domingo, julho 15

Bufaria

8 Comments:

Blogger Hospitaisepe said...

Entretanto, foi, finalmente, divulgado o Relatório da Comissão e já ninguém se lembra dele.

Dada a proximidade das próximas eleições ficará. por certo, a aboborar até ao início da próxima legislatura.

Os portugueses, sempre falhos de memória, darão nova maioria absoluta ao José Sócrates dos fatinhos.

Depois voltarão de novo a lamentar-se sobre as injustiças e os ataques da maioria ao SNS.

Somos assim... Gostamos disto.
Venham mais relatórios secretos. Queremos continuar a dizer mal...

12:51 da tarde  
Blogger tambemquero said...

Em defesa das nossas bolas

Depois das más notícias sobre o capitão Iglô, é a vez das Bolas de Berlim serem vitimas da sanha fiscalizadora da ASAE.

A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) vai fiscalizar este Verão as «bolas de Berlim», que se vendem nas praias de todo o país

É chegada a hora de Gerações de consumidores se unirem em defesa das nossas Bolas de Berlim, contra a ASAE, perigoso inimigo público.
Lembram-se o que aconteceu com os restaurantes Chineses?

1:06 da tarde  
Blogger Joaopedro said...

O prémio Nobel português José Saramago defende, numa entrevista publicada hoje no "Diário de Notícias", que Portugal deveria tornar-se uma província de Espanha e integrar um país que passaria a chamar-se Ibéria para não ofender "os brios" dos portugueses.

Talvez influênciado pelo artigo do MD, onde referia o êxito da transferência das grávidas de Elvas para o Hospital Infanta Cristina...

Mas o senhor Saramago não terá viajado o suficiente por Portugal.
Qual o significado das inúmeras fortificações ao longo de toda a fronteira do nosso país?

A um nobel são permitidos todos os disparates.

2:03 da tarde  
Blogger Joaopedro said...

Portugal, país de BUFARIA.

Mas só agora é que demos por isso?

Os casos recentes vindos a público são os que menos me preocupam. Não passam de pequenos lapsos, derrapagens de um regime de bufaria omnipresente. Pequenas protuberâncias do enorme iceberg que constitui, entre nós, a rede nacional da bufaria.

Vivemos efectivamente numa sociedade dominada por bufos.
Para a qual contribuímos generosamente. Não andamos sempre a defender a salvaguarda das fontes? …
O que são as fontes, senão uma forma de bufaria, organizada, protegida.
Não é verdade que o patrão, o gestor, o chefe, a primeira preocupação que fazem é montar uma rede de bufos devidamente organizada para saber como andam as coisas?
Qual sistema de informação informatizado, qual quê?
A informática nunca poderá rivalizar com esta rede humana do passa palavra, onde pequenas subtilezas fazem toda a diferença.
É o chamado círculo de confiança a funcionar, onde se fazem e desfazem reputações, nomeações, promoções e despromoções.

Este circulo de relações, altamente sofisticado, atinge a perfeição quando é entendido como oportuna a chamada do jornalista de serviço, mais à mão, para que o conteúdo do relatório confidencial alfa, seja devidamente divulgado no interesse do partido político X, ou do senhor bem posicionado Y. Tudo a bem da nação.

3:32 da tarde  
Blogger helena said...

(...) Hoje em dia, a bufaria opera em regime de franchising. Não está nem ao serviço de uma polícia (há excepções) nem opera em exclusivo para o Estado.
Os bufos do seculo XXI reportam directamente para o master-franchising.
É a única diferença. Mais de resto são iguais aos de antanho.
Bufam!

Este Malmequer tem o maior respeito pelo senhor Engenheiro José Sócrates, pelo venerável ministro da saúde, pela respeitável directora da DREN, por todos os membros do governo e por todos os vigilantes directores-gerais, regionais e locais. O Malmequer tem respeito até pelos que mantêm a esperança de virem a ser nomeados quando for libertada a próxima bufa.

Do que o Malmequer tem medo é da bufaria. É que já o ameaçaram de o porem a dar o peido-mestre
Malmequer

3:39 da tarde  
Blogger cotovia said...

CC não tem que se queixar relativamente à devassa do relatório da sustentabilidade que tardou em tornar público.
Nesta questão da bufaria a sua intervenção no caso da directora do CS de Vieira do Minho deixa muito a desejar.

