Lamentável!
O "botaabaixismo" vestido de cores justiceiras, apocalípticas, o ritmo das palavras atormentado leva-nos ao "quinto dos infernos", ao reino do terror, "enfim um desastre político". Provávelmente o vivóporto, tem "estado a assistir da varanda aquilo que já esperava..." ao som da "Sinfonia de Dante" de Litz, descobrindo entre as chamas do inferno CC transformado em "pequeno Gauleiter".
Quem não tem argumentos para contestar o essencial, agarra-se ao "fait-diver", transforma o secundário em principal, diz que tudo está sempre mal.
Cito aqui VPV, provávelmente com ar enjoado, de quem já foi secretário de estado da cultura e deputado independente pelo PSD, dizia no Notícias Magazine de 2004
"As pessoas que escrevem nos blogues, como muitas das que escrevem nos jornais, como as que falam na televisão, dão aquilo que elas julgam que serão opiniões. Políticos falhados, jornalistas frustrados e tanta outra gente completamente iletrada, que não conhece os assuntos, e podiam dizer aquilo, ou o contrário, que era igual ao litro. Mesmo a maior parte dos cronistas são ignorantes, e o que escrevem são crónicas desnecessárias ou desabafos, aquilo a que chamo jornalismo da indignação. Mas faz muito sucesso, porque como as indignações são básicas, há muita gente a partilhá-las, e a ficar feliz por o senhor X, que até escreve no jornal, pensar como elas."
Ah! fica sempre bem citar "Dolores Ibarruri"
Quem não tem argumentos para contestar o essencial, agarra-se ao "fait-diver", transforma o secundário em principal, diz que tudo está sempre mal.
Cito aqui VPV, provávelmente com ar enjoado, de quem já foi secretário de estado da cultura e deputado independente pelo PSD, dizia no Notícias Magazine de 2004
"As pessoas que escrevem nos blogues, como muitas das que escrevem nos jornais, como as que falam na televisão, dão aquilo que elas julgam que serão opiniões. Políticos falhados, jornalistas frustrados e tanta outra gente completamente iletrada, que não conhece os assuntos, e podiam dizer aquilo, ou o contrário, que era igual ao litro. Mesmo a maior parte dos cronistas são ignorantes, e o que escrevem são crónicas desnecessárias ou desabafos, aquilo a que chamo jornalismo da indignação. Mas faz muito sucesso, porque como as indignações são básicas, há muita gente a partilhá-las, e a ficar feliz por o senhor X, que até escreve no jornal, pensar como elas."
Ah! fica sempre bem citar "Dolores Ibarruri"
Avicena
2 Comments:
Avicena:
Toda a gente já se apercebeu que o termo "gauleiter" foi excessivo para caracterizar a actuação de CC. Todos sabemos que CC não é Julius Streicher.
Penso que, sobre isto, inclusivé, o próprio "vivóporto" , terá essa noção.
Todavia, muito de nós somos emocionalmente empurrados a manifestar indignações a "quente", excendendo-nos ou, outras, optando pela caricatura, exagerando.
É neste enquadramento que intrepreto o texto de "vivóporto".
Só que não aceito que o incidente de Vieira do Minho seja um "fait diver". Acredito que será sempre necessário, imortante e crucial sair a terreiro na defesa de situações que possam directa ou indirectamente brigar com direitos fundamentais. A violação desses direitos, por quem está encarregue pelo povo para o exercício do poder, começa pelo abuso de autoridade, pela prepotência, pela manipulação dos acontecimentos e pela exigência de fidelidades cegas. Penso que sucedeu um pouco de tudo isto em Vieira do Minho. Sem falar na delação que lhe está adstrita e começa a ser uma chaga nacional.
Ora isto não é "fait diver" nem "botaabaixismo". São desvios aos comportamentos democráticos esperados. Graves, num dirigente político, quer gostemos ou não.
Não são a hecatombe mas, como profissionais de saúde, sabemos que - intervenções do tipo do despacho 13.288/2007 - são pouco eficazes e comportam muitos danos colaterais.
É nestas situações que devemos pôr a tónica na prevenção. Isto é, criticar impiedosamente para impedir a sua repetição.
Vitimizar é que não serve ninguém.
Finalmente,
Gosto muito da irreverência e, acima de tudo, aprecio a brilhante inteligência de VPV. Não vive do politicamente correcto e apesar disso é lido e respeitado. Coisas que poucos comentadores podem reivindicar.
Mas, temos de concordar, a coerência (não só a política mas também a argumentativa) não é o seu forte. Ninguem é perfeito. Depois do que debitou ao Noticias Magazine em 2004, ele próprio, já teve (temporariamente) um blogue.
Não é verdade?
Como em tudo, há blogues excelentes e há blogues péssimos.
O movimento da blogosfera veio alterar profundamente a forma de comunicação.
Não é por acaso que os grandes jornais criaram vários blogues onde são tratadas as mais diversas matérias.
O VPV, para lá da sua reconhecida irreverência é também um jornalista campeão do deita abaixo e da má língua.
Talvez como forma de destilar o ressabiamento causado pela dr.ª Filomena Mónica sobre os seus dotes kamasutrescos.
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