Alguém sabe ? (2)
foto diário das beiras
Nesta história dos rankings link estava plenamente convicto que, a mesma, era uma inciativa da ERS. Mas o MS habitualmente fala muito e não me repugna aceitar que se tenha metido na história das estrelas a atribuir a HH's (um pouco ao estilo dos Guias Michelin...).
Todavia, os tempos estão mais complicados e as dificuldades e a "irritabilidade" do ministro quando é publicamente interpelado por trabalhadores da Saúde é, cada vez, mais evidente.
Hoje, nos HUC, confrontado com um enfermeiro sobre problemas do seu grupo profissional, perdeu as "estribeiras", aproximando uma conversa que se desejava (esperava) amena e civilizada, de uma "peixeirada", que a RTP 1 (parcialmente) reproduziu em horário nobre do telejornal) link
Entretanto, ao seu lado o Prof. Regateiro, presidente do CA, timidamente sorria.
Ria de quê: do ministro, dos enfermeiros ou da situação do Hospital?
Estou tentado a repetir a pergunta do post: Alguém sabe?
E sobre sabedorias - no que se refere ao H Amadora-Sintra - todos sabemos que - antes de haver auditorias - "as contas estão controladas". link E se existirem quaisquer problemas também sabemos que será o Estado a ressarcir o hospital (operador privado).
A jurisprudência (mesmo tratando-se de comissões arbitrais), nestas questões, ainda tem muita força.
Não é?
Hoje, nos HUC, confrontado com um enfermeiro sobre problemas do seu grupo profissional, perdeu as "estribeiras", aproximando uma conversa que se desejava (esperava) amena e civilizada, de uma "peixeirada", que a RTP 1 (parcialmente) reproduziu em horário nobre do telejornal) link
Entretanto, ao seu lado o Prof. Regateiro, presidente do CA, timidamente sorria.
Ria de quê: do ministro, dos enfermeiros ou da situação do Hospital?
Estou tentado a repetir a pergunta do post: Alguém sabe?
E sobre sabedorias - no que se refere ao H Amadora-Sintra - todos sabemos que - antes de haver auditorias - "as contas estão controladas". link E se existirem quaisquer problemas também sabemos que será o Estado a ressarcir o hospital (operador privado).
A jurisprudência (mesmo tratando-se de comissões arbitrais), nestas questões, ainda tem muita força.
Não é?
É-Pá
10 Comments:
Eu cá não sei, mas parece-me que vários dos comentadores do saudesa poderiam contribuir para
a criação do ranking saudesa sugerindo:
a) indicadores
b) ponderação de cada um
Depois logo se vê como recolher a informação para
o calcular.
O importante nesta notícia é a passagem do HUC a EPE.
A trica com o enfermeiro sindicalista não passa dum "fais divers".
O é-pá prende-se muito nas suas análises com estes pequenos nadas.
Resultado: o SNS já vai no quinto requiem.
Horários mais curtos para médicos atraídos pelo privado
Ministro da Saúde não acha que os médicosganhem muito. "O ordenado- -base é pequeno", diz.
O ministro da Saúde, Correia de Campos, anunciou ontem que os médicos vinculados à Função Pública, mas que trabalham também no privado, vão poder optar por horários mais reduzidos quando estiverem implementados os novos sistemas de controlo biométrico, para registo da pontualidade e da assiduidade nas unidades do Sistema Nacional de Saúde (SNS).
"Quem está satisfeito com o trabalho que faz no sector privado reduz o seu tempo no hospital público, sem quebrar o vínculo, sem quebrar a relação de emprego, sem quebrar a sua contribuição para a reforma pública", declarou Correia de Campos, nos Hospitais da Universidade de Coimbra (HUC).
Uma proposta incluída no discurso oficial e que o ministro não quis detalhar, posteriormente, aos jornalistas. No entanto, de acordo com médicos contactados pelo JN, levanta-se a possibilidade de a tutela instituir um horário de apenas 20 horas semanais, o que permitiria, por exemplo, aos médicos trabalhar para o Serviço Nacional de Saúde na parte da manhã, para exercer medicina privada na parte da tarde.
E as palavras de Correia de Campos parece de facto indicarem que seja esse o caminho "As pessoas têm-se-me dirigido, dizendo o seguinte: 'Permita-nos que trabalhemos num horário a tempo parcial, para estarmos presentes de verdade, e deixe-nos trabalhar no sector privado'".
