SNS, sector público/sector privado
Partilha de interesses e responsabilidades
Em minha opinião, as propostas do MS em Coimbra, são equilibradas e salvam, ao contrário de outros entendimentos, o essencial. link
Não temos abundância de recursos médicos altamente diferenciados e qualificados. As medidas propostas pelo MS - um pouco numa linha salomónica - poderão estancar uma previsível hemorragia desses quadros médicos.
Este é, essencialmente, um periodo de transição, e as proposições de CC visam manter a estabilidade que há longos anos se vem mantendo nas despesas privadas com saúde [30% = 22,5% directas e 7,5% indirectas de (seguros, subsistemas de saúde, etc)].
Contém no seu núcleo uma contrapartida que é fundamental. Para a conservação deste (instável) equilíbrio é necessário modernizar tornar mais eficiente o SNS, sem proceder a contracções bruscas (de qualquer tipo).
A pacificação que se anuncia é, em minha opinião, e antes de conhecer quaisquer reacções das estruturas representativas dos médicos, um bom caminho.
Há nas palavras do MS claros indícios que se pretende salvaguardar a gestão médica dos serviços. Importantíssimo. Todavia não chega. É imperioso encontar caminhos, que os há, para a partilha de gestões.
Isto é o essencial, como vim afirmando desde o início das questões "biométricas".
Há também condições para moderar posições. Para mudar linguagens.
Por exemplo, em vez da "promiscuidade" público/ privada, começar a pensar numa fronteira público/ privada. Onde eventuais "promiscuidades" sejam investigadas e punidas. Não punir a migração em si mesma, mas os atropelos da passagem "a salto", por debaixo do arame farpado que deve dividir estes dois campos.
Uma solução do tipo da desenhada pelo MS, endossa uma enorme responsabilidade ao sector médico.
Esta é: defender a produtividade e a eficiência do SNS.
Caso contrário o equilíbrio corre o risco de romper-se.
E aí estará o berço de todos (disse todos) os fundamentalismos.
Penso que ninguém deseja nem beneficia com a instabilidade ou a conflitualidade institucional, muito menos o objectivo último do SNS: os utentes.
É-Pá
Não temos abundância de recursos médicos altamente diferenciados e qualificados. As medidas propostas pelo MS - um pouco numa linha salomónica - poderão estancar uma previsível hemorragia desses quadros médicos.
Este é, essencialmente, um periodo de transição, e as proposições de CC visam manter a estabilidade que há longos anos se vem mantendo nas despesas privadas com saúde [30% = 22,5% directas e 7,5% indirectas de (seguros, subsistemas de saúde, etc)].
Contém no seu núcleo uma contrapartida que é fundamental. Para a conservação deste (instável) equilíbrio é necessário modernizar tornar mais eficiente o SNS, sem proceder a contracções bruscas (de qualquer tipo).
A pacificação que se anuncia é, em minha opinião, e antes de conhecer quaisquer reacções das estruturas representativas dos médicos, um bom caminho.
Há nas palavras do MS claros indícios que se pretende salvaguardar a gestão médica dos serviços. Importantíssimo. Todavia não chega. É imperioso encontar caminhos, que os há, para a partilha de gestões.
Isto é o essencial, como vim afirmando desde o início das questões "biométricas".
Há também condições para moderar posições. Para mudar linguagens.
Por exemplo, em vez da "promiscuidade" público/ privada, começar a pensar numa fronteira público/ privada. Onde eventuais "promiscuidades" sejam investigadas e punidas. Não punir a migração em si mesma, mas os atropelos da passagem "a salto", por debaixo do arame farpado que deve dividir estes dois campos.
Uma solução do tipo da desenhada pelo MS, endossa uma enorme responsabilidade ao sector médico.
Esta é: defender a produtividade e a eficiência do SNS.
Caso contrário o equilíbrio corre o risco de romper-se.
E aí estará o berço de todos (disse todos) os fundamentalismos.
Penso que ninguém deseja nem beneficia com a instabilidade ou a conflitualidade institucional, muito menos o objectivo último do SNS: os utentes.
É-Pá
3 Comments:
O XVII Governo Constitucional parece ter dois Ministros da Saúde.
O ministro que reage a quente para os órgão de comunicação sobre os mais diversos temas da Governação. E o ministro Correia de Campos, moderado pelas conversas com o primeiro ministro, José Sócrates.
Assim, o que numa semana parece ir desabar, na semana seguinte é certo e sabido que é anunciada a solução medida, ponderada, pacificadora para a resolução do conflito aberto na semana anterior.
A política de Saúde de CC é bem a arte do possível. Arrincanços ultra liberais do ministro de manhã, entalanços social democratas do aparelho do partido da parte da tarde.
Faço votos que o desfecho desta governação não se salde por um filme de terror.
A Autoridade de Segurança Alimentar (ASAE) suspendeu hoje toda a actividade da unidade de cozinha do hospital de Abrantes.
Depois dos restaurantes chineses, das roulottes da marginal, da lota de marisco e das Bolas de Berlim a sanha da ASAE voltou-se contra as Cozinhas dos Hospitais do SNS.
Será que a ASAE faz parte do continente europeu, da peninsula ibérica, de Portugal deste planeta.
Seria de qualquer maneira interessante avaliar a distribuição da saída de quadros pelas respectivas instituições para daí se tentar encontrar algumas respostas sobre as causas destas "fugas". Tenho em crer que a forma como cada instituição gere/trata os seus recursos humanos pesa muito na decisão de ficar ou sair....
Enviar um comentário
<< Home