segunda-feira, julho 2

Clareza e rigor



(…) Garantir a sustentabilidade financeira do sistema de saúde é uma condição indispensável para a defesa do modelo social, solidário e universal, que o inspira. link
Ou seja, a questão da eficiência e da eficácia do Serviço Nacional de Saúde (SNS), mais do que uma questão meramente orçamental, ou até apenas económica, é uma questão ética. Se o SNS não for eficiente, jamais poderá ser justo e flexível.
(…) Para além do objectivo primordial de conseguir ganhos em saúde, o actual Governo elegeu três prioridades na política de saúde:
a) Reforma dos cuidados de saúde primários através de USF (unidades de saúde familiar);
b) Criação de uma rede de cuidados continuados a idosos e pessoas dependentes;
c) Boas contas para um SNS sustentável.
Neste âmbito, funcionam já 64 USF e há mais oitenta em preparação. As 64 abertas cobrem já 900 mil cidadãos, cerca de 12% da população-alvo. Facultaram médico de família, pela primeira vez, a mais de 90 mil cidadãos. E melhoram a racionalidade do gasto da prescrição e a qualidade dos cuidados prestados.
Quanto aos cuidados continuados integrados, neste pouco mais de ano e meio criaram-se 909 camas através das experiências-piloto que trataram 1.406 doentes em seis meses. Já se firmaram acordos com 56 instituições, por todo o país. Estamos no caminho de prestar cuidados de saúde de qualidade aos nossos idosos após a alta hospitalar, tratando-os de forma moderna, activa. Registaram-se 40% de altas no período considerado, com 65% dos doentes a atingirem os objectivos previstos para a sua recuperação possível.
Para os idosos menos favorecidos, grupo social especialmente frágil, criou-se um complemento social que lhes cobre encargos com medicamentos, óculos, lentes e próteses dentárias indispensáveis à sua vida diária.
Relativamente à situação financeira do SNS, este será o terceiro ano consecutivo que, com praticamente o mesmo orçamento nominal (e menor orçamento real), iremos cumprir boas contas, sem pôr em causa a qualidade dos cuidados de saúde. Tal tem sido conseguido com uma gestão muito exigente, e rigorosa, que é essencial à sustentabilidade do SNS. (...)
CC na convenção "Que sistema de saúde para Portugal" - 22.06.2007.

Para além do enorme ruído, por vezes justificado, sobre determinadas medidas cuja implementação tem corrido menos bem, os objectivos principais da política de saúde do XVII Governo Constitucional estão a ser cumpridos com clareza e rigor.

3 Comments:

Blogger tambemquero said...

De vez enquando, o Xavier sai-se com uma destas ...

12:56 da manhã  
Blogger Hospitaisepe said...

Sem condições para cumprir os objectivos, o presidente do Centro Hospitalar do Médio Tejo decidiu entregar a pasta. Silvino Alcaravela diz que na base da decisão está a reorganização do serviço de urgências.
TSF 02.06.07

Um dos mais prestigiados AH também não resistiu.
Se eu fosse o Xavier não estaria tão optimista.
A coisa está preta.

1:07 da manhã  
Blogger tonitosa said...

Segundo as notícias, Silvino Alcaravela considera o CHMT demasiado grande. Para além disso, o que me parece notório é estarmos perante unidades dispersas, sujeitas a interesses locais nem sempre convergentes e que levam a um ambiente externo hostil à gestão.
Os Centros hospitalares não podem ser replicados por simples decisão política. Há interesses e culturas diferentes; há culturas diferentes nas unidades que os integram e com isso se criam dificuldades de gestão.
E será esta mudança estranha à visita (com apupos) de JS a Torres Novas e o seu anúncio de que tudo ficará como dantes?!
Seria interessante uma avaliação do que se tem passado nos dois Centros Hospitalares de Lisboa, onde há problemas a requererem solução. Parece que se tem ignorado que os Hospitais para além de tratarem doentes, têm trabalhadores a quem é preciso mobilizar em qualquer processo de mudança.
Interessante é também a recente "história" do Hospital do Barreiro relatada pela imprensa local com o título ""Traição" à maneira socialista".

11:47 da manhã  

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