No fundo da gaveta
A maioria dos leitores da SaudeSA pronunciou-se a favor da discussão pública (98 votos) do excelente relatório, elaborado pela Comissão encarregada pelo ministro da saúde de estudar a sustentabilidade do SNS. CC, a requerimento da AR, decidiu finalmente divulgá-lo e, após justificação coxa, remeté-lo para o fundo da gaveta (uma das alternativas menos votada - 69 votos).
«Estando controlada a execução orçamental no serviço nacional de saúde, não haverá lugar, no presente mandato, à alteração do actual modelo de financiamento do sistema de saúde estando pois excluídas a criação de qualquer novo imposto, e alterações ao sistema de isenções das actuais taxas moderadoras.»
Decide quem pode.
6 Comments:
Em minha opinião o relatório deve ser publicamente discutido, apesar da "suspensão" ditada pelo MS.
Todos se lembram da condicionante inclusa na nota de divulgação - "por ora"!"
Depois, pelo respeito que nos deve merecer o trabalho da Comissão, independentemente, das legitimas discordâncias e reservas que nos colocam as análises e as recomendações, aí contidas.
Se embarcarmos no seu (politicamente) cómodo arquivamento (no fundo da gaveta), estamos a alinhar com o desprestígio - e a declarar a inutilidade - de todas as futuras comissões que se venham a constituir na área da saúde para estudo de situações concretas e relevantes.
O expedito arquivamento deste relatório, não é (não foi) politicamente fundamentado. O que foi dito sobre o SNS é mais ou menos isto: está insolvente, mas ainda não faliu!
Baseia-se na inoportunidade política que por sua vez está amarrada ao ciclo político governamental (segunda metade da legislatura).
Portanto, o "actual destino" do relatório é uma questão de oportunidade. Resta saber se será, também, uma questão de oportunismo.
E tal qual uma mitológica Fénix poderá renascer das cinzas, na próxima legislatura.
“Sinto-me um ginecologista: trabalho onde espero que muitos se divirtam”
José Miguel Júdice
Esta parece ser a sina do É-Pá.
It flies like a bird in the sky.
308 mil euros é quanto custa um mês de aluguer dos dois helicópteros que fazem emergência
médica no INEM, incluindo o trabalho da tripulação e dos mecânicos. Com o combustível incluído, cada hora de voo custa, em média,868 euros.
485 é o número de pessoas transportadas no ano passado pelos dois helicópteros do INEM.
Tambemquero,
Cuidado com os seus comentários, porque o MS e o MF podem aproveitar-se das suas contas e ... zás ... cortam os hélis! É que 7620 euros por doente transportado são muito mais do que o custo de um funeral. E ainda acrescem os gastos com o tratamneto do doente a quem o transporte de helicóptero permitiu manter vivo!
PSD e CDS/PP jogaram na penalizam ao governo .
O PS ganhou folgado.
Agora há que encontrar desculpas na abstenção elevada.
O que é que queriam com eleições em meados de Julho e a saloiada na praia.
Estas eleições deram gozo só para ver o paulinho das feiras (pensava que era chegar e ganhar) e o gandanoia de rabo entre as pernas a anunciarem que vão a congressos.
Realmente o primeiro Sócrates deu cabo da direita em Portugal.
Caro Ochoa,
Acha mesmo, mesmo, mesmo que o PS foi o grande vencedor?!
Olhe, eu, sinceramente o digo: acho que não.
A abstenção foi demasiado elevada e, por isso, acho que todos os concorrentes foram derrotados. E não foi por causa da praia e outras coisas!
Para mim aconteceu o seguinte:
1º - Cada vez mais os cidadãos estão cépticos quanto à "democracia" (a nossa democracia);
2º - Os cidadãos de Lisboa (e do país) estão zangados com o Governo e com a oposição. Porque se o Governo cada vez mais nos faz apertar o cinto, a oposição, envergonhada, não tem sido capaz de traçar um novo rumo - uma nova proposta - para o país;
3º - O movimento de cidadãos independentes mais parece um grupo de indivíduos que se juntaram para uma partida de sueca; e alguém que ainda há pouco mais de um mês era militante do PS não tem moral para vir criticar os partidos políticos;
4º - Carmona Rodrigues - que em minha opinião é sincero na defesa da cidade (da sua cidade) acabou prejudicado pela "dúvida" que continuou a pairar sobre a sua "não culpa(?)" em eventuais negócios menos claros na CML; por outro lado a sua hesitação inicial em candidatar-se levou alguns menos convictos a descrer e, na dúvida (ou zangadosZ), optaram pela abstenção;
5º - O PCP já não mobiliza nem os seus próprios militantes;
6º - A política de terra queimada do BE, e a posição de endeusamento em que Sá Fernandes se colocou - pretendendo ser o único, e último, dos cidadãos/políticos honestos do País, cheira claramente a "realidade virtual" em que poucos acreditam; e o país e Lisboa não é um "mundo de corruptos".
7º - Dos restantes concorrentes é caso para dizer que "o circo desceu à cidade" mas os malabaristas não convenceram.
Esperemos que, apesar de tudo, o túnel do Marquês não venha abaixo; que as multas dos radares contribuam para a sustentabiliade fianceira da CML (ao mesmo tempo que nos fazem andar a passo de caracol - uma autêntica vergonha face à rapidez com que o mundo evolui) e que a especulação imobiliária não se instale na zona ribeirinha, sob a batuta de "júdice".
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