«A moral da história é simples: o PS, que os portugueses se habituaram a ver como o defensor da liberdade e da democracia, não passa hoje de um partido intolerante e persecutório, que age por denúncia (aqui como na DREN) e tem uma rede potencial de esbirros, pronta a punir e a liquidar qualquer português por puro delito de opinião. Pior ainda, personagens como Correia de Campos colaboram pessoalmente nesta lamentável empresa de intimidação. Não admira. Nem o eng. Sócrates nem o dr. Cavaco manifestamente compreendem que a repressão da dissidência e da crítica começa a corromper o regime e torna inevitável o futuro ‘saneamento’ dos ‘saneadores’. O silêncio de cima encoraja o miserável trabalho de baixo. Em Portugal, a colaboração do Estado com os pequenos pides do PS já não é uma vergonha.»
JP VPV

11:19 da tarde  
Blogger naoseiquenome usar said...

O Relatório (supostamente em questão) está aí. Já é publico. E nem sequer é de hoje.
Que intuitos ocultos podem dar aso a a "pensamentos "como o do post?
Que ridicularias com ricohete se pretendem?
Discuta-se a essência.
Saiba-se parar.
Há demagogias, populismos, irracionalidades e tentativas de agreement que são insanes.

12:13 da manhã  
Blogger e-pá! said...

A delação, como arma política, foi endémica nos últimos séculos da vida pública em Portugal.
E além de endémica foi, sempre que possível, caluniosa ou pérfida. Todos os que se lembram da ditadura sabem que qualquer opositor ao “Estado Novo” era, no mínimo, um execrável comunista …“ao serviço de inconfessáveis interesses”. Esta era a terminologia do Ministério do Interior, do SNI, da PIDE/DGS, dos Tribunais Plenários, etc.
Hoje, sabemos que muitos dos que contestaram a ditadura pouco mais eram do que cidadãos (muitas vezes jovens) vivendo, na época, a utopia de construir um Portugal livre, justo e mais igualitário. É óbvio que existiam organizações políticas – onde o PCP pontificava – que lutavam pelo derrube do regime salazarista. Mas todos, sem excepção, eram classificados pela mesma bitola e sumariamente “punidos”.
Com essa atitude baseada na mais vil delação perdemos, ou dificultamos, o contributo público de notáveis portugueses como, p. exº., o de Bento de Jesus Caraça (entre muitos outros).
Este clima não é exclusivo de Portugal. Todos nos lembramos dos anos 50 e da “caça às bruxas” protagonizada por McCarthy que antes de desaparecer da cena política americana, completamente desacreditado, ainda teve tempo para acusar Einstein de “actividades antiamericanas”.
Este terrível anátema social não poupou, através dos séculos, o mundo da espiritualidade, nomeadamente, o religioso. A Inquisição é exactamente isso: espiar, caluniar, denunciar… e depois a fogueira!

Hoje, a delação tem justificações mais subtis. É pretensamente ética. Muitas vezes invoca a legalidade. Nos organismos ou departamentos político-burocráticos os atentos e dedicados delatores fornecem aos chefes ou superiores hierárquicos uma trama de “informações” que são aparentemente lesivas da “legalidade instituída”. Permitem, em nome dessa “legalidade”, e de uma suposta “fidelidade”, que os órgãos dirigentes possam “destruir” um eventual opositor político, um potencial concorrente ou, simplesmente, um cidadão crítico, sarcástico ou jocoso. Tal prática não se restringe ao combate ao pensamento divergente, à modalidade de expressão, à intencionalidade da preposição, visa o próprio cidadão, enquanto pessoa. Extrapola os limites aceitáveis da luta política para entrar num ambiente da mais abjecta baixeza humana. Parte de um princípio insuportável em democracia: ninguém pode questionar a “legalidade instituída” ou os seus símbolos (dirigentes ou chefes).
O que efectivamente está em jogo é a utilização dos organismos públicos como um meio. Isto é, o controlo de determinados “jobs” para os “good boys”. Que usam os recursos e privilégios, inerentes aos cargos, para saciarem a sofreguidão que o poder lhes incute e estimula.
O “bufo” e, cumulativamente, o ezimio chefe receptador da delação, pretendem, na sua mesquinhez, passar por paladinos da justiça e defensores da ordem e da dignificação da coisa pública. Pública, é preciso sublinhar, porque – ao que parece – tais restrições não abrangem (ainda) o remanso do lar, ou a esquina, ou o café…

Estamos perante a aristotélica questão dos meios e dos fins, na política.
E não podemos, nem devemos, culpar Maquiavel, por estas insensatas diatribes que, hoje, tão danosamente e desnecessariamente, atingem as liberdades individuais e a credibilidade democrática.

1:10 da manhã  

Enviar um comentário

<< Home