o que os cidadãos do país quiserem que seja".
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Temas de Saúde. Crítica das Políticas de Saúde dos XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XX e XXI Governos Constitucionais
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3 Comments:
Quem fala assim não é gago.
O resto é conversa.
CC, condutor máximo da política de saúde, actua estritamente no campo técnico, reduzindo tudo a batatas e cebolas.
Está tudo c'os copos. Melhor é impossível!
O percurso deste relatório é verdadeiramente rocambolesco.
A Comissão prisioneira do MS, por sua vez, o MS prisioneiro do 1º. Ministro, este prisioneiro do grupo socialista da C. Parlamentar da Saúde e TODOS prisioneiros de 2009.
CC tem um largo curriculo deste tipo de relatórios que remonta à célebre Comissão do Livro Branco da Segurança Social.
Vive obcecado pelas sustentabilidades.
Tem uma visão dantesca sobre tudo o que se refere a direitos sociais. Corre como um desalmado atrás de identificações de situações financeiras para, a partir daí, propor medidas "sustentadas", saneamentos, refundações, etc.
Parece ter uma tétrica predilecção por análises cataclismicas.
Mas, finalmente, parece ter mudado.
Depois de tanta expectativa sobre o relatório da sustentabilidade do SNS, veio publicamente classificar o documento como um "ghost paper". Afinal, o SNS está bem de saúde (financeira), pelo menos até ao final da legislatura (eleições a quanto obrigas!), pelo a criação desta comissão terá sido - supomos nós - uma mera excitação.
Aliás, nas conclusões do documento não se percebe como CC não solicitou que o estudo inclui-se uma questão fundamental:
- a data prevista para a total insustentabilidade do actual sistema de finaciamento.
2010?, 2015?, 2020?.
Imperdoável.
Assim, não sabemos quando fazemos as malas do SNS e começa a debandada (o tal "opting out") para os seguros de saúde.
Corremos o risco de ser defenestrados do sistema pelo simples facto não termos sido alertados sobre o dia do juízo final (do SNS).
Há, portanto, um facto que CC descurou. O povo que não lê relatórios, adora notícias necrológicas.
De facto, o relatório contém coisas novas, que não são inovadoras, e, coisas inovadoras, que não são novas.
O meu dilema é:
Perante as recentes declarações políticas do MS sobre a "inutilidade" técnica do relatório, que fazer com este documento de 186 páginas ?
Entregá-lo à Torre do Tombo?
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