Restituir horas
De resto, é objectivo assumido pela tutela a criação de uma "situação de flexibilidade que permita todas as possibilidades de trabalho e de diferenciação, ao longo de todas as horas do dia, da semana e do mês, dentro do hospital". Assim, será estabelecido um "período de compensação de 80 dias", para os médicos poderem restituir as horas de trabalho que não cumpriram, avançou o ministro.
"Maior flexibilidade que a que se propõe é impossível", garantiu Correia de Campos, explicando ainda que "a gestão deste processo não é feita burocraticamente, a nível central". "O apuramento é automático, feito pelas máquinas, e a gestão será feita pelos directores de serviço", explicou o ministro, que acrescenta não ser "daqueles que pensam que os médicos ganham muito. O ordenado-base é pequeno", defendeu, encontrando aí fundamentação para a acumulação de funções no sector privado.
Foi neste registo conciliador - dias depois da publicação da entrevista ao jornal "Acção Socialista", em que negou as notícias sobre uma saída significativa de clínicos do SNS - que o ministro foi a Coimbra dizer aos profissionais que o controlo biométrico não é motivo para abandonarem a Função Pública.
Correia de Campos defendeu mesmo que o novo sistema de controlo das entradas e saídas dos hospitais até "vai permitir a clarificação de situações embaraçosas para muitos profissionais". "O registo por assinatura do ponto é um sistema de controlo que desagradava a muita gente, porque as pessoas colocavam lá uma coisa que não correspondia à verdade", sustentou.
Ministro rompe por entre manifestantes
O Sindicato dos Enfermeiros Portugueses, o Sindicato dos Trabalhadores da Função Pública do Centro e o Movimento de Utentes pelos Hospitais da Universidade de Coimbra aproveitaram a deslocação do ministro da Saúde para protestar contra as políticas do Governo . Correia de Campos é que não esteve para conversas e rompeu mesmo por entre quem tentava barrar-lhe o caminho, num momento de grande confusão. O dirigente Paulo Anacleto irritou-se com a atitude "pouco democrática". "O senhor ministro faltou à verdade quando disse que nenhum enfermeiro iria ser despedido", frisou, aludindo a 10 enfermeiros que, na véspera, haviam sido dispensados dos hospitais do Lorvão e de Sobral Cid. O Sindicato da Função Pública queixava-se de problemas similares, enquanto o Movimento de Utentes alertava para os rumores de que os HUC estão a preparar o fecho dos Blocos de Celas e da Maternidade Daniel de Matos. Nem o ministro nem o presidente dos HUC comentaram.
Mudança em 2008
A transformação dos HUC em Entidade Pública Empresarial (EPE) vai ocorrer no primeiro trimestre de 2008. A data foi confirmada pelo presidente do Conselho de Administração dos HUC, Fernando Regateiro, numa discurso onde se mostrou completamente rendido àquele modelo de gestão empresarial. "A mudança para EPE constitui um dos objectivos a atingir para se ganhar mais agilidade, eficácia e eficiência na gestão, sem comprometer a oferta e a qualidade dos cuidados de saúde prestados, ou a natureza dos HUC como hospital central universitário", asseverou Regateiro, que sucede no lugar a Agostinho Almeida Santos, que abandonou os HUC em protesto com a transformação em EPE e o orçamento proposto pelo Governo. Segundo Regateiro, os trabalhos de adaptação ao novo estatuto têm merecido "um superior empenho" da hierarquia.
JN 02.10.07
Caro cotovia:
Há alguns dias atrás tive oportunidade de comentar a degradação do "ambiente" que se vive dentro deste hospital.
O que sucedeu ontem não é um "pequeno nada".
Nada, de pequeno ou de grande, se fará na vivência de um clima de alta crispação no seio dos trabalhadores como, efectivamente, se verifica.
Não foi ontem que o presidente do CA anunciou a intenção de passagem dos HUC a EPE. Já o tinha feito há algumas semanas numa extensa entervista a um periódico regional.
De novo (e relevante) foi o discurso conciliador do MS para com alguns dos problemas dos trabalhadores hospitalares, particularmente dos médicos.
