quinta-feira, julho 12

VIH/Sida


Segundo CC, “a presidência alemã da União Europeia atribuiu uma grande prioridade para a infecção do VIH/Sida e temos que manter esta linha de preocupações”. O problema da sida “está esquecido e tem de voltar a fazer parte das preocupações políticas” da União. É necessário “reduzir o estigma e combater a discriminação sobre os doentes e familiares”.

Francisco Antunes, responsável pelo serviço de Doenças Infecciosas do Hospital de Santa Maria, questionado sobre quais as medidas que o Executivo português, devia tomar durante a presidência europeia no âmbito do VIH/Sida, afirmou que gostaria que o nosso país “estabelecesse uma estratégia de intervenção na área da prevenção, por forma a retirar o País da situação em que está”, ou seja, um dos países da EU – a 25 – que está nas linhas da frente ao nível de novos casos.
Neste domínio, e segundo o investigador, seria importante que neste período, em que o nosso país vai presidir aos caminhos da EU, fosse possível “contribuir para a clarificação da política de imigração em relação à infecção VIH/SIDA no espaço Europeu”, bem como “acelerar o processo de intervenção no auxílio a África, relativamente ao acesso à terapêutica anti-retroviral”. Francisco Antunes concorda com Correia de Campos, relativamente à necessidade de combater o estigma e a discriminação, neste domínio, e acrescenta que” pelas suas características geográficas, sociais (baixo nível de escolaridade) e mesmo ao nível das convicções religiosas, Portugal é dos países em que existe uma mais acentuada estigmatização dos infectados por VIH”.
Recentemente ouviram-se algumas queixas, de doentes, relativamente a doentes com Sida que não têm acesso aos tratamentos mais inovadores. Francisco Antunes refere que “no Hospital de Santa Maria, EPE pratica-se uma Medicina de ponta, relativamente aos tratamentos inovadores”, adiantando ainda que este “é dos Centros que mais investigam, a nível nacional e internacional”.
GH n.º 28