Alguém sabe?
Em entrevista à Lusa (19.09.06), CC defendia a criação em 2007 de um Ranking, destinado a avaliar o funcionamento global dos Hospitais do SNS, assente em critérios como a "eficiência, equidade no tratamento, taxas de re-hospitalização, conforto dos pacientes, satisfação dos utentes, entre outros". link
Vamos entrar no último trimestre de 2007 e do prometido ranking não há sinais.
Vamos entrar no último trimestre de 2007 e do prometido ranking não há sinais.
A pergunta do MUS é pertinente link: ALGUÉM SABE?
Quando tanto se exalta a gestão privada dos serviços públicos de saúde, alguém sabe a razão de não ser tornado público quanto custa ao Estado o Hospital Amadora-Sintra, e os respectivos dados estatísticos de doentes tratados? Seria interessante comparar com os hospitais ainda com gestão pública.
Quando tanto se exalta a gestão privada dos serviços públicos de saúde, alguém sabe a razão de não ser tornado público quanto custa ao Estado o Hospital Amadora-Sintra, e os respectivos dados estatísticos de doentes tratados? Seria interessante comparar com os hospitais ainda com gestão pública.
2 Comments:
Caro xavier,
Não será este o post apropriado para o curto comentário que se segue. Por isso, na sua qualidade de admisnistrador do blogue, dar-lhe-á o destino que entender. E se o não publicar, também não ficarei "zangado".
Tenho feito nos últimos fins de semana deslocações a um hospital do norte para visita a uma familiar. E essas visitas acabam por me permitir um contacto mais próximo com a realidade.
Já referi num comentário anterior a situação por que passam os idosos e as suas famílias confrontadas com a decisão de alta clínica a doentes que, claramente, deveriam transitar para cuidados continuados de medicina física e reabilitação.
Este fim de semana a situação era semelhante. E olhando à volta qual era a realidade:
Velhinhos claramente incapacitados, acompanhados por familiares de extrema humildade e simplicidade e inequivocamente incapazes de tratarem daqueles - que tenho a certeza, requerem tratamentos de medicina física e reabilitação - iam sendo "levados para casa".
Um homem de 90 anos de idade, que não pesará mais de 50 quilos e que foi incapaz de comer duas simples colheres de sopa sob ameaças de "vomitos", seguiu para casa. Fora operado no início da semana a uma fractura na perna mas queixando-se persitentemente de dores num braço. Simples pisadela, disseram os enfermeiros!
Em contrapartida, no mesmo hospital, vários doentes de "braços" e ou "mãos empanados" estavam internados, passeando-se pelos corredores e bastando-se a si próprios. E ali iriam continuar pelo menos até ao início da semana! Eram doentes que, em minha modesta opinião, podiam (e deviam) ter sido tratados e enviados para casa, voltando ao hospital em consulta e tratamentos de ambulatório.
Certamente que todos percebemos porque o não têm alta imediata. Trata-se de trabalhar para facturar! São as regras do GDH?!
Isto não é gestão. Isto não é cuidar dos doentes com qualidade. Isto é fraude.
Senhor Ministro da Saúde: andará V. Exa. distraído? Se ler este comentário certamente não deixará de mandar averiguar. Pode ter a certeza de que o que acima refiro corresponde à realidade.
PS: uma simples nota final para o desperdício que se verifica na hotelaria. Porquê e para quê servir uma refeição completa a doentes que nem uma sopa conseguem ingerir? Quem paga e quem está interessado em facturar?
Nesta história dos rankings estava plenamente convicto que, a mesma, era uma inciativa da ERS.
Mas o MS habitualmente fala muito e não me repugna aceitar que se tenha metido na história das estrelas a atribuir a HH's (um pouco ao estilo dos Guias Michelin...).
Todavia, os tempos estão mais complicados e as dificuldades e a "irritabilidade" do ministro quando é publicamente interpelado por trabalhadores da Saúde é, cada vez, mais evidente.
Hoje, nos HUC, confrontado com um enfermeiro sobre problemas do seu grupo profissional, perdeu as "estribeiras", aproximando uma consersa que se desejava (esperava) amena e civilizada, de uma "peixeirada", que a RTP 1 (parcialmente) reproduziu em horário nobre 8telejornal)
Entretanto, ao seu lado o Prof. Regateiro, presidente do CA, timidamente sorria.
Ria de quê: do ministro, dos enfermeiros ou da situação do Hospital?
Estou tentado a repetir a pergunta do post: Alguém sabe?
E sobre sabedorias - no que se refere ao H Amadora-Sintra - todos sabemos que - antes de haver auditorias - "as contas estão controladas". E se existirem quaisquer problemas também sabemos que será o Estado a ressarcir o Hospital.
A jurisprudência (mesmo tratando-se de comissões arbitrais), nestas questões, ainda tem muita força.
Não é?
Enviar um comentário
<< Home