Mas, não vale a pena iludir, o que ensombrou (e continua a ensombrar) as comemorações do padroeiro (S. Jerónimo) do Hospital, é (e continua a ser) a questão da "mobilidade especial". Aí, CC, jogou "à retranca" perante o inconformismo do sector de enfermagem.
Aliás, uma das virtudes mais cultivadas pela ordem do santo padroeiro é, exactamente a penitência.
Como se sabe um dos actos maiores da penitência é a auto-flagelação.
Mesmo sem requiem, houve um pouco disso, ontem.
Retórica!...
Há duas semanas que trago ao Saúde SA casos concretos sobre a qualidade dos serviços prestados a utentes do SNS/Hospitais.
São casos, a meu ver bem mais importantes do que a discussão que aqui se vem travando sobre o registo biométrico das entradas e saídas dos trabalhadores e outros temas.
Pensava que os casos concretos que citei motivassem a discussão e que aqui fôssem trazidos outros casos (mesmo que de cariz diferente ou inverso)por outros comentadores.
Verifico que essa é matéria que não interessa aos colegas! Porquê?
É este um dos grandes problemas dos "experts" no nosso país. Somos bons a teorizar, mas a prática, a realidade, passa-nos ao lado.
Bravo! Vivam as bonitas teorias, vivam os bonitos discursos e os doentes que se lixem!
Será por isso que o SNS está como está?
Concordo com o Tonitosa, realmente agora os textos são mais longos (contrariando o uso da blogosfera) e os conteúdos mais "mastigados".
Que é feito do SemMisericórdia, VivóPorto, Guidobaldo, etc., etc.?
Caro tonitosa:
Tem razão na sua indignação!
Embora não seja um gestor sinto que, algum dia, surgirá o momento em que haverá, nos HH's, melhor diria no SNS, um inevitável confronto entre marcha quantitativa dos resultados e a defesa da qualidade dos cuidados de saúde.
Infelizmente, receio que esse momento seja doloroso para todos. Fundamentalmente, para os doentes.
Penso, ainda, que esse momento poderá preceder a atribuição dos rankings.
Ao que suponho a sua indignação nas recentes deslocações ao Norte dizem respeito a um Hospital altamente colocado no ranking das "boas contas".
Ora, poderemos estar perante o acender do rastilho desse inevitável confronto que mais não significa do que a corda não pode (nem deve) ser esticada até à ruptura.
Não podemos passar, como tem relatado, pela aviltante degradação da qualidade de vida dos doentes.
Mas reconheço que esta é uma discussão difícil e que deve ser feita com lealdade, bom censo e objectividade. É, também, e fundamentalmente, uma discussão política - sobre os custos da manutenção dos direitos sociais dos portugueses.
Ainda hoje, MD em editorial na GH sobre Listas de Espera Cirúrgicas afirma: "A produtividade dos nossos serviços públicos tem ainda margem de progressão".
Em contrapartida, fomos informados que a ASAE mandou encerrar as cozinhas de 2 grandes Hospitais.
Sintoma que a corda está muito esticada... em grande tensão.
Andamos pelas cozinhas mas, se por exemplo, fossem inspecionados os Blocos Operatórios, poderiamos ter um drama nas Listas de Espera.
Aliás, penso que o diagnóstico (fora dos efusivos relatórios de contas) da situação dos Hospitais do SNS (sejam EPE's ou SPA's) seria revelador de algumas surpresas de resultados consequentes a uma política de restrições e contenção, seguida desde há alguns anos, e que vai sendo públicamente propagandeada por números e relatórios.
De facto, ao constatarmos que, entre 2004 e 2006, o PIB cresceu 3,2% e a despesa do SNS se ficou pelos 2,9% (JP 2.10.07 - "Na saúde não há milagres", por JS) temos em mãos um óptimo indicador de controlo de custos (económicos). Resta saber quais foram os custos sociais, mais difíceis de mensurar.
Mastigados?
O MSP deve consultar quanto antes um oftalmologista.
Os textos mais longos publicados na saudesa foram os do Semisericórdia.
O que determinado pessoal quer é pasquinzada.
As intervenções do é-pá na saudesa tem sido marcadas por elevado brilhantismo.
Ao nível do melhor que se tem produzido neste nosso site.
O Tonitosa tem sido igualmente desde início um dos mais interessados e brilhantes colaboradores.
O certo é que o debate sobre a Saúde continua a acontecer aqui na Saudesa.
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